tag:blogger.com,1999:blog-43633679488325458352024-03-04T23:29:24.518-08:00OS SELÊUCIDASJoalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-74348987335470552982015-09-12T12:01:00.001-07:002015-09-12T12:01:29.783-07:00ANTÍOCO III, O GRANDE (223 – 187 a.C.) - PARTE II<div style="text-align: justify;">
<b>O Sucesso de Molon e Alexandre</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Usando da esperança de espólios e do medo das consequências da derrota, Molon preparou seus homens para enfrentar a investida de Antíoco III. Garantindo por meio de subornos o apoio dos governadores das satrápias vizinhas, Molon e Alexandre marcharam com um grande exército para enfrentar os generais do Rei. Xenon e Teodoto, vendo a grande força bélica dos rebeldes, se refugiaram nas cidades. Molon se apoderou da região de Apolônia e praticamente se tornou senhor de toda a Média e de seus abundantes recursos. Com os generais do Rei acuados e com um exército grande e entusiasmado, Molon passou a ser mais temido aos olhos dos habitantes da Ásia (Oriente Médio). ContanDo com essa aura de sucesso, Molon se preparou para a travessar o rio Tigre e tomar a cidade de Selêucia, mas sua travessia foi impedida por um estratagema de Zêuxis, general selêucida local, que se apoderou de todos os barcos para a travessia. Molon, então, fez acampamento em Ctesifonte onde preparou seu exército para ali permanecer durante o inverno. Ao ouvir do sucesso de Molon e que seus próprios generais se retiraram, Antíoco III se prontificou a abandonar a campanha contra Ptolomeu IV e entrar em campo contra Molon o mais rápido possível. Entretanto, Hermeias, defendendo seu projeto original, alegou que não era função dos reis se envolverem diretamente nas guerras, mas sim de seus generais; aos reis cabem o planejamento e o comando de batalhas decisivas, dissertava o ministro. O jovem rei, não resistindo a influência de Hermeias, nomeou um novo general, Xenoetas, o Aqueu, que recebeu o comando supremo do exército selêucida no Oriente e foi enviado para acabar com a rebelião de Molon. Assim o Império Selêucida se viu em duas frentes de batalha: contra o Egito e contra a rebelião de Molon.</div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcbEne6pdHa6hG1OYSKTGzyPRw-3jPlhI9arE0_Eok5IkT1RgGPaLXGm9mge-ZKi8WC8Dko__aEH-NAUL3q4pKnpPDg1shw_hIzfUYrwz0Da8j1GR7BA0EYgZjZstS4cl2nDyBkCqNYkPV/s1600/ecbatana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcbEne6pdHa6hG1OYSKTGzyPRw-3jPlhI9arE0_Eok5IkT1RgGPaLXGm9mge-ZKi8WC8Dko__aEH-NAUL3q4pKnpPDg1shw_hIzfUYrwz0Da8j1GR7BA0EYgZjZstS4cl2nDyBkCqNYkPV/s400/ecbatana.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie de Antíoco III proveniente de Ecbátana, capital da Média</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<b><br />
</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Campanha de Xenoetas (221 a.C.)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Xenoetas envaidecido de sua alta posição (apesar de não ter até aqui obtido êxito algum), começou a tratar seus amigos com desdém e se sentir muito confiante de seus planos para a campanha. Em Selêucia do Tigre, encontrou Zêuxis e a eles se juntaram Diógenes, o governador de Susiana, e Pitíades, o governador da costa do Golfo Pérsico. Xenoetas acampou em frente ao inimigo na margem oposta do Tigre. Apesar das ações de Molon para romper os laços de lealdade que os greco-macedônios tinham com Antíoco III, o prestígio dos Selêucidas ainda era forte entre os soldados. Numerosos homens desertaram de Molon, e atravessando o rio, se juntaram às forças de Xenoetas. Esses desertores informaram que o exército de Molon estaria disposto aderir à causa do rei caso Xenoetas atravessasse o rio. Empolgado Xenoetas, selecionou do seu exército os mais corajosos da infantaria e da cavalaria, deixando Zêuxis e Pitíades encarregados do acampamento. Com sua força selecionada, atravessou o rio à noite abaixo do acampamento de Molon. Aí, ainda de noite, montaram acampamento num terreno bem protegido por pântanos.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="292" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fc/Marsh_Arabs_in_a_mashoof.jpg/300px-Marsh_Arabs_in_a_mashoof.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Área pantanosa do rio Tigre (Iraque)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Quando Molon ficou sabendo do que tinha acontecido, enviou sua cavalaria para destruir o acampamento e impedir a chegada de mais homens. Porém, a cavalaria ficou atolada na região pantanosa, e mesmo sem sofrer um ataque de Xenoetas, alguns homens de Molon pereceram nos pântanos perto do acampamento inimigo. Xenoetas, totalmente confiante de que as tropas de Molon o abandonariam, avançou e acampou perto do acampamento de Molon. Quer tenha sido por um estratagema militar ou por falta de confiança em seus homens, Molon marchou durante a noite apressadamente na direção da Média deixando a bagagem em seu acampamento. Xenoetas, vendo que Molon tinha fugido, ocupou o acampamento adversário e fez com que Zêuxis se juntassem a ele trazendo consigo sua bagagem e cavalaria. Xenoetas, sempre confiante, congratulou-se com seus homens e os autorizou a se divertir. Com as provisões deixadas por Molon e as trazidas por Zêuxis, os soldados se entregaram à bebedeira negligenciando a vigilância do acampamento. Molon, entretanto, não estava longe, e retornou ao acampamento de madrugada onde encontrou o exército inimigo embriagado e disperso. Em vão Xenoetas tentou despertar seus homens. Desesperado, o general se lançou loucamente contra o exército inimigo e acabou morrendo no confronto. A maioria dos soldados foram mortos dormindo em suas camas, enquanto o resto se jogou no rio e tentou atravessar para o acampamento para a margem oposta; a maior parte deles também perdeu suas vidas. Segundo o historiador clássico Políbio, os soldados selêucidas vendo o acampamento original na outra margem, no desespero de se salvarem bem como aos cavalos e seus pertences tentaram atravessar o rio sendo, todavia, arrastados pela correnteza. O rio se tornou um espetáculo assombroso onde corpos de homens e de animais e equipamentos de guerra e bagagens boiavam numa confusão terrível. Molon tomou posse do acampamento de Xenoetas e depois atravessou o rio e tomou o acampamento de Zêuxis. Esse já havia se retirado para Selêucia do Tigre. Em seguida Molon avançou contra a cidade e a conquistou. Zêuxis e Diomedon, o governador da cidade, também a abandonaram. Molon e seus homens tomaram a Babilônia e a também a Susa, com exceção da cidadela, onde o general Diógenes lhe oferecia resistência. Deixando uma tropa para continuar a conquista de Susa, Molon retornou a Selêucia do Tigre, reorganizou suas tropas e conquistou as regiões da Mesopotâmia e da Parapotâmia, incluindo a importante cidadela de Dura-Europos.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="File:Dura Europos, Euphrates (6362405375).jpg" height="425" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/51/Dura_Europos%2C_Euphrates_%286362405375%29.jpg/800px-Dura_Europos%2C_Euphrates_%286362405375%29.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ruínas da fortaleza de Dura-Europos às margens do rio Eufrates (Síria)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>A Campanha na Cele-Síria (221 a.C.)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto esses eventos se desenrolam no Oriente, Antíoco III continuou sua campanha na Síra. O Rei havia preparado suas forças em Apamea, Síria, e partindo para a Cele-Síria, passando por Laodiceia, com todo o seu exército e atravessou o deserto, entrando no desfiladeiro de Mársias, que fica entre as cadeias do Líbano e Antilíbano. Depois de marchar através do desfiladeiro durante vários dias e conquistando as cidades na sua vizinhança, Antíoco chegou a Gerrha. Nessa região, Teodoto, o Etólio, que era o governador da Cele-Síria em nome de Ptolomeu IV, ocupava as cidades de Gerrha e Brochi. Ele fortificou a passagem e dispôs suas tropas em locais adequados para resistir ao exército selêucida. Antíoco forçou a passagem, mas perdeu mais homens que seu oponente. Teodoto, posicionado estrategicamente, permanecia irredutível. Tendo já desistido de avançar pelo desfiladeiro, chegou a Antíoco a notícia de que Xenoetas tinha sofrido uma derrota total e que Molon estava na posse de todas as províncias superiores; o rei abandou essa expedição e apressou-se a voltar para defender seus domínios no Oriente. Teodoto, que detivera bravamente o avanço selêucida, foi para a corte de Alexandria, onde em vez de ser recompensado, sofreu com intrigas palacianas.</div>
<br />
REFERÊNCIAS<br />
https://en.wikipedia.org/wiki/Tigris%E2%80%93Euphrates_river_system<br />
http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Polybius/5*.html#40<br />
http://www.cristoraul.com/ENGLISH/readinghall/GalleryofHistory/House-of-Seleucus/Chapter-15-FIRST-YEARS-OF-ANTIOCHUS-III.html<br />
http://www.livius.org/am-ao/antiochus/antiochus_iii.html<br />
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/51/Dura_Europos,_Euphrates_(6362405375).jpg<br />
<br />Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-26287105931662853172014-05-23T05:44:00.001-07:002014-07-18T06:22:08.424-07:00ANTÍOCO III, O GRANDE (223 – 187 a.C.) - PARTE I<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="text-align: justify;">Antíoco III, o Grande (242 - 187 a.C.), também conhecido como Antíoco III Megas (palavra grega que quer dizer ‘grande’) foi o sexto rei do Império Selêucida, o qual governou entre 223 e 187 a.C. Sob seu governo, o Império Selêucida recobrou o vigor perdido após o reinado de Antíoco I Sóter (281 – 261 a.C.) quando os sucessores desse foram incapazes de manter o vasto território herdado se envolvendo em intrigas palacianas, conflitos internacionais e guerras civis. Antíoco III interviu no Oriente e tomou a Cele-Síria e a Palestina do Egito. Seu grande desafio, porém, foi a emergente e poderosa República Romana que passara a se imiscuir na política helenística na Europa, Egito e na Ásia Menor. Assumindo-se como o campeão da liberdade grega contra a dominação de Roma, Antíoco III empreendeu uma guerra contra os romanos, e embora derrotado, é considerado um dos seus mais formidáveis adversários como testemunham os historiadores romanos como Apiano e Plutarco.</span><br />
<div style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP8euQ3nqULQ8_vtVmnJVuJFDpx7OAZYlvY1SfCdgdFgPPX2nYznkr7Mii-Xxc2YFeRN9HxRhpVuZCKVCcbgCHJ-c0an5zmPmq3E5PX1VwIa7WN0TOvbvg7daOeOjpnVsvjhmEL2jV6oYV/s1600/250px-Antiochos_III.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP8euQ3nqULQ8_vtVmnJVuJFDpx7OAZYlvY1SfCdgdFgPPX2nYznkr7Mii-Xxc2YFeRN9HxRhpVuZCKVCcbgCHJ-c0an5zmPmq3E5PX1VwIa7WN0TOvbvg7daOeOjpnVsvjhmEL2jV6oYV/s1600/250px-Antiochos_III.jpg" height="400" width="271" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Representação de Antíoco III, o Grande, no<br />
Museu do Louvre, Paris, França</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Origens</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Nascido em 242, perto de Susa no Elão (atual Irã), Antíoco era o filho varão mais novo do rei Seleuco II Calínico e Laodice II. Seus irmãos eram: Alexandre, Antioquis, e um irmão e irmã de nomes não conhecidos. Quando seu pai morreu em 225, seu irmão Alexandre assumiu o trono e adotou o nome dinástico de Seleuco (III). Designou-se Sóter (‘salvador’ em grego), mas foi apelidado de Cerauno (‘relâmpago’ em grego) por causa de seu temperamento explosivo. O Império Selêucida estava deveras combalido: após o desgaste de uma guerra contra o Egito (a Terceira Guerra Síria, 246-241) e a independência das satrápias da Báctria e da Pártia seguiu-se a Guerra dos Irmãos (240 – 236) em que Seleuco II disputou o trono com seu irmão Antíoco Hieráx. Átalo I Sóter, dinasta de Pérgamo, aproveitou o conflito, proclamou-se rei e expandiu seus territórios na Ásia Menor. Seleuco III, com cerca de 18 anos, pretendia retomar os territórios perdidos. Antes, nomeou Antíoco, então com 16 anos, como governante do Oriente selêucida, e o enviou à Mesopotâmia.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGxSXmO8XCJ35Vasv3qj_dDZMgdOEcIct8A8vCwSYfj9x8TCHX60pQjlNRcYPxOkHtxZRWtt8yTjZpXh_aTJoiC9_9PM8ab32V05wef54KR6vxGnuSj-ujv3FvCQFD8ZILrLzuaL-G_d01/s1600/SC_921@1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGxSXmO8XCJ35Vasv3qj_dDZMgdOEcIct8A8vCwSYfj9x8TCHX60pQjlNRcYPxOkHtxZRWtt8yTjZpXh_aTJoiC9_9PM8ab32V05wef54KR6vxGnuSj-ujv3FvCQFD8ZILrLzuaL-G_d01/s1600/SC_921@1.jpg" height="205" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie do rei Seleuco III Cerauno, irmão de Antíoco III</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<b>O Sátrapa da Babilônia</b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Seguindo a antiga tradição dos Aquemênidas, dinastia que governou o Império Persa antes da conquista macedônica, os reis selêucidas designavam seu príncipe-herdeiro como governante de uma importante província do Oriente (geralmente a Báctria). Como os reis selêucidas passaram a ascender ao trono muito jovens e com a independência da Báctria (c. 250 a.C.), os irmãos passaram a ser designados como cogovernantes e de satrápias mais próximas do Ocidente. Assim, aos 16 anos, Antíoco foi nomeado sátrapa da Babilônia, uma das províncias mais leais do Império. Embora Antíoco residisse em Selêucida do Tigre, a capital administrativa da Mesopotâmia, registra-se que Antíoco atuou em nome de Seleuco III como protetor e promotor dos tradicionais cultos babilônicos, havendo alguma indicação de que durante o reinado de Seleuco III os reis selêucidas passaram receber algum culto na religião babilônica. O tablete babilônico BCHP 12 conhecido como Crônica de Seleuco III relata o episódio que o <i>shatammu</i> (presidente do conselho do complexo religioso de Esagila) vai a Selêucia do Tigre justificar a administração dos recursos que recebera de Seleuco III para o festival do <i>Akitu</i> (celebração do ano-novo). O tablete indica a presença de Antíoco na Babilônia em 224/223 a.C. As interações de Seleuco III e Antíoco III com a Babilônia os coloca em sintonia com todos os seus antecessores como o protetor da religião tradicional dos babilônios e como participantes ativos na mesma. Isto sugere que a política selêucida de respeito para com as religiões tradicionais ainda estava intacta. Na referida crônica há uma referência a um irmão do rei Seleuco III presente na Babilônia cujo nome está incompleto. Alguns estudiosos interpretam o nome por Lísias, Leuco ou Laodico. Este seria o nome de Antíoco antes de sua ascensão ao trono? </div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjagxaf3rQuYREYLZwW-l1IlafLpvDbyKJbSflX0zfZ-pqS2Ckjv7K63QGOI-DiowukXQfEieUeaWnK8nS97S505Yj4chJdZOPDUfcY06osIvd1GIoh-qZp911HwoOb90RfEPZSZy8dM9rF/s1600/BCHP_seleucus_iii_obv.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O tablete BCHP 12 que contém a Crônica de Seleuco III que demonstra o patrocínio dos Selêucidas à <br />
religião babilônica e indica a presença e atividade de Antíoco III na Babilônia</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>A Ascensão de Antíoco III</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto Antíoco governava a Babilônia, Seleuco III tentava recuperar do domínio de Pérgamo as terras selêucidas na Ásia. Sem sucesso, o jovem rei entregou-se cedo a um estado de decadência. Segundo Apiano, Seleuco III estava doente, pobre e incapaz de manter a obediência do exército. Uma conspiração, encabeçada por Nicanor, oficial macedônio da comitiva do rei, e Apatúrio, chefe dos mercenários gálatas, se formou. Seleuco III estava na Frígia, no verão de 223, quando foi envenenado. Reinara apenas três anos. Antíoco não pode assumir de imediato as rédeas do poder uma vez que estava na Mesopotâmia. O general Epigenes conseguiu retirar o exército da Ásia Menor com segurança através dos Montes Tauro. O primo do rei, Aqueu, popular e poderoso, mandou executar Nicanor e Apatúrio, os assassinos de Seleuco III e não tardou em se cogitar que o influente líder, também um descendente de Seleuco I Nicátor, o fundador do Império, tomasse o diadema real em detrimento do jovem príncipe Antíoco, então com 18 anos. No entanto, Aqueu aderiu à proclamação de Antíoco III como o novo rei e assumiu os negócios do Estado até a chegada de Antíoco; ele também comandou pessoalmente investidas na Ásia Menor para recuperar o domínio selêucida na região. Aqueu foi bem sucedido e Átalo I teve que recuar aos antigos territórios de Pérgamo. Com a chegada de Antíoco III à Antioquia da Síria ele nomeou Aqueu governador das terras selêucidas na Ásia Menor bem como a Molon como sátrapa da Média e seu irmão Alexandre como sátrapa de Pérsia. Hermeias, o Cário, que fora regente em Antioquia durante a campanha de Seleuco III na Ásia, foi confirmado como primeiro-ministro de Antíoco III que lhe confiara às rédeas nos assuntos de Estado. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7bEAk3t0PT48xnts3C2geNb9VmCry7Lwr9CMVnJzfjqD6jZov5KMlNdHwxJblzxyMsogtFfFpurITQv5BYtnUicXFzOGetH8v1he9uJL-SWAdP01m3zBoNDrTEGwowHaQTzZ4ro4raYSl/s640/800px-225fkr.jpg" height="444" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A extensão do Império Selêucia quando Antíoco III ascendeu ao trono</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>A Tirania de Hermeias</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de ter alcançado uma elevada posição de autoridade, Hermeias tinha ciúmes de todos os titulares de cargos de destaque na corte. Com disposição selvagem, patrulhava os demais ministros e quando os achava em algum erro, transformava qualquer deslize em crime, valendo-se de falsas acusações com crueldade contra aqueles que considerava eventuais ameaças a seu poder. O general Epigenes, homem notável em palavras e ações, e que gozava de grande popularidade entre os soldados, Hermeias desejava destruí-lo mais do que a todos. As intrigas de Hermeias começaram a desestabilizar o governo de Antíoco III que naturalmente começou a ser visto pelos sátrapas como uma marionete do invejoso ministro. Menosprezando a juventude do rei, temendo as intrigas de Hermeias e contando com o apoio de Aqueu, Molon e Alexandre se rebelam e declaram-se reis das satrápias que governam.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9b/Map_of_Caria.svg/581px-Map_of_Caria.svg.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Região da Cária, na Ásia Menor (atual Turquia), de onde era proveniente Hermeias, o tirânico primeiro-ministro de Seleuco III e Antíoco III. Na região havia muitas cidades leais à casa dos Selêucidas</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Satrápias em Revolta</b></div>
<div style="text-align: justify;">
As distantes Báctria e a Pártia haviam sido bem sucedidas em separar-se dos Selêucidas, e Molon e Alexandre tentavam o mesmo êxito, mas precisavam agregar o apoio da população helênica (grega) na Média e na Pérsia para respaldar suas pretensões. E inicialmente o conseguiram. Quando o conselho foi chamado para discutir a revolta de Molon e Alexandre, Epigenes, o primeiro a falar, aconselhou o rei a não demorar em resolver essa questão e que seria de grande importância que o rei aparecesse pessoalmente com seu exército na província revoltada para inspirar no temor e reverência e assim enfraquecer qualquer apoio popular a Molon que seria forçado pelas circunstâncias a se render ou sujeitar-se a ser entregue ao rei pela própria população. Antes mesmo de Epigenes terminar seu discurso, Hermeias começou a acusar com fúria o general, chamando-o de traidor e que seu plano na realidade era colocar o rei indefeso à mercê dos rebeldes. Acusação foi vista apenas como uma explosão de inimizade e Epigenes não foi condenado, mas a intervenção de Hermeias (que além o ódio contra Epigenes tinha receio de se envolver pessoalmente numa guerra por não ter experiência militar) foi suficiente para que o conselho nomeasse dois generais, Xenon e Teodoto Hemiólio, para enfrentar as rebeliões no Oriente. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTKryUcNjgE17ikRExr2-wBVxa1LbmHMF6SzdPLbWtoJZiQErabPIXu8K56omC3pKx9JePNjiSomVhzKtz5wdjUIpzartlIBf420_B1h19Habig9yQrAvV4nkNSSt8txfqvvlSvT507Y08/s1600/boston_03_2006+1703.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTKryUcNjgE17ikRExr2-wBVxa1LbmHMF6SzdPLbWtoJZiQErabPIXu8K56omC3pKx9JePNjiSomVhzKtz5wdjUIpzartlIBf420_B1h19Habig9yQrAvV4nkNSSt8txfqvvlSvT507Y08/s1600/boston_03_2006+1703.jpg" height="400" width="276" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px;"><div style="text-align: center;">
Ptolomeu IV Filopátor: a fraqueza de caráter do rei egípcio</div>
<div style="text-align: center;">
foi um incentivo para o ataque selêucida às suas terras na Síria</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto isso, Hermeias começou a pressionar o rei para que se voltasse contra o Egito e tentasse tomar a Cele-Síria de Ptolomeu IV, considerado um rei fraco. Segundo Políbio, Hermeias queria manter o rei ocupado por todos os lados para aumentar seu poder e agir com maior liberdade e impunidade. Hermeias defendeu a tese de que havia uma conspiração em que o faraó Ptolomeu IV, o general Aqueu (outro desafeto de Hermeias), regente da Ásia Menor, e os revoltados no Oriente estavam unidos contra Antíoco III. Para pressionar mais o rei a atacar o Egito, Hermeias forjou uma carta de Ptolomeu IV a Aqueu em que o faraó instigava o general a se proclamar rei dos territórios que governava e oferecia-lhe navios e dinheiro. Uma vez que Aqueu, além de ser um membro da família selêucida, gozava de poder, prestígio e autoridade na Ásia, a possibilidade de proclamação de independência e participação nas revoltas do Oriente era bem plausível. A carta forjada por Hermeias instigou o rei a se voltar contra o Egito e atacar suas possessões na Cele-Síria.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Casando e Guerreando</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de sair para a planejada invasão à Síria egípcia, Antíoco III se casou com a filha do rei Mitrídates II do Ponto, Laodice (III) em 222 a.C.. O casamento além de reforçar laços familiares (Laodice era filha de Laodice, irmã do pai de Antíoco III, Seleuco II, e portanto sua prima) e seus laços políticos com os potentados da Ásia Menor, de modo a deter a crescente influência de Aqueu. A noiva foi escoltada desde a Capadócia Pôntica (antigo nome do reino do Ponto) pelo almirante Diogneto, e as núpcias foram celebradas em Selêucia Zeugmata, às margens do rio Eufrates, onde a corte estava no residindo momento. O casamento foi celebrado com toda pompa e circunstâncias régias. Assim que a festividade acabou, a corte mudou-se para Antioquia, onde Laodice foi proclamada rainha do Império Selêucida, e os preparativos para um ataque ao Egito foram levados adiante.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqhzIya1UVdb9rIl9zjeoxnvPjGTTt_8fFoQjNyBmL-vTnU-72Z1IFAAxtZKI-_APJrhzq5X8c0oM2272XzqksVuHpg1nd1SogFkZnTaFUgmQZJ5w8Qhm-zJMGUiai-2jhGhV0HKvU11rQ/s1600/SC_1161.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqhzIya1UVdb9rIl9zjeoxnvPjGTTt_8fFoQjNyBmL-vTnU-72Z1IFAAxtZKI-_APJrhzq5X8c0oM2272XzqksVuHpg1nd1SogFkZnTaFUgmQZJ5w8Qhm-zJMGUiai-2jhGhV0HKvU11rQ/s1600/SC_1161.jpg" height="270" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie de Antíoco III Megas e a imagem do deus Apolo, padroeiro da casa dos Selêucidas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
FONTES:<br />
http://sitemaker.umich.edu/mladjov/files/seleucid_kings_of_syria.pdf<br />
http://www.attalus.org/names/a/antiochus.html#3<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Antiochus_III_the_Great<br />
http://www.livius.org/am-ao/antiochus/antiochus_iii.html<br />
http://www.cristoraul.com/ENGLISH/readinghall/GalleryofHistory/House-of-Seleucus/Chapter-15-FIRST-YEARS-OF-ANTIOCHUS-III.html<br />
http://www.seleukidtraces.info/information/gb_antiochos_iii<br />
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/antiochos_III/t.html<br />
http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Molon<br />
http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Polybius/5*.html#40<br />
http://www.ancient-egypt.co.uk/boston/pages/boston_03_2006%201703.htm<br />
<br />Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-13729391705642350632014-04-08T07:20:00.002-07:002015-07-19T15:22:30.706-07:00SELEUCO III CERAUNO (225 – 223 a.C.)<div style="text-align: justify;">
Seleuco III Cerauno (243 – 223 a.C.) foi o quinto rei do Império Selêucida o qual governou brevemente entre 225 e 223 a.C. Primogênito de Seleuco II Calínico e Laodice I, nasceu em 243 e recebeu o nome de Alexandre. Em dezembro de 225 seu pai morreu ao cair de um cavalo. Alexandre, então com cerca de 18 anos, assumiu o trono e adotou o nome dinástico de Seleuco e o epíteto de Sóter, 'salvador' em grego. Porém seu apelido popular era Cerauno (<i>Keraunós</i>, 'relâmpago' em grego), pelo qual passou a ser mais conhecido. Esse adjetivo foi dado pelo exército por causa de seu temperamento explosivo. Até onde se sabe não se casou e nem teve filhos. Seu reinado foi como seu apelido: um relâmpago (três anos).</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg823S-GasyOxcY9vuV4MjNCVGXzmagAZ9s1Yxpd77-vHBvIDHSXH0O1uTKuBKtljj6bEdRJO7OVkK2VAp6pvybBDM0N_jh4HyWiN5Q2-jA4k8bTiWOVb9psYWdPRz46Ey-Y4In1sAAG4Ek/s1600/AndragorasBMC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg823S-GasyOxcY9vuV4MjNCVGXzmagAZ9s1Yxpd77-vHBvIDHSXH0O1uTKuBKtljj6bEdRJO7OVkK2VAp6pvybBDM0N_jh4HyWiN5Q2-jA4k8bTiWOVb9psYWdPRz46Ey-Y4In1sAAG4Ek/s1600/AndragorasBMC.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Seleuco III Cerauno cunhada em Antioquia do Orontes (a capital selêucida) com<br />
a efígie diademada do rei e a tradicional representação do deus Apolo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Um Império a Deriva</b></div>
<div style="text-align: justify;">
O reino que Seleuco III herdara estava combalido: no Oriente, perdera a Báctria e Pártia, que se tornaram reinos independentes; no Ocidente, o Egito domina a partes da costa da Ásia Menor e a cidade de Selêucia de Piéria, na foz do rio Orontes, que era o meio de acesso de Antioquia da Síria, a capital selêucida, ao Mar Mediterrâneo. Na Ásia Menor, a guerra entre os irmãos Seleuco II e Antíoco Hierax pelo trono não só enfraqueceu o domínio e prestígio dos Selêucidas na região como deu oportunidade a Átalo I assumir o título de rei e a total independência de Pérgamo. E mais: o novo rei começou a expandir seus domínios sobre as terras que eram dos Selêucidas. No entanto, o Império Selêucida ainda era o mais extenso dos reinos helenísticos, dominando a Síria, partes da Anatólia, a Mesopotâmia e o Irã. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7bEAk3t0PT48xnts3C2geNb9VmCry7Lwr9CMVnJzfjqD6jZov5KMlNdHwxJblzxyMsogtFfFpurITQv5BYtnUicXFzOGetH8v1he9uJL-SWAdP01m3zBoNDrTEGwowHaQTzZ4ro4raYSl/s1600/800px-225fkr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="444" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7bEAk3t0PT48xnts3C2geNb9VmCry7Lwr9CMVnJzfjqD6jZov5KMlNdHwxJblzxyMsogtFfFpurITQv5BYtnUicXFzOGetH8v1he9uJL-SWAdP01m3zBoNDrTEGwowHaQTzZ4ro4raYSl/s1600/800px-225fkr.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Império Selêucida em 225 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Seleuco III e a Babilônia</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Seleuco Cerauno firmou o objetivo de reconquistar as terras selêucidas na Ásia Menor. Antes, envia seu irmão mais novo, Antíoco (III), para o Oriente para representar a autoridade real. Assim como os reis persas, os Selêucidas enviavam para o Oriente seu príncipe-herdeiro repartindo com ele o governo do Império. Porém, essa tradição foi interrompida por Antíoco II Teos (261 – 246 a.C.) que renegara sua primeira esposa e seus filhos para casar-se com a princesa egípcia Berenice Fernoforo não tendo um filho adulto a quem delegar essa missão. O mesmo ocorreu com Seleuco II que teve que fazer de seu irmão Antíoco Hierax vice-rei, mas em Sardes, na Lídia, e não no Oriente, então parte ocupado pelo faraó Ptolomeu III Everges e parte se rebelando como a Báctria e a Pártia. Assumindo o trono muito jovens, os reis selêucidas passaram a delegar aos irmãos o compartilhamento de poder. Assim Antíoco, com cerca de 16 anos, foi nomeado sátrapa da Babilônia, província rica e leal à dinastia selêucida. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjagxaf3rQuYREYLZwW-l1IlafLpvDbyKJbSflX0zfZ-pqS2Ckjv7K63QGOI-DiowukXQfEieUeaWnK8nS97S505Yj4chJdZOPDUfcY06osIvd1GIoh-qZp911HwoOb90RfEPZSZy8dM9rF/s1600/BCHP_seleucus_iii_obv.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjagxaf3rQuYREYLZwW-l1IlafLpvDbyKJbSflX0zfZ-pqS2Ckjv7K63QGOI-DiowukXQfEieUeaWnK8nS97S505Yj4chJdZOPDUfcY06osIvd1GIoh-qZp911HwoOb90RfEPZSZy8dM9rF/s1600/BCHP_seleucus_iii_obv.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O tablete BCHP 12 que traz a <i>Crônica de Seleuco III </i>atestando o patrocínio do rei a religião babilônica</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Registra-se que Antíoco atuou em nome de Seleuco III como protetor e promotor dos tradicionais cultos babilônicos, havendo alguma indicação de que durante o reinado de Seleuco III os reis selêucidas passaram a ser promovidos como semi-deuses na religião babilônica. O tablete babilônico BCHP 12 conhecido como <i>Crônica de Seleuco III</i> relata o episódio que o <i>shatammu</i> (presidente do conselho do complexo religioso de Esagila) vai a Selêucia do Tigre justificar a administração dos recursos que recebera de Seleuco III para o festival do<i> Akitu</i> (celebração do ano-novo). O tablete indica a presença de Antíoco na Babilônia em 224/223 a.C. As interações de Seleuco III com Babilônia colocá-lo em sintonia com todos os seus antecessores como o protetor da religião do Estado tradicional e como um participante ativo na mesma. Isto sugere que a política selêucida de respeito para com as religiões tradicionais ainda estava intacta.<br />
<div style="text-align: center;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>As Moedas de Seleuco III Cerauno</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Durante seu breve reinado, Seleuco III parece ter retornado os modelos da cunhagem selêucida, em sua maior parte, ao seu estado antes do reinado de seu pai (246-225 a.C.) e manteve o foco do patrocínio religioso no deus Apolo. As moedas de seu reinado, embora tragam os motivos dinásticos tradicionais, indicam a adição de um elemento significativo: a mecha de cabelo que se parece muito com um chifre. A “mecha-chifre” parece ser uma sugestão mais sutil da divindade do que os chifres de touro que tinha ocasionalmente apareciam na cunhagem com as efígies de seus antecessores. Será que a realidade dos fatos (guerra civil, intrigas palacianas, reis assassinados, derrotas militares) estava mostrando o quão ridículas eram as pretensões selêucidas à divindade? Será que a decadência do Império não estava evidenciando o quão vazios eram os epítetos megalomaníacos (“salvador”, “deus”, “triunfante”) dos reis selêucidas? Parece que o jovem Seleuco III teve um vislumbre de sabedoria ao não se exibir tão “divino” e “poderoso” como seus antecessores. A outra característica interessante da cunhagem de Seleuco III apareceu nas moedas cunhadas nas cidades fenícias de Arado, Gabala, Carne, Marato e Simira entre 225 e 224. Estudiosos sugerem que essa cunhagem pode ter sido feita para financiar uma possível contra o Egito que teria sido abortada com a morte do rei.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijsac2JC0jVHtFFLYxyrQYIwqt9yG12GHG5nNY7w_hkeyDZA5YedZzZRQtjioTZCM8Q_6GapWD_RqR6-OG-ki1-wKfdqA_TbaQYVZiW1RRMeHmZli-Hto1UjApo0YIRhPdx9Zg7HFoDo6V/s1600/SC_939@2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijsac2JC0jVHtFFLYxyrQYIwqt9yG12GHG5nNY7w_hkeyDZA5YedZzZRQtjioTZCM8Q_6GapWD_RqR6-OG-ki1-wKfdqA_TbaQYVZiW1RRMeHmZli-Hto1UjApo0YIRhPdx9Zg7HFoDo6V/s1600/SC_939@2.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Na efígie de Seleuco III, a mecha elevada sugere um chifre, símbolo de poder e divindade. </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Guerra Contra Pérgamo</b></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar da trégua com o Egito, esse continuava a ser um inimigo às pretensões selêucidas na Ásia Menor e na Palestina. Mas, o rival mais imediato e possivelmente menos difícil de ser vencido era o rei Átalo I Sóter de Pérgamo que tomara as terras selêucidas na Ásia Menor. O rei envia o general Andrômaco para lutar contra Átalo e retomar as terras selêucidas. Andrômaco, no entanto, foi derrotado. Seleuco III resolve ir pessoalmente enfrentar o poder de Pérgamo e reúne um exército, deixa Hermeias, o Cário, como regente em Antioquia, e atravessa a cordilheira do Tauro para retomar as terras do seu reino. Segundo o historiador Porfírio, Seleuco era estimulado por esperança de vitória e vingança em nome de seu pai. Após várias batalhas, embora tenha enfraquecido o poderio de Pérgamo, o exército selêucida não conseguiu reaver as terras anatólicas. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="456" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0qw4Ja0Pn4lOSRoZhxxVNk186r56aE__LxG5GH2zLK5HcEgAwDTpay0zoRIFgAnyLbMSrS3l8AsIFzwaS94jVt9Yunnia-YLiTIa83bwN0HALJMQmCXSDghTTMGz7-e6Ht6xvDqc7cBU/s640/map.gif" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O reino de Pérgamo e o Império Selêucida: Átalo I Sóter expandiu <br />
seu domínio às custas da decadência dos Selêucidas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<b><br />
</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Foi-se como um Relâmpago</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 223, Mnesiptolemo, o historiador oficial de Antíoco III, já estava em atuação na corte de Seleuco III, pois o poeta cômico ateniense Epínico alude ao historiador recitando suas histórias para o rei enquanto ele bebe. Parece que o jovem rei entregou-se cedo a um estado de decadência. Segundo o historiador romano Apiano, Seleuco Cerauno estava doente, pobre e incapaz de comandar a obediência do exército. Sem sucesso, jovem e temperamental, não tardou que o rei fosse visto como descartável. Uma conspiração, encabeçada por Nicanor, oficial macedônio da comitiva do rei, e Apatúrio, chefe dos mercenários gálatas, se formou. Seleuco III estava na Frígia, no verão de 223, quando foi envenenado. Reinara apenas três anos. Seu irmão Antíoco foi convocado da Babilônia para sucedê-lo e quem sabe reerguer o império combalido. </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
FONTES:<br />
http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%ADoco_III_Magno#cite_note-olmstead.cuneiform-2<br />
http://www.cristoraul.com/ENGLISH/readinghall/GalleryofHistory/House-of-Seleucus/Chapter-10-SELEUCUS-II_AND_SELEUCUS-III.html<br />
http://www.attalus.org/translate/daniel.html<br />
http://www.livius.org/ap-ark/appian/appian_syriaca_14.html#%5B%A766%5D<br />
http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-dynastic/dynastic_02.html<br />
http://www.tertullian.org/fathers/jerome_daniel_02_text.htm<br />
https://ore.exeter.ac.uk/repository/bitstream/handle/10036/95348/EricksonKG_fm.pdf?sequence=1<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_III_Ceraunus<br />
http://www.attalus.org/names/m/mnesiptolemus.html#1<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/File:225fkr.jpg<br />
http://www.livius.org/a/1/mesopotamia/BCHP_seleucus_iii_obv.jpg<br />
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/seleukos_III/SC_939@2.jpg<br />
http://osatalidas.blogspot.com.br/2009/02/atalo-i-soter-241-197-ac.html<br />
<br />Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-24945081044930903422014-04-04T07:02:00.000-07:002015-07-19T15:09:44.974-07:00SELEUCO II CALÍNICO (246 – 225 a.C.) - PARTE III<div style="text-align: justify;">
<b>A Guerra contra os Parnos</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 245, o sátrapa da Pártia, Andrágoras, seguindo o exemplo de Diodoto (I) da Báctria, se tornou independente do governo selêucida chegando, inclusive a cunhar moedas com sua efígie portando o diadema real. Mas, o reino de Andrágoras não durou muito. Diante da derrota de Seleuco II para os gálatas em Ancira, os parnos, uma tribo cita nômade de salteadores, se sentiram confiantes para investir contra Andrágoras e tomaram a parte do norte da Pártia, uma região conhecida como Astavene. Os parnos já começaram a se rebelar contra o governo selêucida nos dias de Antíoco II (261 – 246 a.C.), quando Tiridates, um líder parno, matou Perecles, o governador selêucida do distrito de Asaak, que o havia insultado. Sua crescente independência tanto de Seleuco II como do rei da Báctria, Diodoto I, que reivindicava domínio sobre eles, resultou na tomada de toda a Pártia. Andrágoras foi morto pelos parnos em 235 e Arsaces (ou Tiridates) avançou mais ao sul e apreenderam o restante da Pártia bem como a satrápia da Hircânia. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkH_DN_zPjUykCDe8-rLlgxcexjeb8p4jOCtlsciROz3Qd5pkjxLZZ_FWorH0K7wUgyJTDLAQ93_6_VzKYSuKtoSyGXQZw_Q2moC8x21siwxa2hIiedacXE3NBmCiLgAoDS4n97PNfcx8U/s1600/AndragorasBMC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkH_DN_zPjUykCDe8-rLlgxcexjeb8p4jOCtlsciROz3Qd5pkjxLZZ_FWorH0K7wUgyJTDLAQ93_6_VzKYSuKtoSyGXQZw_Q2moC8x21siwxa2hIiedacXE3NBmCiLgAoDS4n97PNfcx8U/s1600/AndragorasBMC.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie de Andrágoras com diadema (indicando seu<i> status</i> real) e a carruagem da Vitória</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Seleuco II começou a se preparar para retomar suas terras no Oriente. Antes de partir, ele parece ter selado um acordo de paz (antes de 236) com seu irmão Hierax, que tem que lidar com o crescente poder de Átalo I, rei de Pérgamo, que expande seus territórios na Ásia Menor à custa dos territórios do reino de Hierax. Átalo I se arvora em campeão dos gregos, enquanto Hierax se volta mais para os “bárbaros” da Anatólia (gálatas, capadócios, pônticos). Antes do acordo de paz, a cidade fenícia de Arado se posicionou em favor de Seleuco II e fez um tratado com ele para receber refugiados políticos (237 a.C.). Com seu irmão entretido com os pergamenos, Seleuco II pode se voltar para o Oriente (230 a.C.).<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCNJuHF4bFZqZQqx6A4f0yszLoTS4bseCMCf4zziV0k0IevG7aDKWZ6HBqmuQUD0Av_YDVqo24VMul4vlU2ni_hFP7qHLzCdAIpn30O_d29YAd8UB-cqWM6P-b2mIZu9HlnpAUuHi7vCI8/s1600/aa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCNJuHF4bFZqZQqx6A4f0yszLoTS4bseCMCf4zziV0k0IevG7aDKWZ6HBqmuQUD0Av_YDVqo24VMul4vlU2ni_hFP7qHLzCdAIpn30O_d29YAd8UB-cqWM6P-b2mIZu9HlnpAUuHi7vCI8/s1600/aa.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Seleuco II cunhada em Susa, Elão, atual Irã, com as representações de Héracles e Apolo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Os temores dos parnos diante das pretensões de Diodoto I da Báctria cessaram com a morte do rei e eles fizeram um acordo com seu sucessor, Diodoto II, que possivelmente temia o avanço de Seleuco II para recuperar terras no Oriente. Diante do avanço do exército selêucida, os parnos, liderados por Arsaces I, se retiram para o deserto, para a região da tribo dos apasiacas. No entanto, houve enfrentamento. Segundo algumas fontes, Seleuco II foi feito prisioneiro por vários anos por Arsaces. De acordo com outros, ele fez as pazes com o líder parno reconheceu a sua soberania. Os especialistas tendem a seguir a versão de um acordo após uma derrota conforme registra o historiador romano Justino: os parnos obtiveram uma vitória decisiva sobre Seleuco II a ponto de tornarem a essa ocasião uma celebração nacional. Com os assuntos do Ocidente (as investidas de Antíoco Hierax) demandando sua presença, Seleuco II retira-se e Arsaces e os parnos retomam a Pártia definitivamente. A partir daí eles passam a ser chamados de os partos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
<b>A Queda de Antíoco Hierax</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto Seleuco II estava lutando contra os parnos, Antíoco Hierax perdia terreno e influência para o rei Átalo I de Pérgamo. Assim, passou a investir contra as terras de seu irmão na Mesopotâmia (229 a.C.) talvez objetivando passar a Antioquia da Síria, a capital de Seleuco II. No entanto, após passar as montanhas armênias, Antíoco foi derrotado por Aqueu (sobrinho Seleuco II) e seu filho Andrômaco (cunhado de Seleuco II) e teve que se refugiar, inclusive ferido, nas montanhas. Ele espalhou a notícia de sua morte e enviou dois emissários, Filetero de Creta e Dionísio de Lisimáquia, ao acampamento de Aqueu para resgatar o “cadáver” do rei e dar-lhe o devido sepultamento sob a condição de se entregarem como prisioneiros de guerra. Como o corpo de Antíoco ainda não fora achado, Aqueu dispôs uma escolta de 4.000 homens para conduzir os emissários a seu retorno. A escolta foi atacada por Antíoco, trajando vestes reais, que fez grande estrago no destacamento. Evidentemente que essa vitória medíocre, aproveitando-se do respeito e boa-fé dos Antigos para com os mortos, não trouxe avanço à causa de Antíoco Hierax. Seleuco II está na Babilônia e Hierax tem que recuar.</div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg70BPmVCPWQ1_mKiB5Nf3pJ5NxGLcz6rCQZKR2mWUdebCTLOdre2NPyx70ueTG6CTwRQRJjhZxc4dKH8zV9Mfp8aU9Zar85QLN-fv9CBnN55WnPL3yZFSv07JaCziS50HLnBaLQHW7nE-l/s1600/aa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg70BPmVCPWQ1_mKiB5Nf3pJ5NxGLcz6rCQZKR2mWUdebCTLOdre2NPyx70ueTG6CTwRQRJjhZxc4dKH8zV9Mfp8aU9Zar85QLN-fv9CBnN55WnPL3yZFSv07JaCziS50HLnBaLQHW7nE-l/s1600/aa.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Seleuco II Calínico cunhada na Mesopotâmia com as imagens de Atena e Apolo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Antíoco se refugiou na corte do rei Ariarates III na Capadócia, onde sua tia Estratonice (III) era rainha. O rei capadócio fora inicialmente seu apoiador, mas Hierax percebeu que ele pretendia entregá-lo a Seleuco II e foge da Capadócia. Antíoco se volta novamente contra Átalo I. Átalo já o derrotara na Frígia em 229 a.C. Em 228 Hierax convoca seus mercenários da Galácia e invadiu novamente os territórios pergamenos. Átalo derrotou Hierax três vezes, primeiro no Afrodísio (santuário de Afrodite) perto Pérgamo e segundo próximo ao Lago Coloe na Lídia. Mais tarde no mesmo ano ele derrotou Hierax nas margens do rio Harpasos na Cária. Sem vitórias e amigos na Ásia e muito menos a misericórdia de seu irmão, Hierax busca asilo junto ao antigo inimigo de sua família, Ptolomeu III do Egito, que domina o Quersoneso Trácio, península na Trácia. O faraó ordena que Hierax seja mantido sob estreita vigilância. Entretanto, com a ajuda de uma cortesã que seduzira, Antíoco consegue escapar, mas foi morto por um bando de salteadores gálatas (226 a.C.).</div>
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<b>O Fim do Reinado de Seleuco II Calínico</b></div>
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Aproveitando a confusão na Ásia Menor, o rei da Macedônia, Antígono III Doson conquista a Cária, antiga possessão selêucida, em c. 229-228. A Cária estava nas mãos de Ptolomeu III que apoiava a luta dos Estados gregos contra a dominação macedônica. Mas Seleuco II não se volta para a Ásia Menor para reivindicar a terra onde fora inicialmente coroado rei. Ele procura fortalecer seus domínios incontestes. Em 226 funda uma fortaleza perto de Antioquia. Demonstrando seus vínculos com o mundo helênico, ofereceu ajuda aos rodianos quando um terremoto afetou Rodes e derrubou inúmeros prédios, inclusive seu célebre colosso. É registrado que mandou vir do Egito estátua da deusa egípcia Isis e a exibiu em Antioquia. Em dezembro de 225, Seleuco II Calínico morreu ao cair do cavalo. Tinha cerca de 40 anos. Foi sucedido por seu filho Alexandre que adotou o nome de Seleuco (III). O historiador Justino relata que isso foi uma recompensa por seus crimes. Apesar de epíteto de Calínico, o triunfante, Seleuco II foi muito derrotado. Mas, legou a seu filho um reino combalido e diminuído, ainda vasto e rico o suficiente para inspirar seus sucessores a lutarem por ele.<br />
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http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/seleukos_II/SC_691cf2.jpg</div>
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-62000670852027932432014-03-27T07:29:00.002-07:002015-07-19T15:00:39.255-07:00SELEUCO II CALÍNICO (246 – 225 a.C.) - PARTE II<div style="text-align: justify;">
<b>O Contra-Ataque de Seleuco II</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Vendo se desmantelar o império que seus antecessores arduamente lhe legaram, Seleuco II começa a reagir ofensivamente para reaver e defender seus territórios na Síria e adjacências. No verão de 245 ele atravessa o Tauro. A cidade de Esmirna, que permanecera fiel a Seleuco II ressitindo aos ataques egípcios, foi recompensada com o <i>status</i> de cidade santa e inviolável por ter o templo de Afrodite Estratonice. Seleuco II escreveu a vários Estados e Ligas do mundo helênico, incluindo o oráculo de Delfos, para garantir essa posição para a cidade. A cidade de Magnésia do Síplio, onde uma guarnição se rebelara contra Seleuco II, foi posteriormente colocada sob o domínio de Esmirna. O ataque selêucida e a derrota da frota egípcia em Andros para Antígono II, obrigam Ptolomeu III a voltar-se para o Ocidente. O faraó deixa Xantipo governando sua possessões na Babilônia e um certo Antíoco governando suas possessões ao longo da costa do Mar Egeu e volta para Egito onde problemas internos requerem seu retorno com urgência. Embora a Báctria e a Pártia continuem independentes, Seleuco II consegue reaver a Babilônia. As vitórias de Seleuco II sobre Ptolomeu III fazem com que ele seja chamado pelo epíteto grego de<i> kallinicos</i>, isto é, o de bela vitória, grande vitorioso, triunfante. Porém, a tradicional cidade selêucida de Selêucia em Piéria permaneceu nas mãos dos egípcios.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU_i7uA78ANDBx2tLCplGIpi400ExH-Srdw8z4gcDbw6sV_WjJszd5DBpNIU2fm0_S-kUF0Ra-J5EelT_2NqlBMsq8Ld4NjSU2xzRIJ0tzzWYYJ9l2qL5L6rAf8FEPDmt_SiDJl5EF0cMp/s1600/a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU_i7uA78ANDBx2tLCplGIpi400ExH-Srdw8z4gcDbw6sV_WjJszd5DBpNIU2fm0_S-kUF0Ra-J5EelT_2NqlBMsq8Ld4NjSU2xzRIJ0tzzWYYJ9l2qL5L6rAf8FEPDmt_SiDJl5EF0cMp/s1600/a.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Seleuco II cunhada em Nisibis, norte da Mesopotâmia, com a efígie dos deuses gêmeos Castor e Polux, possível alusão aos irmãos régios Seleuco II e Antíoco Hierax, e um elefante de guerra, símbolo de poder militar</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, os acontecimentos seguintes não confirmariam a grandeza de sua vitória: Em 244 a.C. Seleuco II enviou uma frota para punir as cidades da costa da Síria que tinham aderido a causa de Ptolomeu III. Porém, uma tempestade destruiu a frota e o rei e poucos náufragos sobreviveram. Entretanto, diante da tragédia do rei, as cidades rebeldes resolveram mudar de atitude e voltaram a se unir aos Selêucidas. No ano seguinte nasce seu primogênito Alexandre (futuro Seleuco III). Em 242 Seleuco consegue livrar as cidades sírias de Damasco e Ortósia do cerco das forças ptolomaicas. Entre 242 e 241, Seleuco ataca as terras ptolomaicas na Palestina:, mas suas forças são derrotadas e retiram-se para Antioquia. Seleuco II faz de Antioquia da Síria sua capital e ainda controla parte da Ásia Menor, o norte da Síria, a Mesopotâmia e o Irã. A Báctria segue independente com Diodoto I e a Pártia com Andrágoras. A Média Atropatene também goza de relativa independência. Não obstante, Seleuco II funda a cidade de Calínico na Mesopotâmia. Mas Ptolomeu III é ainda uma ameaça e Seleuco II não pode enfrentá-lo sozinho; além do apoio de Antígono II da Macedônia, que contesta a influência egípcia no Mar Egeu e na Grécia, ele precisa do apoio de seu irmão: Antíoco Hierax, o vice-rei selêucida em Sardes.</div>
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<b>O Fim da Terceira Guerra Síria</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Seleuco II enviou uma carta a seu irmão, em Sardes para que ele reunisse um exército, cruzasse o Tauro e viesse em seu auxílio contra Ptolomeu III. Em recompensa, Seleuco II cederia as terras selêucidas além do Tauro na Ásia Menor como um reino independente. Fontes documentais indicam que Antíoco, embora com quatorze anos, já era tratado pelo título de rei, embora subordinado a Seleuco II, antes dessa ocasião. Quem de fato tem as rédeas em Sardes é Laodice e seus asseclas, mas o jovem Antíoco é ambicioso demais para perder essa oportunidade. Foi apelidado de<i> hierax</i>, palavra grega que significa falcão, devido a voracidade de sua ambição. A corte em Sardes se mobiliza para enviar auxílio a Seleuco II. Temendo enfrentar dois rivais de uma única vez e ainda envolvido com ações na Grécia, Ptolomeu III resolve fazer uma trégua de 10 anos com Seleuco II pondo fim assim a Terceira Guerra Síria (241 a.C.). No ano seguinte, uma embaixada de Roma vai a corte de Ptolomeu III oferecer ajuda contra Seleuco II. O faraó agradece, mas recusa o auxílio já que o conflito estava encerrado. Ao que parece, havendo paz com o Egito, a realeza de Antíoco Hierax não foi confirmada por Seleuco II que procura manter boas relações com as cidades da Ásia Menor, onde governa seu irmão: ele escreve a Mileto, que administra o santuário de Apolo em Dídima (onde Seleuco I Nicátor teria recebido a revelação de que ele seria rei da Ásia) e recebe a resposta favorável do oráculo de Delfos em relação a <i>status</i> sagrado de Esmirna. Apesar da troca de lealdades entre Selêucidas e a Ásia Menor, Ptolomeu III controla parte da costa da Anatólia (Cilícia e Panfília) e detém a ilha de Samos e a cidade de Éfeso.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxaorXFn0tQzvmPfizuZZ8E-9E9YdKpobh3XXQAPatFRegfTSHNLOo70ATKk5_I4hQxISaKRuwKPXVy_KyCq8lCDVlVFIYcEVm_tmDXM34ReZR817DE0IjuFBxZzDv7a_tBDTierPrE3oX/s1600/Atalo+i+Pergamo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxaorXFn0tQzvmPfizuZZ8E-9E9YdKpobh3XXQAPatFRegfTSHNLOo70ATKk5_I4hQxISaKRuwKPXVy_KyCq8lCDVlVFIYcEVm_tmDXM34ReZR817DE0IjuFBxZzDv7a_tBDTierPrE3oX/s1600/Atalo+i+Pergamo.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie de Seleuco II e um cavalo de batalha </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<b>A Guerra dos Irmãos</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Estabelecida a trégua com o Egito, o Império Selêucida tem que lidar com uma guerra civil onde os irmãos Seleuco II e Antíoco Hierax disputam o trono selêucida. Antíoco, instigado por sua mãe Laodice e pelo irmão desta, Alexandre, governador de Sardes, se rebela contra seu irmão e afirma sua realeza independente sobre as terras selêucidas da Ásia Menor, embora sua ambição pretenda governar todo Império Selêucida. A posição de Hierax estava bem fortalecida na Ásia Menor. Assim no ano de 240 a.C. estoura a chamada Guerra dos Irmãos ou Guerra Fraternal. Antíoco contrata os temidos mercenários gálatas. Seleuco II reúne um exército atravessa o Tauro de derrota seu irmão duas vezes na Lídia, mas não consegue tomar Sardes. Nesse período (239 a.C.) é registrada uma carta de Seleuco a certo Olímpico, estratego da Cária, sobre o santuário de Zeus em Labraunda. Apesar da vitória inicial, o apoio dos reinos da Ásia era mais favorável à causa de Antíoco Hierax. Mitrídates II, rei do Ponto e casado com Laodice, tia de ambos os reis, se junta a Hierax com um exército de gálatas. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgltUNX2dm10kGuiAYq_Vm9_CTeG5_hVWrxECShNlTwCzxLB6KmyzpUgG4l83M7_BV4N7vpauwpQ5Q6v3nKeAbn6_2lk_zFl8vbw9fl3iQslpbSsz9BKf4LAxQP7waxkn5SHGjHbg7RwDic/s1600/hellenistic_world_240.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgltUNX2dm10kGuiAYq_Vm9_CTeG5_hVWrxECShNlTwCzxLB6KmyzpUgG4l83M7_BV4N7vpauwpQ5Q6v3nKeAbn6_2lk_zFl8vbw9fl3iQslpbSsz9BKf4LAxQP7waxkn5SHGjHbg7RwDic/s1600/hellenistic_world_240.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Mundo Helenísitco em 240 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Uma grande batalha se deu em 239 nos campos de Ancira onde Seleuco II e seu exército foram terrivelmente derrotados pelas forças gálatas. Fontes indicam cerca de 20.000 mortos. Entre os tombados, não acharam o corpo de Seleuco II. Antíoco, não obstante estar diante da possibilidade de ser o único rei selêucida, foi tomado de grande tristeza e colocou traje de luto e lamentou a morte de seu irmão. Mas logo, veio a notícia de que Seleuco ainda estava vivo. Ele havia se disfarçado como o escudeiro de Hamaction, que comandou o esquadrão real, e conseguiu escapar levando a coroa nas mãos. A jornada de Seleuco e seus companheiros através da cordilheira do Tauro não foi fácil. Começaram a se desesperar por causa da falta de comida e dos perigos da região. Encontrando uma fazenda na região, Seleuco II pediu alimento sem se dar a conhecer. O proprietário alimentou-os e deu-lhes uma festiva acolhida reconhecendo no hóspede o rei selêucida sem, entretanto, anunciar sua descoberta. Ao partirem, o proprietário acompanhou-os até a estrada e querendo mostrar que sabia quem era seu hóspede para que não fosse esquecida sua prestação de serviços, o proprietário disse: "<i>Vá bem, rei Seleuco</i>". Seleuco II se aproximou dele como se fosse beijá-lo e fez um sinal para um de seus companheiros para matar o homem que teve na hora sua cabeça cortada. Plutarco, que narra esse episódio, diz que se o homem tivesse ficado calado teria tido a sua recompensa quando da restauração do poder de Seleuco II. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibOM8QrVrz-TWBkAzQEW58qwm8ka64Wy-KABZF_Pv4aMODgTofl_FhDACEZmKcwJBOwq5SJL3mbZYap70qm9VjSg6pODQdOQfXLz2T9Bfx_I3ui9GhowS7xPkIkJTs9IyDw1On_IpEB8aM/s1600/taurus-mountains-23632241.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="468" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibOM8QrVrz-TWBkAzQEW58qwm8ka64Wy-KABZF_Pv4aMODgTofl_FhDACEZmKcwJBOwq5SJL3mbZYap70qm9VjSg6pODQdOQfXLz2T9Bfx_I3ui9GhowS7xPkIkJTs9IyDw1On_IpEB8aM/s1600/taurus-mountains-23632241.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os montes Tauros (na Turquia), por onde Seleuco II e poucos homens passaram após a derrota em Ancira.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Seleuco II estava agora além dos Montes Tauro, na Cilícia, refazendo suas forças. Mysta, concubina de Seleuco II que estava presente na batalha, se desfizera de seus trajes nobres, vestiu-se como uma serviçal e foi vendida como escrava para a ilha de Rodes. Identificando-se como concubina de Seleuco II, os magistrados da cidade a compraram do mercador e a reenviaram para Seleuco II com toda dignidade. Os rodianos e Seleuco II tinham laços de amizade. O vitorioso Antíoco Hierax, entretanto, se viu ameaçado pelos mercenários gálatas (que derrubando mais um rei poderiam ser mais livres na Ásia) e com uma série de pilhagens sacia-lhes a sede de riquezas. Submeteu a Frígia e enviou homens para combater seu irmão com a ajuda de Ptolomeu III. Nesse tempo Antíoco Hierax casa-se com a filha de Ziaelas, rei da Bitínia e exercendo plenamente sua realeza passa a cunhar moedas com sua efígie. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8q3nk3EDPm65C8tS77ZiDzhEYTiz6A_VV_Q0AYK9HyYgzNPfZDPvk4nVqLUP5_n2McrJqld9UHNJIJ2IW5ZXZvGRHzKXBCUIRcX6M-xo-62dDdDsJpFAFilxonrFt_x5IHzgtgOBpJpNE/s1600/a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8q3nk3EDPm65C8tS77ZiDzhEYTiz6A_VV_Q0AYK9HyYgzNPfZDPvk4nVqLUP5_n2McrJqld9UHNJIJ2IW5ZXZvGRHzKXBCUIRcX6M-xo-62dDdDsJpFAFilxonrFt_x5IHzgtgOBpJpNE/s1600/a.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px;">Moeda com a efígie de Antíoco Hierax e a representação do deus Apolo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, o sucesso de Hierax é refreado pelo poder crescente de Pérgamo, cidade independente governada pelos Atálidas, mas nominalmente sujeita aos Selêucidas. Seu jovem governante, Átalo I, vence uma incursão de gálatas e assume definitivamente o título de rei. Seleuco II, embora não reconheça nem a realeza de seu irmão nem a de Átalo, tem que dedicar sua atenção nos territórios aonde efetivamente governa. Após a batalha de Ancira, com o rei selêucida mais velho recuando através do Tauro, e o mais jovem se portando como um capitão de saqueadores, a autoridade selêucida deixou a desejar na Ásia Menor. Nas partes da região que outrora obedeciam os mandatos de Sardes ou de Antioquia, agora os exércitos de Átalo é que marcharam ao longo das estradas, e seus oficiais que começam a angariar os tributos das populações da região. o reino de Pérgamo se projeta como o novo guardião do helenismo na Ásia Menor</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGikv8fXrW9KlkmZI5v7DVD-WIlE47KK9II702zPlj9wqx6fTXdtUAZLH4QB855xjO3fj9vN1TjD1XDcXaBCCmnQaiwQgobzT10CAjHT3Cufe6WPetXcyaqPF8TlrTQL3EH5H5rLet4w0z/s1600/Atalo+i+Pergamo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGikv8fXrW9KlkmZI5v7DVD-WIlE47KK9II702zPlj9wqx6fTXdtUAZLH4QB855xjO3fj9vN1TjD1XDcXaBCCmnQaiwQgobzT10CAjHT3Cufe6WPetXcyaqPF8TlrTQL3EH5H5rLet4w0z/s1600/Atalo+i+Pergamo.jpg" width="310" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Átalo I Sóter, rei de Pérgamo que desafiou a <br />
soberania selêucida na Ásia Menor</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Sedição de Estratonice e a Morte de Laodice </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Estratonice (II), irmã de Seleuco II, era casada com o Demétrio II Etólico, rei da Macedônia, que a repudiou para se casar com Ftia, princesa do Épiro (238 a.C.). Estratonice deixou a corte macedônica e foi para a corte de seu irmão em Antioquia onde propôs a Seleuco II que se casasse com ela e a fizesse rainha como sucedia na corte ptolomaica no Egito, onde os monarcas se casavam com suas irmãs. Laodice II, esposa de Seleuco, provavelmente já morrera e o rei vivia amasiado com sua amante Mysta. Seleuco II recusou a proposta de Estratonice. Enquanto o rei estava na Babilônia recrutando um exército e sufocando algumas rebeliões, Estratonice começou a fomentar uma rebelião em Antioquia. Quando Seleuco II retornou e retomou Antioquia, Estratonice fugiu para Selêucia em Piéria (que pertencia ao Egito) de onde pretendia fugir pelo mar, mas foi capturada e morta. Sua mãe, Laodice (I), a rainha temível que lançara o Império Selêucida no caos com suas intrigas e assassinatos parece ter morrido por volta de 237. As circunstâncias de sua morte são desconhecidas, mas o historiador romano Apiano, no seu relato sobre as guerras sírias, informar brevemente que Laodice foi morta por Ptolomeu III. O relato de Apiano induz a pensar que isso aconteceu quando Ptolomeu III tomou Antioquia (245 a.C.). O fato é que Laodice, além de estar em Éfeso na época, continuou muito ativa após esse período. Apiano pode ter simplesmente encurtado a narrativa para mencionar que a morte de Laodice teve alguma participação de Ptolomeu III que dominava a cidade de Éfeso não longe de Sardes onde vivia Laodice. Mas não se sabe ao certo da data e o modo como morreu Laodice I.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB2taCWcJtSfh0ERF4wDoj2yY0jYft27kmRE66VoKva38pjXvjM-ZIJCZmzTagh1mU_zkgQMaQ2p6V-ikjfdiSnY5elJ8aQXkxaAZLAmNulUunY4iFGPUoMk5ku4f16_LESnbM_zmyeKmI/s1600/SC_901@1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB2taCWcJtSfh0ERF4wDoj2yY0jYft27kmRE66VoKva38pjXvjM-ZIJCZmzTagh1mU_zkgQMaQ2p6V-ikjfdiSnY5elJ8aQXkxaAZLAmNulUunY4iFGPUoMk5ku4f16_LESnbM_zmyeKmI/s1600/SC_901@1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com as imagens de Antioco Hierax e Apolo cunhada em Sardes, a capital selêucida do reino<br />
do norte onde vivia Laodice que fez de seus dois filhos reis e depois jogou um contra o outro</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
FONTES:<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_II_Callinicus<br />
http://www.attalus.org/translate/polyaenus8B.html#50.1<br />
http://www.cristoraul.com/ENGLISH/readinghall/GalleryofHistory/House-of-Seleucus/Chapter-10-SELEUCUS-II_AND_SELEUCUS-III.html<br />
http://www.forumromanum.org/literature/eutropius/trans3.html#1<br />
http://www.livius.org/be-bm/berenice/berenice_phernephorus.html<br />
http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm<br />
http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-ptolemy_iii/bchp_ptolemy_iii_02.html#Commentary<br />
http://www.attalus.org/old/athenaeus13c.html#593<br />
http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-ptolemy_iii/bchp_ptolemy_iii_related_texts.html<br />
http://lexundria.com/j_ap/1.206/wst<br />
http://lexundria.com/j_ap/1.207/wst<br />
http://www.cais-soas.com/CAIS/History/ashkanian/arsacids_beginnings.htm<br />
http://www.livius.org/pan-paz/parni/parni.html<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A1goras<br />
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/seleukos_II/SC_702v.jpg<br />
http://www.wildwinds.com/coins/greece/baktria/kings/diodotos_I//SC_629.jpg<br />
http://www.polyvore.com/laodice/thing?id=42001378<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Ptolemy_III_Euergetes<br />
http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/11/antigono-ii-gonatas-segundo-reinado-272.html<br />
http://www.historyandcivilization.com/Maps---Tables---Alexander-the-Great---the-Hellenistic-World.html<br />
http://www.livius.org/a/1/mesopotamia/BCHP_ptolemy_iii_BM_34428obv.jpg<br />
http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Plutarch/Moralia/De_garrulitate*.html#ref86<br />
http://www.dreamstime.com/stock-image-taurus-mountains-image23632241<br />
https://ore.exeter.ac.uk/repository/bitstream/handle/10036/95348/EricksonKG.pdf?sequence=2<br />
<br />Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-61249956774148573812014-03-24T06:35:00.003-07:002015-07-19T14:41:25.507-07:00SELEUCO II CALÍNICO (246 – 225 a.C.) - PARTE I<div style="text-align: justify;">
Seleuco II Calínico (265 – 225 a.C.) foi o quarto rei do Império Selêucida, o qual governou entre 246 e 225. Nascido em c. 265 a.C, era o primogênito dos rei de Antíoco II Teos e Laodice I. Seus irmãos eram Antíoco Hierax, Apame, Estratonice e Laodice. Tinha o apelido de Pogon, palavra grega que significa ‘barbudo’, mas passou a ser conhecido pelo epíteto de Calínico (do grego <i>kallinikós</i>, ‘o que tem grande vitória’, ‘triunfante’). Em 252, por causa de um tratado de paz com o rei egípcio Ptolomeu II Filadelfo, Antíoco Teos se casa com Berenice, filha de Ptolomeu II, e os filhos dessa união devem herdar o trono selêucida. Antíoco II se divorcia de Laodice e retira Seleuco e seus irmãos da linha de sucessão. Eles passam a viver em Éfeso com regalias e donos de grandes propriedades na Ásia. Não deixam de participar da vida do reino havendo o registro de que Seleuco e seus irmãos participaram de uma cerimônia religiosa na Babilônia em 246. Ptolomeu II morreu no início de 246 e Antíoco II, se sentindo livre do acordo que fizera com seu sogro, deixa Berenice e seu filho em Antioquia e parte para Éfeso onde se reconcilia com Laodice e restaura o <i>status</i> real dela e de seus filhos. Antíoco II encontra-se em franca decadência: vivia embriagado e a administração do reino passou às mãos de dois cipriotas, Aristeu e Temison. <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioQqlJ2IiJgDlL0aCrLyUVjHQNUI57UUbasWS8HHihJRqadPP6nt_wivgXSxHV6EPg5FszjCmqKK9Z65Whb93vDLVqNxYbpcrvtaD3-JmklSGAji5YggHjRVrNkZqs1B5TOM5otlulCf6N/s1600/SC_702v.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioQqlJ2IiJgDlL0aCrLyUVjHQNUI57UUbasWS8HHihJRqadPP6nt_wivgXSxHV6EPg5FszjCmqKK9Z65Whb93vDLVqNxYbpcrvtaD3-JmklSGAji5YggHjRVrNkZqs1B5TOM5otlulCf6N/s1600/SC_702v.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie de Seleuco II Calínico retratando o rei com barba (ele era apelidado de <br />
Pogon, "barbado') e a representação do deus Apolo, padroeiro da dinastia selêucida</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>A Ascensão de Seleuco II Calínico</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Temendo que o rei decadente mudasse de ideia e ela e seus filhos perdessem a dignidade real, Laodice envenenou o marido por meio de seus servos. Assim, em julho de 246, aos 40 anos, o rei Antíoco II Teos morreu e deixou uma disputa sucessória: quem seria o herdeiro do trono? Seleuco de Laodice ou Antíoco de Berenice? Para fortalecer a posição de seu filho, Laodice, antes que a morte do rei fosse conhecida, fez que certo Artemon, que se parecia muito com Antíoco II, se passasse pelo rei “moribundo” e na presença dos nobres selêucidas em Éfeso proclamasse Seleuco seu sucessor. Quando o rei foi oficialmente declarado morto, Laodice proclamou seu filho Seleuco II, de 19 anos, como o soberano do Império Selêucida. Parece que Seleuco II estava na cidade mesopotâmica de Sitacene onde foi aclamado rei. A pedido de sua mãe (que é quem de fato tem as rédeas do governo nas mãos) faz seu irmão, Antíoco Hierax, corregente em Sardes, capital da Ásia Menor, enquanto ele vive em Éfeso. A prática tradicional dos Selêucidas era nomear seu primogênito como cogovernante da porção oriental do império, mas isso não era praticável nessa ocasião já que Seleuco II não tinha filhos. Diante de uma guerra pelo trono e sem herdeiros, Seleuco II teve que concordar com sua mãe e nomear seu adolescente irmão vice-rei em Sardes. Seleuco II casa-se com Laodice, irmã (ou filha) de certo Andrômaco, provavelmente membro da família selêucida. Da união nasceram Antióquide (que se casou com o rei Xerxes da Armênia Sofene), Alexandre (futuro Seleuco III), Antíoco (III) e uma filha e um filho de nomes desconhecidos. A notícia da morte Antíoco II chegou a Babilônia em agosto de 246 e Seleuco II Calínico foi proclamado e imediatamente aceito como rei na Babilônia. Apesar da aceitação da realeza de Seleuco II na Mesopotâmia, o governador da Báctria, Diodoto, já vinha agindo de forma independente desde os dias de Antíoco II. A dominação selêucida sobre as províncias mais orientais do Império estava abalada. Mas, a maior preocupação de Seleuco II estava mesmo no Ocidente.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFOLfJDyXOGEyAQFV5ef-BoCQWtMsKxaI5FM2f7NKpVaBQzePBx_nXrrpQN5aFnxwnic6iftawxmipSeIhDBtqRA3X3Zf0H-kMLDEhpjy-ICMvjhyNXBaVnvDJsrDY8xZSAhVfDEBYXPHT/s1600/Newell_0210C.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFOLfJDyXOGEyAQFV5ef-BoCQWtMsKxaI5FM2f7NKpVaBQzePBx_nXrrpQN5aFnxwnic6iftawxmipSeIhDBtqRA3X3Zf0H-kMLDEhpjy-ICMvjhyNXBaVnvDJsrDY8xZSAhVfDEBYXPHT/s1600/Newell_0210C.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Rebelião de Diodoto (I): o sátrapa da Báctria cunha moedas com nome do rei Antíoco II , mas exibe sua própria <br />
efígie com o diadema real. Depois ele assumirá completamente sua realeza independente da corte de Seleuco II</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Guerra das Rainhas</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Em Antioquia da Síria, a capital do Império Selêucida, a rainha oficial Berenice Ferneforo contesta a ascensão de Seleuco III e reivindica o trono para seu filho Antíoco, uma criança com cerca de 5 anos (ou ainda um bebê segundo algumas tradições). Segundo o tratado de paz feito entre Ptolomeu II e Antíoco II, o filho de Antíoco II com Berenice é quem seria o herdeiro do trono selêucida. Berenice, assumindo a regência em nome de seu filho, conquista a cidade de Soloia na Cilícia, próxima aos territórios de Seleuco III. Embora Berenice contasse com o apoio do Egito governando por seu irmão Ptolomeu III Evergetes, a posição de Laodice era mais forte no reino selêucida. Agindo rapidamente, Laodice envia emissários a Antioquia, onde conta com o apoio do magistrado Geneu, que sequestram o pequeno Antíoco no fim do verão de 246. Berenice procura furiosamente por seu filho (ela enfrenta corajosamente aqueles que querem impedi-la) na cidade que se encontra dividida entre partidários de Laodice e Berenice. Esses últimos, no entanto, ganham força a medida que a população começa a simpatizar-se com a dor da rainha que teme pela vida de seu filho desaparecido. E não sem razão. Os partidários de Laodice, temendo a revolta popular, apresentam uma criança parecida com o Antíoco (que já fora assassinado) e a cercam de guardas e de uma pompa real. De qualquer forma o falso Antíoco permanece sob a tutela do partido de Laodice. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU9Ix234xjUjG5CX86Wh_n7b2TL2PsJC-GRys81oXnx2XWcPcEmFoAN3S51ebmxF6va3cm9s8Pg9xLz_pV3Dnml1_LgYlxFNMPoXfnApJrhVoJCoBNWTBH6O7DaOhsjuysKqZ2Cbz_ADAQ/s1600/img-thing.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU9Ix234xjUjG5CX86Wh_n7b2TL2PsJC-GRys81oXnx2XWcPcEmFoAN3S51ebmxF6va3cm9s8Pg9xLz_pV3Dnml1_LgYlxFNMPoXfnApJrhVoJCoBNWTBH6O7DaOhsjuysKqZ2Cbz_ADAQ/s1600/img-thing.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Representação moderna da ambiciosa rainha Laodice I pela Content Paradise<br />
(www.contentparadise.com)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Berenice fica numa fortaleza no subúrbio de Dafne com uma guarda de mercenários gálatas a defendê-la. Muitas cidades na Ásia começaram a manifestar-se em favor da causa de Berenice e a disponibilizar forças para ajudá-la. Berenice já havia solicitado a ajuda de seu irmão para colocar Antíoco no trono e o faraó já está em marcha para assegurar os direitos da irmã. Bastava a Berenice continuar encastelada em Dafne e aguardar os reforços. Porém, Berenice sentindo-se segura pelo juramento de não agressão seus inimigos, deixou a proteção de sua guarda por sugestão de seu médico Aristarco, em quem confiava. Mas, desprotegida, a rainha foi secretamente assassinada. Muitas de seus companheiras tentaram protegê-la, mas foram mortas na tentativa. No entanto Panariste, Mania, e Getosine enterraram o corpo de Berenice, e colocaram outra mulher em seu lugar na cama, onde ela havia sido assassinada. Eles fingiam que ela ainda estava viva, e, provavelmente, para se recuperar do ferimento que recebera. E eles convenceram seus súditos até que o irmão de Berenice, o faraó Ptolomeu III, chegou em Antioquia e a conquistou.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDn1jQRy1FKsCjCKRg4ucVsfAtTtLA5MdDxx6_3z5re8G8YT4LF6gv7XNN9R67vPzbwl1AYRDnfypH_x-yXl4Qp1Lm6_olw_LAPmsyP1gyOOGa1g67599mzTHVbAsQ5rQVDYUfFQaMA_K6/s1600/Octadrachm_Ptolemy_III_BM_CMBMC103.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="380" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDn1jQRy1FKsCjCKRg4ucVsfAtTtLA5MdDxx6_3z5re8G8YT4LF6gv7XNN9R67vPzbwl1AYRDnfypH_x-yXl4Qp1Lm6_olw_LAPmsyP1gyOOGa1g67599mzTHVbAsQ5rQVDYUfFQaMA_K6/s1600/Octadrachm_Ptolemy_III_BM_CMBMC103.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie de Ptolomeu III Evergetes, rei do Egito ptolomaico</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Terceira Guerra Síria (246 – 241 a.C.) </b></div>
<div style="text-align: justify;">
O quarto confronto entre o Egito ptolomaico e o Império Selêucida é conhecido como Terceira Guerra Síria (o primeiro, é chamado de Guerra Cariana, 280-279 a.C.) e é também conhecido como “Guerra de Laodice”, uma vez que as ações de Laodice assassinando o rei, sua rainha e herdeiro oficiais deflagraram o conflito. Laodice fortaleceu a posição de Seleuco II na Ásia Menor onde algumas cidades já se declararam em favor de Berenice. A cidade de Mileto envia uma embaixada com um coroa de louros retirada do templo de Apolo em Didimea mostrando assim sua adesão ao jovem rei. Muitos dos outros estados gregos devem ter agido da mesma forma. Mas o ataque de Ptolomeu III deu um duro golpe na crescente adesão a Seleuco II. Em setembro, Ptolomeu III iniciara seu ataque ao Império Selêucida pela causa de sua irmã. O faraó chegou em Selêucia em Piéria, onde foi bem recebido partindo em seguida para Antioquia, onde também foi recebido com entusiasmo. Talvez os antioquenos tenham pensado em resistir, mas vendo a superioridade das forças egípcias preferiram uma rendição receptiva. Segundo o Papiro Gourob, Ptolomeu III além de ter sido bem recebido em Antioquia encontrou sua irmã viva. No entanto, o fato de sua irmã, ao deixar seu refúgio, foi imediatamente assassinada, indica que os antioquenos não eram tão favoráveis assim a causa de Berenice e o dito papiro tem sido considerado por alguns historiadores como uma propaganda de Ptolomeu III em favor da dominação egípcia. Aliás, o historiador Polieno relata que Ptolomeu III se aproveitou da farsa montada por Panariste e outros cortesãos de Antioquia, que substituíram a falecida Berenice por uma sósia, para escrever cartas em nome da irmã a várias satrápias selêucidas para facilitar sua marcha pelo Império.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibYpbYoK0uYGlyUkwoUpVE-PNxaOeSz5eH-1y0hTxjsb8jpFbpajanhRbi54lJZwrHPGfayH5KaG8ga8RWdBI99hDa7NShlrE9o-E0ouMohSx2mEGMPLKHry8hpp-zqOEsCmyW4LR00w_c/s400/aa.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="311" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Síria Selêucida foi conquistada por Ptolomeu III</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>De Éfeso para Sardes </b></div>
<div style="text-align: justify;">
A marinha egípcia havia conquistado grande parte do território selêucida no litoral sírio e na Anatólia (atual Turquia). O governador da Cilícia, Aribazo, tenta levantar recursos para Laodice em Éfeso, mas a cidade de Soli e oficiais cilícios pedem ajuda as forças de Ptolomeu, que sob o comando de Pitágoras e Aristocles tomam Selêucia da Cicília. Aribazo é assassinado por tribos das montanhas ao tentar fugir. A costa da Cilícia bem como as possessões selêucidas na Trácia são conquistadas. As forças egípcias não ultrapassam a cadeia montanhosa do Tauro e o efetivo domínio de Seleuco II restringe-se a Anatólia onde divide o espaço com vários potentados (Pérgamo, Bitínia, Capadócia, Ponto, gálatas e cidades gregas livres). Por questão de maior segurança, a corte de Seleuco II passa de Éfeso a Sardes onde governa seu irmão Antíoco Hierax. As cidade de Mileto e Esmirna permanecem leais a casa dos Selêucidas. Laodice, quem de fato governa o reino, conspira para matar Sofron, governador de Éfeso. Porém, uma das companheiras da rainha, Danae, que havia sido mulher de Sofron, consegue avisar a Sofron que foge em segredo. A rainha furiosa lança Danae de um precipício. Antes de morrer, no entanto, Danae proferiu o seguinte discurso: “<i>Muitas pessoas desprezam justamente a Divindade e elas podem se justificar com o meu caso, que tendo salvo o homem que era meu marido, sou recompensada assim pela Divindade. Mas, Laodice, que assassinou seu marido, é considerada digna de tamanha honra</i>”. Sofron fugira para Éfeso, que provavelmente já está nas mãos dos egípcios, onde a ira de Laodice não pode alcançá-lo. Posteriormente um certo Sofron é mencionado como comandante de uma das frotas de Ptolomeu III.</div>
<div style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx8cTqdmAcd2Rf9bvlmlC3b9smJhvn8Ggfr-x1NCg4V_adBPRgrgbwlUCD3-5VWBjtXzcoWfo3Jkps0gscnzrztMOswBT8iQ5albgYBioK01Mcmk4-6Lq_izNpi4zOITC70quN7lhx63ge/s1600/Anatolia_under_Ptolemaic_influence__c_240BC_-_Copyright_Ian_Mladjov_at_the_University_of_Michigan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="494" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx8cTqdmAcd2Rf9bvlmlC3b9smJhvn8Ggfr-x1NCg4V_adBPRgrgbwlUCD3-5VWBjtXzcoWfo3Jkps0gscnzrztMOswBT8iQ5albgYBioK01Mcmk4-6Lq_izNpi4zOITC70quN7lhx63ge/s1600/Anatolia_under_Ptolemaic_influence__c_240BC_-_Copyright_Ian_Mladjov_at_the_University_of_Michigan.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Ásia Menor durante a Terceira Guerra Síria em 240 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<b>O Oriente Selêucida sob Ataque</b><br />
<div style="text-align: justify;">
Enquanto a marinha egípcia conquista os territórios selêucidas no Mar Egeu, Ptolomeu III dirige a campanha por terra e marcha para o Oriente onde em dezembro de 246 conquistou a Mesopotâmia, inclusive Selêucia no Tigre e a Babilônia. A inscrição de Aduli, na Abissínia, (século VI d.C.) afirma que o faraó conquistou a porção oriental do Império Selêucida até a Báctria (que já era um estado independente sob Diodoto I) e por onde passou recuperou os pertences religiosos egípcios levados pelos persas desde a conquista aquemênida (525 a.C.). Esse fato, bem como os conflitos entre Selêucidas e Ptolomeus, foi predito no livro bíblico do profeta Daniel: "<i>... a filha </i>[Berenice Fernoforo]<i> do rei do Sul </i>[Ptolomeu II Filadelfo]<i> casará com o rei do Norte </i>[Antíoco II Teos]<i>, para estabelecer a concórdia; ela, porém, não conservará a força do seu braço, e ele não permanecerá, nem o seu braço, porque ela será entregue, e bem assim os que a trouxeram, e seu pai, e o que a tomou por sua naqueles tempos. Mas, de um renovo da linhagem dela </i>[Ptolomeu III Evergetes]<i>, um se levantará em seu lugar, e avançará contra o exército do rei do Norte </i>[Seleuco II Calínico]<i>, e entrará na sua fortaleza, e agirá contra eles, e prevalecerá. Também aos seus deuses com a multidão das suas imagens fundidas, com os seus objetos preciosos de prata e ouro levará como despojo para o Egito; por alguns anos, ele deixará em paz o rei do Norte. Mas, depois, este avançará contra o reino do rei do Sul e tornará para a sua terra."</i>, Daniel 11:6-9).<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPaO7SDQcSKt0o16HLrEO4OhInt-Z4Yzjyd2Xm226WZL9E5jYt7VLuWrnbsgQSQw_nVEvcmRpMkCYASTVjMnt1ZJfvmN8dYaWWOm9NeFhZJ8ieWEgPUqfXzdMl8BzxdJTjk5_gpb8jf3IF/s1600/BCHP_ptolemy_iii_BM_34428obv.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="354" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPaO7SDQcSKt0o16HLrEO4OhInt-Z4Yzjyd2Xm226WZL9E5jYt7VLuWrnbsgQSQw_nVEvcmRpMkCYASTVjMnt1ZJfvmN8dYaWWOm9NeFhZJ8ieWEgPUqfXzdMl8BzxdJTjk5_gpb8jf3IF/s1600/BCHP_ptolemy_iii_BM_34428obv.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O tablete babilônico BCHP 11 que traz a crônica da invasão de Ptolomeu III a Babilônia</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
As fontes clássicas indicam que Ptolomeu III conquistou o Império Selêucida dos montes Tauro ao rio Indo Mas, a extensão das campanhas de Ptolomeu III tem sido muito debatida. A alegação de que ele alcançou o rio Indo é geralmente rejeitada. Na Babilônia, as fontes disponíveis indicam que o faraó foi visto como um invasor já que os babilônios reconheciam apenas Seleuco II como seu rei o que é também evidenciado pelo fato de que as tropas egípcias foram incapazes de conquistar o palácio-cidadela da Babilônia. Ainda nos dias de Antíoco II, Laodice havia feito muitas concessões de terras aos babilônios, o que poderia ser desfeito no caso de uma vitória egípcia. No Ocidente, o rei macedônio Antígono II Gônotas, aliado dos Selêucidas, ataca os domínios de Ptolomeu III no Mar Egeu e conquista as ilhas Cílclades na batalha de Andros (246 ou 245 a.C.). No entanto, o ataque egípcio desestabilizou o já decadente controle selêucida sobre as províncias mais orientais do Império. Desde de c. 255 a.C., Diodoto, o governador da Báctria, já vinha se portando de forma autônoma da corte selêucida. Nem seu casamento com uma irmã de Seleuco II (Apame?) impediu sua independência. A Diodoto se uniu, em 245, Andrágoras, governador da Pártia, que se proclamou rei do território que governava. Na Babilônia, Ptolomeu III recebe a adesão de nobres orientais. Perdendo aliados distantes, Seleuco II procura aliados mais próximos: casa sua irmã Laodice com o rei Mitrídates II do Ponto e lhe dá a Frígia como dote.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
FONTES:<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_II_Callinicus<br />
http://www.attalus.org/translate/polyaenus8B.html#50.1<br />
http://www.cristoraul.com/ENGLISH/readinghall/GalleryofHistory/House-of-Seleucus/Chapter-10-SELEUCUS-II_AND_SELEUCUS-III.html<br />
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http://www.livius.org/be-bm/berenice/berenice_phernephorus.html<br />
http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm<br />
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http://www.wildwinds.com/coins/greece/baktria/kings/diodotos_I//SC_629.jpg<br />
http://www.polyvore.com/laodice/thing?id=42001378<br />
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http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/11/antigono-ii-gonatas-segundo-reinado-272.html<br />
http://www.historyandcivilization.com/Maps---Tables---Alexander-the-Great---the-Hellenistic-World.html<br />
http://www.livius.org/a/1/mesopotamia/BCHP_ptolemy_iii_BM_34428obv.jpg<br />
http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-dynastic/dynastic_02.html#Note</div>
</div>
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-69295221300112276202014-03-04T16:52:00.004-08:002015-07-19T14:11:18.772-07:00ANTÍOCO II TEOS (261 – 246 a.C.)<div style="text-align: justify;">
Antíoco II Teos (286-246 a.C.) foi o terceiro rei do Império Selêucida que governou entre 261 e 246 a.C. Nascido em 286, Antíoco II era o segundo filho de Antíoco I Sóter e de Estratonice. Seus irmãos eram Seleuco, Laodice, Apame II e Estratonice III. Seguindo a tradição aquemênida e a de seu pai, Seleuco I, Antíoco I reparte o governo do Império Selêucida com seu primogênito Seleuco. Porém, em 268 Antíoco I manda matar seu príncipe-herdeiro por causa de indícios de traição e por volta de 266 eleva Antíoco II a posição de cogovernante do Império Selêucida, administrando a porção oriental. Antíoco II casou-se com Laodice (I), filha de Aqueu. Debate-se se Aqueu era o filho de Seleuco I Nicátor e, portanto ela seria prima de Antíoco II, ou se Aqueu era simplesmente um poderoso homem da Ásia Menor. Polieno e Eusébio, em suas obras clássicas, afirmam que Laodice era uma filha de Antíoco I Sóter com outra mulher e assim ela e Antíoco II eram irmãos por parte de pai. Da união nasceram Seleuco II, Antíoco Hierax, Estratonice II, Laodice e Apame. Em 261, Antíoco I morre em combate aos gálatas e Antíoco II assume o trono com cerca de 24 anos. No entanto, o jovem rei não se volta para os gálatas ou os reinos independentes da Ásia Menor (Capadócia, Bitínia, Pérgamo, Ponto) que seu avô e seu pai tentaram submeter. Não demorou muito para que Antíoco II, respirando vingança, segundo Jonas Lendering, retomasse a guerra de seu pai com o Egito ptolomaico pelas suas terras na Ásia Menor e principalmente da Síria.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidZq7eXFcgHUqM-WRNFfjeL7BIPYOnzPUoM-s_qGTDgUiI-XhvQbms3xOH-7bpPRzT1AIsnpFwrDoBEqGCH6FAlShPsZEiyxJFE7PQzUIj4XehAmChBJR7qknRuzsYdOIW3Enc1rKbCeP7/s1600/SC_315.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidZq7eXFcgHUqM-WRNFfjeL7BIPYOnzPUoM-s_qGTDgUiI-XhvQbms3xOH-7bpPRzT1AIsnpFwrDoBEqGCH6FAlShPsZEiyxJFE7PQzUIj4XehAmChBJR7qknRuzsYdOIW3Enc1rKbCeP7/s1600/SC_315.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie do rei Antíoco II Teos e a imagem do deus Apolo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Segunda Guerra Síria (260 – 253 a.C.)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde 301 os reis selêucidas reivindicavam a posse da Cele-Síria (região ao sul da Síria que compreendia o vale e a costa do Líbano e a Palestina) que fora tomada pelos Lágidas (dinastia dos Ptolomeus do Egito). Antíoco I e o rei egípcio Ptolomeu II se enfrentaram na Guerra Cariana (280 – 279) e na Primeira Guerra Síria (274-271), mas região disputada permaneceu de posse do Egito. Ptolomeu II interferia intensamente nos assuntos gregos financiando rebeliões contra o rei macedônio Antígono II Gônatas, cunhado de Antíoco II. Os dois reis se aliaram para enfrentar o Egito. Com o apoio da Macedônia, Antíoco II lançou um ataque contra os postos avançados de Ptolomeu II na Ásia alcançando vários sucessos na região. Porém, Eumenes I de Pérgamo se alia a Ptolomeu II e o ajuda a fazer frente as forças selêucidas. Em 259, o filho de Ptolomeu II que governa a cidade de Éfeso, conhecido como Ptolomeu, o Filho, se rebela contra seu pai e governa a cidade de modo independente. Da mesma forma, o tirano Timarco, governa a cidade de Mileto não reconhecendo a soberania nem de Selêucidas nem de Lágidas. Em 258 Antíoco II derrubou Timarco e libertou Mileto. Os habitantes o saúdam como “divino” e lhe dão o epíteto de <i>theos</i> (“deus” em grego) pelo qual também passa a ser conhecido.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguywrbLM-fAXzr3UpkoloNPJDV-W2S1UDnw-qKFtT6rLF7JTSVGkF0fBu5lOv-VQd5DCe30mKkDj8dQF2S8zYkUoD1sGii1RX4co8lctT1ORlurzmOOZQKSBDmqE5xNAMNbfnyaI1edvu7/s1600/Hoover_277.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguywrbLM-fAXzr3UpkoloNPJDV-W2S1UDnw-qKFtT6rLF7JTSVGkF0fBu5lOv-VQd5DCe30mKkDj8dQF2S8zYkUoD1sGii1RX4co8lctT1ORlurzmOOZQKSBDmqE5xNAMNbfnyaI1edvu7/s1600/Hoover_277.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Antíoco Teos com a efígie de Apolo, patrono da dinastia selêucida.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Em Éfeso, os guardas trácios de Ptolomeu, o Filho, temendo a ofensiva selêucida se amotinam. O tirano e sua amante Irene se refugiam no templo de Ártemis, mas os trácios profanam o lugar sagrado e matam os dois. Éfeso passa novamente ao Império Selêucida. Possivelmente no mesmo ano Antígono II derrota a frota de Ptolomeu II comandado por Pátrocles próximo a ilha de Cós. A batalha de Cós marca o declínio do poderio egípcio sobre o Mar Egeu. Porém, as rebeliões de Corinto e da Cálcida contra o governo macedônico levam a Antígono II abandonar as hostilidade contra Ptolomeu que provavelmente financia essas revoltas. Em 254 o Egito e a Macedônia selam um tratado de paz. Nesse ínterim, Antíoco II escreve a cidade de Eritreia assegurando-lhe seu favor e autonomia e pede contribuição para um certo “fundo gálico” (pagamento de mercenários gálatas? Pagamento aos gálatas para que não ataquem os territórios selêucidas?). Com a Macedônia fora do conflito, diante do impasse em novas conquistas e problemas internos, Selêucidas e Lágidas procuram se entender.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Novo Acordo, Novo Casamento</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 253 a.C. Antíoco II Teos e Ptolomeu II Filadelfo firmam um tratado de paz onde o Ptolomeu II reconhece os ganhos territoriais do Império Selêucida e em compensação Antíoco II deve se casar com sua filha Berenice (conhecida também como Berenice Sira). Ptoloemeu II enviou sua filha a cidade egípcia de Pelúsio de onde partiu para a corte selêucida com grande quantidade de ouro e prata o que fez com que fosse pelidada de Berenice Fernoforo (‘a que traz o dote’). Os filhos dessa nova união devem ser os herdeiros do trono selêucida. Antíoco II, portanto, se divorcia de Laodice e afasta seus filhos da linha de sucessão. Embora Damasco, a Cilícia e a Panfília tenham repassado para os domínios selêucidas, a principal causa da rivalidade, a posse da Cele-Síria, continuava nas mãos do Egito. Embora já não fosse rainha, Laodice ainda era uma figura política influente e muito poderosa. Ela era neta de Seleuco I, fundador do Império, e seu pai, Aqueu, era um homem rico e poderoso na Ásia Menor. Em seu acordo de divórcio, Antíoco II deu a Laodice várias concessões de terras em toda a Anatólia incluindo uma grande propriedade no Helesponto, outras propriedades perto de Cízico, Ílion e na Cária.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNgnh-iI-GGVm8KSU2bDuSta8x3SVksoXu32YddlLf9zhKQF1MgafzoRCZkqcBdyhH6CJrzMWgYl-_OE8K2l4mtyH8UdTYNfgYiZ18ZQKUubg1BJAFY7DXO2aqJGRIZs6MvK-pttJzwWqY/s1600/PtolemyIIOctadrachm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNgnh-iI-GGVm8KSU2bDuSta8x3SVksoXu32YddlLf9zhKQF1MgafzoRCZkqcBdyhH6CJrzMWgYl-_OE8K2l4mtyH8UdTYNfgYiZ18ZQKUubg1BJAFY7DXO2aqJGRIZs6MvK-pttJzwWqY/s1600/PtolemyIIOctadrachm.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com as efígies dos reis do Egito Ptolomeu II<br />
e Arsínoe II, sogros de Antíoco II Teos</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Em um registro real de Sardes se menciona seus títulos de terra. Antíoco II deu-lhe vários privilégios na administração de suas terras, inclusive isenção fiscal. Laodice fixou residência em Éfeso. Consta, todavia, o registro de que em 246 seus filhos, Seleuco, Antíoco e Apame participam de uma cerimônia religiosa na Babilônia onde Antíoco II também havia dado uma propriedade a Laodice. O casamento amenizou as tensões entre os dois reis. É registrado de que um médico da corte egípcia, Cleombroto de Ceos, tratou pessoalmente de Antíoco II (c. 246 a.C.) e que o faraó enviou barris com água do rio Nilo para Berenice, certamente por causa de suas supostas propriedades fertilizadoras. Da união de Antíoco com Berenice nasceu um filho, Antíoco (251 a.C.).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Renovando Alianças</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Memnôn de Heracleia registra que houve um conflito entre Antíoco II e a cidade de Bizâncio, a qual contou com o apio de Heracleia Pôntica (251 a.C.). Mas, não chegou haver confrontos bélicos. Em 250 Selêucidas e Antigônidas renovam sua aliança: Antíoco II casa sua filha Estratonice II com Demétrio II Etólico, filho de Antígono II e futuro rei da Macedônia. Nessa ocasião Ariarates III foi o primeiro governante da Capadócia a proclamar-se rei oficializando assim a independência desse país. Aliás desde 257 Ariarates III era casado com uma irmã de Antíoco II, Estratonice (III). </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqZ9tqi8jmRzELZTjNrDG_aP5r_0mLXtBqsbuTHM8KSANTX3lOjTA8_PNcqRddAZwGRSt4qcrjgiRoP8Pu2v6BpD65jSxBexUupbnr2cDIOABzpJT1s2PdLRpU_Z8JBSJ4MKxsZNmR4o_F/s1600/PtolemyIIOctadrachm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="309" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqZ9tqi8jmRzELZTjNrDG_aP5r_0mLXtBqsbuTHM8KSANTX3lOjTA8_PNcqRddAZwGRSt4qcrjgiRoP8Pu2v6BpD65jSxBexUupbnr2cDIOABzpJT1s2PdLRpU_Z8JBSJ4MKxsZNmR4o_F/s1600/PtolemyIIOctadrachm.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rei Ariarates III da Capadócia, cunhado de Antíoco Teos</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Relações Internacionais</b></div>
<div style="text-align: justify;">
As relações internacionais de Antíoco II não se limitaram ao Egito e à Macedônia. As fontes mostram que Antíoco II dedicou atenção a pequenas cidades da Trácia bem como com reinos poderosos no continente indiano. Antíoco II é mencionado nos Editais de Ashoka como um dos destinatários do proselitismo budista promovido pelo imperador indiano Ashoka, embora nenhum registro histórico ocidental deste evento tenha sido encontrado: "<i>E mesmo esta conquista </i>[pregar o budismo]<i> foi conseguida pelo Amado dos Deuses aqui e em todas as fronteiras, tanto quanto seiscentos</i> yojanas<i> (entre 5.400-9.600 km) de distância, onde Antíoco, </i>[II]<i> rei dos Yavanas</i> [gregos] <i>governa, e além de Antíoco, quatro reis chamados Ptolomeu </i>[II do Egito]<i> , Antígono </i>[II da Macedônia]<i>, Magas </i>[de Cirene]<i> e Alexandre </i>[II do Épiro]<i> governam.</i>." </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMb7RZkcmt9fIWCI2RC8psWAC86TGPwPxeqKSFsh6nNPnYa5WkLTx_nVI3Z673qfuh6pp1NUeN4QEkxwnw_41C-fNbGNlGjr0nmkkgtzr3U420dg98MEMz2kPOhXKzbzXDtOstPyYfdL4J/s1600/800px-Asoka_Kaart.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMb7RZkcmt9fIWCI2RC8psWAC86TGPwPxeqKSFsh6nNPnYa5WkLTx_nVI3Z673qfuh6pp1NUeN4QEkxwnw_41C-fNbGNlGjr0nmkkgtzr3U420dg98MEMz2kPOhXKzbzXDtOstPyYfdL4J/s1600/800px-Asoka_Kaart.gif" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A expansão do budismo nos dias de Ashoka</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: center;">Ashoka também afirma que ele incentivou o desenvolvimento da medicina herbal, para homens e animais, nos territórios dos reis helenísticos: </span>"<i>Em todos os lugares dentro do domínio do Amado dos Deuses, do rei Piyadasi </i>[Ashoka]<i>, e entre os povos para além das fronteiras, os Cholas , os Pandyas , os Satiyaputras, os Keralaputras, tanto quanto os Tamraparni e onde o rei grego Antíoco </i>[II]<i> governa, e entre os reis que são vizinhos de Antíoco, em toda parte tem o Amado dos Deuses, rei Piyadasi, prescrevia dois tipos de tratamento médico: tratamento médico para os seres humanos e tratamento médico para animais Sempre ervas medicinais..</i>.” Embora a literatura clássica mencione quase que exclusivamente a atividade de Antíoco II no Ocidente, por outras fontes sabemos que o Império Selêucida bem como outros reinos helenísticos, estiveram abertos as influências culturais vindas da Índia. Plínio em sua <i>História Natural</i> informa que Antíoco II incentivou a exploração do Oceano Índico.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2nBou88ULGDz6bUdgyKEO1yZ4Xo3DuiPIgC37iKx2-l01btAMe2e1rAKh8D7fNAex7m4DXe2xQ8cq4wz5i95MhMWC3P9dUX8t5J1uKDqcF4Rj3xGxjiFpMCGSaYOdj_72RBup-I2cXXvY/s1600/SC_560@1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2nBou88ULGDz6bUdgyKEO1yZ4Xo3DuiPIgC37iKx2-l01btAMe2e1rAKh8D7fNAex7m4DXe2xQ8cq4wz5i95MhMWC3P9dUX8t5J1uKDqcF4Rj3xGxjiFpMCGSaYOdj_72RBup-I2cXXvY/s1600/SC_560@1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Antíoco Teos cunhada em Tarso, Cilícia, com as<br />
imagens das deusas Atena e Niké (a Vitória)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
No Ocidente, o rei celebrou um tratado com a cidade de Lisimáquia na Trácia, mas sitiou a cidade trácia de Cypsela com a ajuda de mercenários trácios comandados por Tris e Dromichaetes, aos quais o rei forneceu ricos ornamentos de ouro e prata. Vendo que o rei selêucida vestia assim seus homens, os habitantes de Cypsela baixarama defesa, foram até Antíoco II e selaram a paz. Os habitantes da Jônia obtiveram privilégios de cidadania conferidos por Antíoco Teos que séculos depois seriam reivindicados por judeus que viriam morar na região. O rei removeu algumas imagens de deuses de Chipre (possessão egípcia) e as transferiu para Antioquia da Síria. O rei não descuida da segurança mantendo uma manada regular de elefantes de guerra ao mesmo tempo que aprecia as artes tratando Heródoto, um recitador mímico, e Arquelau, um dançarino, com grande honra. Porém, o filósofo Licon recusou visitar sua corte.</div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Decadência</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Não obstante, Antíoco II e seus ancestrais fossem objeto de um culto cívico-religioso como “deuses”, a “divindade” do rei selêucida não pode impedir a decadência de seu reinado. Por volta de 255 e 250, o sátrapa da Báctria, Diodoto, começou a agir de forma autônoma em relação a corte de Antioquia: ele cunha moedas com o nome de Antíoco II, mas coloca sua própria efígie nelas. E o começo da decadência do “divino” Antíoco Teos: Ele se entregou de tal maneira ao vinho que costumava ficar bêbado, e depois dormir por um longo tempo, e então, quando a noite chegava, ele acordava e voltava a beber novamente. Tal era seu estado que, muito raramente, tratava dos assuntos de seu reino estando sóbrio. Sua embriaguez era tal que os negócios reais ficaram nas mãos dos irmãos cipriotas Aristeu e Temison, que tinham grande intimidade com o rei. Diz-se que Antíoco largou o governo de tal maneira nas mãos dos cipriotas que só não passou para eles o título de rei. Tal era a decadência que Temison era chamado de “Héracles (Hércules) de Antíoco”, e o cipriota se vestia com pele de leão como o semideus grego e recebia um culto adulatório. Em janeiro de 246 morre o rei Ptolomeu II Filadelfo, sogro de Antíoco II. Se sentido livre da aliança que fizera, ele deixa Berenice e seu filho Antíoco na corte de Antioquia e parte para Éfeso para se juntar a sua primeira esposa Laodice em Éfeso. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyF8xi2JJ_sCd6yrko72Wf3wiWJkinfrKLywuwGDLYa7TOlA4UMI_M5V0Z_sxkEJ_5Xb5u52EXtv_Wkzgo1-VSkHlNddQhTM_n9_ltlb60GLKE2He_xq5mSa3lR9FL9dww71hgSrvJLQZT/s1600/SC_603@3b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyF8xi2JJ_sCd6yrko72Wf3wiWJkinfrKLywuwGDLYa7TOlA4UMI_M5V0Z_sxkEJ_5Xb5u52EXtv_Wkzgo1-VSkHlNddQhTM_n9_ltlb60GLKE2He_xq5mSa3lR9FL9dww71hgSrvJLQZT/s1600/SC_603@3b.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Antíoco Teos com a representação de Héracles e Zeus</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Antíoco II, que diza ser Berenice sua rainha e Laodice sua concubina, restaurou Laodice e seus filhos ao seu status real. Laodice, temendo que Antíoco Teos pudesse mudar de ideia de idéia novamente e voltar preferir Berenice, assassinou seu marido, persuadindo seus servos para envenená-lo. Morto o rei, seu primogênito, Seleuco II, assume o trono. Para assegurar maior estabilidade ao governo de seu filho, Laodice manda matar Berenice e Antíoco em Antioquia renovando, todavia, o conflito com o Egito cujo novo faraó quer vingar as mortes da irmã e do sobrinho. Assim morreu Antíoco II Teos com 40 anos de idade em Éfeso. Seu corpo foi sepultado no chamado Mausoléu Belevi, hoje na Turquia. O mausoléu fora construído inicalmente para o rei Lisímaco da Macedônia, mas não fora ocupado. O árduo trabalho de seu avô e seu pai para construir e manter um império plurinacional começava a se diliuir.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4-gJwV7JX-gxMTpeJXztt2Q-gMrvdpriNC4_P8M1UssICIWLcPsLJr_PrM86j6xeH1DfsAff8uc7AmPgrQlB5w7C3HTowXBpyg2Ir9Ee-x8uhjt6UyU_gqN1w7NYzg3NFS9Y4vlU8_5pz/s1600/marmor01+.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4-gJwV7JX-gxMTpeJXztt2Q-gMrvdpriNC4_P8M1UssICIWLcPsLJr_PrM86j6xeH1DfsAff8uc7AmPgrQlB5w7C3HTowXBpyg2Ir9Ee-x8uhjt6UyU_gqN1w7NYzg3NFS9Y4vlU8_5pz/s1600/marmor01+.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mausoleu Belevi: onde foi depositado o corpo de Antíoco II Teos</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
FONTES:</div>
http://sitemaker.umich.edu/mladjov/files/seleucid_kings_of_syria.pdf<br />
http://www.cristoraul.com/ENGLISH/readinghall/GalleryofHistory/House-of-Seleucus/Chapter-9-ANTIOCHUS_II.html<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Syrian_Wars#Second_Syrian_War_.28260_.E2.80.93_253_BC.29<br />
http://www.livius.org/am-ao/antiochus/antiochus_ii_theos.html<br />
http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm<br />
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/antiochos_II/t.html<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Cos<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Laodice_I<br />
http://www.iranicaonline.org/articles/diodotus<br />
http://penelope.uchicago.edu/aelian/varhist2.xhtml#chap41<br />
http://www.attalus.org/old/athenaeus10.html#438<br />
http://www.attalus.org/translate/eusebius3.html#251<br />
http://homepage.univie.ac.at/elisabeth.trinkl/forum/forum1207/45marmor.htm<br />
http://www.livius.org/be-bm/belevi/belevi.html<br />
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http://www.mlahanas.de/Greeks/Bios/PtolemyIIPhiladelphus.html<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Asoka_Kaart.gif<br />
http://www.attalus.org/translate/daniel.html#43Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-88748425689540811892014-03-02T20:47:00.001-08:002014-03-04T14:57:42.621-08:00ANTÍOCO I SÓTER (281 – 261 a.C.) - PARTE II<div style="text-align: justify;">
<b>Antíoco I e a Ásia Menor</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Antíoco I não teve tempo e oportunidade de vingar seu pai e reivindicar a Macedônia e Trácia de Ptolomeu Cerauno. A melhor maneira de honrar a memória de seu pai era manter os territórios que conquistara e havia inimigos mais poderosos que Cerauno para Antíoco se preocupar. Na Ásia Menor, a fidelidade à casa dos Selêucidas é questionada e Antíoco tenta submeter os capadócios e os bitínios, mas seu general Amintas é derrotado por Ariarates II da Capadócia e Orontes III da Armênia. A Bitínia sob o reinado de Zipoites I também segue seu curso independente do governo selêucida. No entanto as cidades de origem e cultura helênicas se mantém, de um modo geral, relativamente fiéis. Antíoco I é proclamado <i>stephanophoros</i> ("portador da coroa") de Mileto. Seguindo o exemplo de seu pai e da tradição aquemênida, nomeia seu filho Seleuco como governador das províncias orientais. No aspecto religioso Antíoco I promove o culto à memória de seu pai e propaga o mito de que sua dinastia é descente do deus grego Apolo, e portanto de origem divina.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq_cbQMmde3yLZNV3hwjpY3sSW41okqKl6u7YxzIOSDpSlYbHDem6Hva41Xy-rMvbtTUm6HVYlgVK8V4N6h1qJ2F9O-yZcYcva0RWs8Nz0I_Ds5auL30WTg7uQUSx613DlUS2mOktCOlDy/s1600/rio2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq_cbQMmde3yLZNV3hwjpY3sSW41okqKl6u7YxzIOSDpSlYbHDem6Hva41Xy-rMvbtTUm6HVYlgVK8V4N6h1qJ2F9O-yZcYcva0RWs8Nz0I_Ds5auL30WTg7uQUSx613DlUS2mOktCOlDy/s1600/rio2.jpg" height="297" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Antíoco I Sóter cunhada em Sardes, capital da Lídia, Ásia Menor, que traz a efígie deificada<br />
de Seleuco I Nicátor e a representação do deus Apolo de quem os Selêucidas supostamente descendem</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Guerra Cariana</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre 280 e 279 o faraó Ptolomeu II do Egito, visando expandir seu poder no Mediterrâneo oriental, realiza uma breve mas bem-sucedida guerra contra Antíoco I. Ptolomeu II investe contra a Ásia Menor e conquista a Jônia, Cária, Lícia, Panfília e partes da Cilícia. Na Síria, entretanto, quando Ptolomeu II tomou Damasco descobriu que não era tão fácil assim enfrentar Antíoco que é tão poderoso quanto seu pai. Assim um armistício foi concluído entre Lágidas (a dinastia macedônia do Egito) e Selêucidas. Antíoco aceitou a derrota, porque ele precisava de toda a sua energia para organizar conquistas de seu pai na Ásia Menor. Esse primeiro embate entre Lágidas e Selêucidas é o conhecido como Guerra Cariana e é o prelúdio da Primeira Guerra Síria entre o Egito Ptolomaico e o Império Selêucida.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN2LoV1yrUqWGtrfo4-emuM1yF0P4ng1bt1Wv_xt5cGxTO27hdb3KoB33OhsShBcon2iZo99kAWRsOv6P_AwjKTb5bz6GCDSaTJ2S1Epr-lHR1kDtH3zesqfYy1ThtKAVtk53m6F12g8xS/s1600/Grecia_Pirro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN2LoV1yrUqWGtrfo4-emuM1yF0P4ng1bt1Wv_xt5cGxTO27hdb3KoB33OhsShBcon2iZo99kAWRsOv6P_AwjKTb5bz6GCDSaTJ2S1Epr-lHR1kDtH3zesqfYy1ThtKAVtk53m6F12g8xS/s1600/Grecia_Pirro.jpg" height="452" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O reino de Antíoco I na Ásia Menor em torno de 280 a.C. A costa sul (Jônia, Cária, Lícia, Pisídia e parte da Cilícia) <br />
foi conquistada por Ptolomeu II do Egito. Na Europa, os reinos de Antígono II e Ptolomeu Cerauno</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Antíoco e Beroso</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio a tantos acontecimentos, as relações de Antíoco I com a Babilônia não foram olvidadas. Beroso, sacerdote babilônico, que escreveu em grego uma história da Babilônia (Babyloniaka) dedicada ao rei selêucida Antíoco I e que foi publicado no terceiro ano de reinado de Antíoco em 278 a.C . A obra completa se perdeu sendo conhecida por citações de autores posteriores.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br />
</b> <b><br />
</b> <b>A Invasão Gaulesa</b></div>
<div style="text-align: justify;">
No inverno de 279, uma grande horda de gauleses caiu sobre a Macedônia vinda das florestas do norte. Eles mataram Ptolomeu Cerauno em batalha. A Macedônia entrou em colapso sob governantes inábeis. Depois de saquear Macedônia, os gauleses invadiram a Grécia. Antígono II Gônotas colaborou na defesa da Grécia contra os invasores, mas foram os etólios que assumiram a liderança para derrotar os gauleses. Antíoco I, cunhado de Gônotas, e como todo rei helenístico, um entusiasta defensor da Grécia, envia um contingente de 500 homens sob o comando de Telesarco para ajudar a combater os gauleses. Telesarco (De quem Pausânias diz ser "<i>extremamente zeloso na causa da Grécia</i>") e seus homens defenderam uma das duas rotas secretas sobre o Monte Eta . Sua missão era impedir a pilhagem do templo de Atena, situado no distrito de Traquis e um alvo particularmente atraente por causa da riqueza das ofertas que detinha. Embora Telesarco conseguisse afastar os gauleses, ele foi morto em batalha e seus homens derrotados. Os gauleses que tomaram a outra rota sobre o Monte Eta e investem contra a cidade de Callium. Em 278, um exército grego com um grande contingente etólio resistiu aos gauleses nas Termópilas e em Delfos, e apesar da derrota, infligindo-lhes pesadas baixas e obrigando-os a recuar. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTX6CoZPUfwZ5ZW_LxXFtvJwXIvpF-tWB-hxWFCPRPLOYwe3yN6UROoO-sH1tX-Og09So08BiTGYyogid9VE7LnEIr6M8Q7nmv4AGn8Ch5BTd2OzF2Wo2UjjtAQQuZHQutAhTVmL4zFtvQ/s1600/charge_warfare.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTX6CoZPUfwZ5ZW_LxXFtvJwXIvpF-tWB-hxWFCPRPLOYwe3yN6UROoO-sH1tX-Og09So08BiTGYyogid9VE7LnEIr6M8Q7nmv4AGn8Ch5BTd2OzF2Wo2UjjtAQQuZHQutAhTVmL4zFtvQ/s1600/charge_warfare.png" height="456" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Guerreiros gauleses</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na Ásia Menor, Antíoco I tenta submeter o reino da Bitínia governado por Nicomedes I. Seu general, Hermógenes, é morto em 279 ao tentar submeter o país. Em 277 a.C. um irmão Nicomedes, Zipoites II, lançou-se em armas contra Nicomedes. Sustentado por Antíoco, Zipoites II consegue dominar uma boa parte da Bitínia. Enquanto enfrenta seu irmão, Nicomedes ainda tem que lutar contra Antíoco I que tenda dominar a Bitínia desde os dias de seu pai. Para fortalecer-se contra a ameaça de Antíoco, Nicomedes se alia à cidade grega livre de Heraclea Pôntica e com o rei da Macedônia Antígono II Gônotas. O ataque de Antíoco foi inexpressivo já que se retirou da Bitínia sem travar uma só batalha. Nicomedes volta-se para a ameaça mais grave representada por seu irmão (que governa parte da Bitínia há três anos) solicitando a ajuda dos gauleses, que liderados por Lenório e Lotário, atravessaram a Europa e chegando ao estreito do Bósforo (que separa a Europa da Ásia Menor) e atacam Bizâncio. Nicomedes providencia para que os invasores atravessem para a Ásia e juntos derrotam e matam Zipoetes II. Os gauleses que invadiram a Ásia são mais conhecidos como gálatas e instauram o pânico nas terras por onde passam. As cidades gregas tem que pagar as taxas exigidas pelos gálatas ou são pilhadas e destruídas. Sua força bélica aterrorizante está , portanto, à venda e ela pode ser usada pelos monarcas da Ásia Menor uns contra os outros e principalmente contra Antíoco I.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFdLzvzzJVCPk6ymP7DLIzuTjW4jCIjibeMXBt2U88MWpm6KYYGtF12gZQQkPdIp-QJ04t0F92B5HK0f-KgASiNOo0xyas1MHNSwPaiilX61YfocA_Bw7oJ5JOFZB83qtJ4X-Leu7ZwFTv/s1600/galatiansf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFdLzvzzJVCPk6ymP7DLIzuTjW4jCIjibeMXBt2U88MWpm6KYYGtF12gZQQkPdIp-QJ04t0F92B5HK0f-KgASiNOo0xyas1MHNSwPaiilX61YfocA_Bw7oJ5JOFZB83qtJ4X-Leu7ZwFTv/s1600/galatiansf.jpg" height="504" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px;">As invasões gaulesas e os reinos helenísticos</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Aliança com a Macedônia</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto os gálatas espalham terror na Ásia e na Trácia, Antígono II Gônotas consegue dominar a Macedônia. Antíoco I e Antígono II iniciantemente se desentendem e travam um conflito (279 a.C.) possivelmente pelo direito ao trono da Macedônia. Em que pese a reivindicação de Antíoco I ao trono macedônio por causa da vitória de seu pai sobre Lisímaco, ele prefere se aliar a Antígono reforçando seus vínculos familiares (Estratonice, esposa de Antíoco, era irmã de Antígono) dando em casamento ao novo rei macedônio sua irmã-enteada, Fila II, filha de Estraonice com Seleuco I. Selêucidas e Antigônidas mais uma vez se unem pelo matrimonio. Fila II foi enviada a Macedônia e o casamento foi celebrado com a presença de poetas da época, Arato de Soli e Alexandre da Etólia (276 a.C.).</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Antíoco, o Salvador</b></div>
<div style="text-align: justify;">
A presença dos gálatas nas terras selêucidas da Ásia Menor não podia ser ignorada e Antíoco finalmente teve que enfrentar os invasores. Na noite antes da batalha (275 a.C.) o rei teve um sonho em que Alexandre Magno estava de pé ao seu lado e lhe disse: "<i>Saúde</i>". Essa era uma saudação comum de despedida. Isso deixou o rei apreensivo. Os gálatas tinham cerca de quarenta mil cavalos e uma grande variedade de carros, oitenta deles com foices, e contra tudo isso Antíoco tinha apenas um pequeno corpo de tropas, rapidamente recrutadas e, na maior parte, com armamento leve. Mas, Teodotas de Rodes, o tático de suas tropas, exortou ao rei que tivesse bom ânimo e o aconselhou a colocar seus dezesseis elefantes de guerra na parte dianteira da batalha. Quando do embate, os elefantes assustaram os cavalos dos gálatas e esses recuaram. Os carros-foice rasgaram as suas próprias fileiras. O exército selêucida executou um imenso massacre sobre os temíveis gálatas. Apenas alguns deles conseguiram fugir para as colinas. O exército selêucida aclamou seu rei com o título de <i>kallinikos</i> ("o que tem bela vitória"). Mas se relata que os olhos de Antíoco estavam cheios de lágrimas amargas, pois considerava uma vergonha sua vitória ter dependido de 16 animais. Embora não tivesse derrotado todos os gálatas e eles continuassem a espalhar seu terror na Ásia Menor, a vitória de Antíoco I mostrou que eles não eram invencíveis. Por causa disso Antíoco passou a ser aclamado como <i>sóter</i>, isto é, o salvador passando a História como Antíoco I Sóter.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheJn0AB1pwngZlFgZdc-AdNeHzo-HVcIIekIUbp04i8G1-SJm3N34Pv3Wc9gZvVAHHFjJPzQWLeeJdxoSqMxMaMI_7BXOCT-cXOjFFBVMCaTMIQlEsAu-W87ldl9tud-XE6VYPD4vAjlVi/s1600/Hoover_296.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheJn0AB1pwngZlFgZdc-AdNeHzo-HVcIIekIUbp04i8G1-SJm3N34Pv3Wc9gZvVAHHFjJPzQWLeeJdxoSqMxMaMI_7BXOCT-cXOjFFBVMCaTMIQlEsAu-W87ldl9tud-XE6VYPD4vAjlVi/s1600/Hoover_296.jpg" height="312" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Antíoco I com as imagens de um escudo com o símblo selêucida da âncora e<br />
um elefante, elemento decisivo na batalha de Antíoco I contra os gálatas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>A Primeira Guerra Síria (274-272 a.C.)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Após a morte do faraó Ptolomeu I (283 a.C.), o governador da Cirenaica (região vizinha do Egito, hoje pertencente a Líbia), Magas de Cirene, começou a lutar para se manter independente de seu meio-irmão, o novo faraó Ptolomeu II. Em 275, Magas se casa com Apame II, filha de Antíoco I, que está em armistício com Ptolomeu II pela posse de regiões na Ásia Menor e no Oriente Próximo. Em 274 Magas ataca o Egito e Antíoco I retoma Damasco para os Selêucidas. Magas, entretanto, é obrigado a recuar ante uma rebelião interna dos marmáridas. Ptolomeu II, todavia, reconhece a independência da Cirenaica e se volta para atacar Antíoco I que invadira os territórios ptolomaicos na Ásia Menor e na costa da Síria. A poderosa marinha egípcia ataca os portos selêucidas e obriga a Antíoco I recuar. Em 272/271 Ptolomeu II e Antíoco I selam um tratado de paz. Embora os territórios dos dois reinos não tenham mudado, os Selêucidas conseguem reter Damasco e algumas porções da Ásia Menor ptolomaica. Em 273, possivelmente por causa da invasão de Pirro do Épiro à Macedônia, o poeta Arato, amigo de Antígono II, migra para a corte de Antíoco I.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvRvxaIyXyKRRB3NOCbBDk5iyCZcFY8ZbjpSddu_sK17SEy152aV1BbsL42mEwn9roKwqfQWXcFmwOieTG60-n0N3_TTBIduvog3lOieHQC7LJOPMoqarOmHGdoOgR1bjNhQdayfJipJRT/s1600/hellen-3.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvRvxaIyXyKRRB3NOCbBDk5iyCZcFY8ZbjpSddu_sK17SEy152aV1BbsL42mEwn9roKwqfQWXcFmwOieTG60-n0N3_TTBIduvog3lOieHQC7LJOPMoqarOmHGdoOgR1bjNhQdayfJipJRT/s1600/hellen-3.gif" height="434" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os reinos helenísticos em 270 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>As Satrápias Orientais</b></div>
<div style="text-align: justify;">
O envolvimento de Antíoco I com as questões do Ocidente durante a primeira década de seu reinado deu a oportunidade para uma dinastia persa local para surgir perto da antiga cidade de Persépolis na Pérsia. Tal fato é atestado pela cunhagem local com símbolos mazdeístas, nomes pessoais persas, e, possivelmente, o título persa para governador (<i>frataraka</i>). O grau de independência dessa dinastia local e a cronologia são ainda discutidos, mas condizente com a política selêucida de conceder certo grau de autonomia em determinados locais. Realmente, o arranjos de Antíoco para os satrápias orientais não são bem conhecidos, exceto pelo fato, de acordo com os textos cuneiformes, ter nomeado seu primogênito, Seleuco, como corregente logo após a morte de Seleuco I.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjasEZqGsolg9iem5Q-g1Ow_BEI167aPu36273kxehmtY9-EfabMq9uvr-ZLUWEEGmediVsQpwy2Jtstpec0JBqbIdkm_jmWcyf60XCnF45ICPXbFfqGWpHCKkDl1WCd-2WqbQ6ff13f1O7/s1600/Antiochos-horse-tet.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjasEZqGsolg9iem5Q-g1Ow_BEI167aPu36273kxehmtY9-EfabMq9uvr-ZLUWEEGmediVsQpwy2Jtstpec0JBqbIdkm_jmWcyf60XCnF45ICPXbFfqGWpHCKkDl1WCd-2WqbQ6ff13f1O7/s1600/Antiochos-horse-tet.JPG" height="302" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Antíoco I com sua efígie e a efígie idealizada de Bucéfalo, o famoso cavalo de<br />
Alexandre, o Grande, de quem Antíoco, em certo sentido, era sucessor no Oriente</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Qualquer que fosse o sistema de governo de Antíoco I no Oriente, as satrápias da Babilônia e Báctria, pelo menos, foram suficientemente leais em 273 para enviar substanciais reforços, incluindo prata e elefantes, a Antíoco I durante a Primeira Guerra Síria. A façanha persa utilizada no estratagema pelo qual Antíoco I enganou Dion, o general de Ptolomeu II, e capturou Damasco durante esta guerra pode refletir influência persa no exército selêucida.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJabaL4EsIOE4TKjaUw8TmETkPXGpK1DQI7eGU1eiQhzymiCiR_4lYAb_hBbPysJ3EHXkADqIRPgR_JXfJGSrIqF_JFCMkAGaXIfi9DGyvPbyeTujZnCg7FjTYEpZFtLexwHTAFE_fT_jH/s1600/SC_603@3c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJabaL4EsIOE4TKjaUw8TmETkPXGpK1DQI7eGU1eiQhzymiCiR_4lYAb_hBbPysJ3EHXkADqIRPgR_JXfJGSrIqF_JFCMkAGaXIfi9DGyvPbyeTujZnCg7FjTYEpZFtLexwHTAFE_fT_jH/s1600/SC_603@3c.jpg" height="316" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Antíoco I (ou II) encontrada em Susa, capital do Elão, com as representações<br />
de Héracles e Zeus, divindades associadas a Alexandre, o Grande</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Embora a maior parte do reinado de Antíoco I tenha se voltado para o Ocidente, ele não negligenciava seus deveres religiosos no Oriente. Em 27 de março 268 a.C. Antíoco I lançou as bases da construção de Ezida, templo dedicado ao deus babilônico Nabu, em Borsipa, localidade próxima à Babilônia. O rei persa Xerxes havia destruído o templo em 484 a.C. Nabu, filho de Marduque, deus supremo dos babilônios, era o deus da escrita e da sabedoria e foi associado ao deus grego Apolo, de quem os Selêucidas descendiam segundo a mitologia oficial. O evento está registrado no documento conhecido como o Cilindro de Antíoco, artefato de argila em formato cilíndrico. Um dado interessante do cilindro é a titularia de Antíoco I, que assume os títulos reais dos governantes que o precederam, babilônios e persas: “<i>Antíoco, grande rei, rei poderoso, o rei do mundo, rei de Babilônia, o rei das terras, provedor para Esagila e Ezida, herdeiro principal do rei Seleuco, o macedônio, rei de Babilônia, sou eu</i>.” Embora assuma os títulos que se espera do rei da Babilônia, Antíoco não se esquece de sua ascendência macedônia.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFy3X6lnkBewnd0h_nFYnC9ArBdsxRQ1qhKg9oJ4Lioc4imojLZP9ZcXi0ViXBrMTIwpa1Ws1dNJ1Tg0AmVHzeVV1nd96IjTc-SMVVu1pHUp9MiQV0-nsmhIxvl4SxmDWgREbPZbJnevDN/s1600/antiochus_cyl3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFy3X6lnkBewnd0h_nFYnC9ArBdsxRQ1qhKg9oJ4Lioc4imojLZP9ZcXi0ViXBrMTIwpa1Ws1dNJ1Tg0AmVHzeVV1nd96IjTc-SMVVu1pHUp9MiQV0-nsmhIxvl4SxmDWgREbPZbJnevDN/s1600/antiochus_cyl3.jpg" height="304" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Cilindro de Antíoco</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Seus interesses orientais são ainda atestados por sua amizade com Amitrochates da Índia (provavelmente o rei indiano Bindusara). No entanto, o Império sofreu um golpe terrível: Seleuco, o príncipe-herdeiro e governador das satrápias orientais, achou-se suspeito de traição contra seu pai e foi executado cerca de 267, e seu irmão mais novo, Antíoco (II), foi nomeado em 266 como o novo herdeiro do trono.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Independência de Pérgamo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Filetero de Pérgamo ajudara Seleuco I contra Lisímaco nos eventos que levaram a batalha de Corupédio (281 a.C.) e Pérgamo desfrutou de grande autonomia com Filetero, ainda que se encontrasse teoricamente sob o poder dos Selêucidas. Alías, a sobrinha do rei, Antióquide, era casada com Átalo, irmão de Filetero. Esse adotara seu sobrinho Eumenes como filho e sucessor e quando de sua morte em 263 Eumenes I assumiu o comando de Pérgamo. Ainda que não tomasse o título de rei, Eumenes quando assumiu o trono e passou a agir com grande independência de seu “senhor”, Antíoco I. Encorajado por Ptolomeu II, Eumenes se rebela e derrota ao rei Antíoco I próximo de Sardes, a capital da Lídia em 261 a. C. Assim pôde liberar Pérgamo e ampliar consideravelmente seus territórios. Estendeu seu controle ao sul do rio Caico, até o golfo de Cime. Antíoco I não insistiu numa luta contra Eumenes I. Assim a cidade de Pérgamo se erigia em um reino próprio governado pela dinastia dos Atálidas, à sombra dos Selêucidas.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzMdLm8oGydkCNrur4CWfikJy7B5eqoiD5a-QAto1hOkAmXwWemwY8ASQM-c4mwVgVzmVwxcwEnowTLHs0uh9Gr34pAlr8DlbxMdXxX8BRPmvttdiqssiNArlvrH9-VNNCBFRL2-bg-2qO/s1600/SC_315.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzMdLm8oGydkCNrur4CWfikJy7B5eqoiD5a-QAto1hOkAmXwWemwY8ASQM-c4mwVgVzmVwxcwEnowTLHs0uh9Gr34pAlr8DlbxMdXxX8BRPmvttdiqssiNArlvrH9-VNNCBFRL2-bg-2qO/s1600/SC_315.jpg" height="203" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Antíoco I cunha na Ásia Menor com as representações <br />
das deusas Atena e Nique, a vitória.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Última Batalha</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar da derrota para Eumenes I, Antíoco I não esmorece seus afazeres e deleites de governante. Em 261 escolhe os filhos do flautista da corte Sóstrato como guarda-costas e sua corte é referida como próspera e luxuosa. No mesmo ano ergue (ou fortifica) várias cidades: Achais-Heracleia, Apameia em Sittacene, Artacabene, Laodiceia na Média e Estratoniceia. O rei devolve algumas estátuas a Atenas que haviam sido tomadas pelo rei Xerxes quando da invasão persa à Grécia. A Liga dos Jônios celebra o aniversário de Antíoco. Assim como seu pai, Antíoco Sóter correu de um lado para o outro para manter o mais intacto possível seu império. Embora fosse o rei, participou pessoalmente das batalhas (era um guerreiro desde sua juventude) o que é testemunhado por uma pedra encontrada em Ílion que contém um decreto daquela cidade que atribui honras ao médico Metrodoro de Anfípolis, porque ele tinha tratado com sucesso o rei Antíoco de uma ferida no pescoço que havia sido feita em batalha. Antíoco entra nos registros da História Universal em uma batalha (Ipso,301 a.C.) e os deixa também em uma batalha. Os gálatas voltaram a perturbar os domínios selêucidas na Ásia. Antíoco I trava-lhes batalha perto de Éfeso, porém o rei foi morto por um gálata chamado Centareto. Após matar o rei, Centareto toma-lhe o cavalo. O animal, entretanto, não aceita o novo montador e dispara desgovernando atirando-se em um precipício matando a ambos. Era 2 de junho de 261 quando Antíoco I Sóter faleceu. Seu filho Antíoco II, que já era cogovernante da porção oriental, assume o trono e herda o mais extenso dos reinos helenísticos.</div>
<br />
FONTES:<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Antiochus_I_Soter<br />
http://www.livius.org/su-sz/syrian_wars/1a_syrian_war.html<br />
http://www.cristoraul.com/ENGLISH/readinghall/GalleryofHistory/House-of-Seleucus/Chapter-8-ANTIOCHUS_I.html<br />
http://www.livius.org/am-ao/antiochus/antiochus_i_soter.html<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Telesarchus_(military_commander)<br />
http://www.livius.org/be-bm/berossus/berossus.html<br />
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/antiochos_I/SC_323@2b.jpg<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Oktadrachmon_Ptolemaios_II_Arsinoe_II.<br />
http://www.livius.org/su-sz/syrian_wars/1b_syrian_war.html<br />
http://www.ascs.org.au/news/ascs33/ANAGNOSTOU-LAOUTIDES.pdf<br />
http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/antiochus_cylinder/antiochus_cylinder1.html<br />
http://www.academia.edu/247461/Apollo-Nabu_the_Babylonian_policy_of_Antiochus_I<br />
http://www.attalus.org/names/a/antiochus.html#1<br />
http://osatalidas.blogspot.com.br/2009/02/eumenes-i-263-241-ac.html a.C.)<br />
http://coinindia.com/Antiochos-horse-tet.JPG<br />
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/antiochos_I/t.html<br />
http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm<br />
http://encyclopedie.arbre-celtique.com/centaretus-centoarates-cintaretus-2848.htm<br />
<br />Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-39301855192988492062014-02-28T18:45:00.000-08:002014-03-02T19:35:29.332-08:00ANTÍOCO I SÓTER (281 – 261 a.C.) - PARTE I<div style="text-align: justify;">
Antíoco I Sóter foi o segundo rei do Império Selêucida o qual governou entre 281 e 261 a.C. Com a morte inesperada de Seleuco I em 281, Antíoco teve diante de si a difícil tarefa de preservar o vasto reino que seu pai lhe deixara. Apesar de vários impasses, esteve à altura do desafio e legou aos seus sucessores o mais vasto reino helenístico do Mundo Antigo. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://www.livius.org/a/1/greeks/coin_antiochus_i.JPG" height="400" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="388" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie de Antíoco I Sóter</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<b>Origens e Família </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Antíoco era filho do rei Seleuco I Nicátor, militar macedônio e fundador do Império Selêucida, com Apame, nobre sogdiana, filha de Espitamenes, sátrapa aquemênida de Sogdiana. Seleuco acompanhara Alexandre Magno, rei da Macedônia e comandante da confederação grega (Liga de Corinto), em sua campanha contra o Império Aquemênida (persa). Sendo assim, Antíoco era meio iraniano e meio macedônio, oriundo da nobreza iraniana e do respeitado oficialato macedônio. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://www.livius.org/a/1/alexander/seleucus_nicator.jpg" height="400" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="316" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Seleuco I Nicátor</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Após conquistar o Império Persa, Alexandre celebrou em 324 a.C. na cidade de Susa as chamadas Bodas de Susa, onde praticamente forçou seus oficiais greco-macedônios a se casarem com mulheres oriundas da nobreza dos vários povos do Império Aquemênida. O próprio Alexandre, que já era casado com a nobre bactriana Roxane, casou-se com Estatira, a filha de Dario III Codomano, último rei aquemênida. Como o casamento era um elemento importante nas alianças políticas, as Bodas de Susa foram uma estratégia de Alexandre de unir as elites europeias e asiáticas de seu império.<br />
<div style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvOO4UaSbayiFRoWUb4xj-eaxu7VSoOuR4niXh1IuwlisZ_U9edM5BUQKBvENLhUVDvjnfplQ98v2TRnYuqOhqD6gte67lcmavnRmf4o5cT_L0MQfJ59WZfE-1vY7HlKanC7lJkn_EKHGo/s1600/The_weddings_at_Susa,_Alexander_to_Stateira_and_Hephaistion_to_Drypetis_(late_19th_century_engraving).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvOO4UaSbayiFRoWUb4xj-eaxu7VSoOuR4niXh1IuwlisZ_U9edM5BUQKBvENLhUVDvjnfplQ98v2TRnYuqOhqD6gte67lcmavnRmf4o5cT_L0MQfJ59WZfE-1vY7HlKanC7lJkn_EKHGo/s1600/The_weddings_at_Susa,_Alexander_to_Stateira_and_Hephaistion_to_Drypetis_(late_19th_century_engraving).jpg" height="474" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ilustração do século XIX, retratando Alexandre e Estatira presidindo as bodas de Susa</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, após sua morte (323), os oficiais de Alexandre se desfizeram de suas esposas orientais.
Seleuco foi a única exceção conhecida. Manteve-se casado com Apame como sua rainha-consorte (e não como uma concubina) até a morte dela e a honrou fundando cidades com seu nome (Apameia), sendo a principal a da Síria. Os demais reis selêucidas reconheceram a importância de Apame na origem da dinastia dando o nome de Apame a várias de suas filhas e também edificaram várias Apameias ao longo do Império Selêucida. Apame era filha de Espitamenes, nobre sogdiano que ajudara Alexandre Magno a capturar Besso, sátrapa da Báctria que reivindicava o trono do Império Aquemênida. Posteriormente, Espitamenes se revoltou e liderou uma grande revolta contra o governo macedônio que por fim foi esmagada.
Da união de Seleuco com Apame nasceram Antíoco, Laodice, Aqueu e Apame. Antíoco (que recebera o nome do avô paterno, antigo oficial macedônio), recebeu principalmente a educação helênica, mas não menosprezou a cultura iraniana. No momento próprio, ele estava pronto para assumir a regência da porção oriental do Império Selêucida.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWpeIH8OYz3yVXoGCskYXIudg_ZyJ3OsZN-MDtCoPvBwqnKWPj70y8tf41eg3dQiujJhQ1I9qmqjmyhtPsiD76eQaBWkHmDQLOnxQYeL-OGfdGOtOc7_SlGXSHoNpxq37OdJcaHJQTD4rp/s1600/478px-AlexanderIndiaMap.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWpeIH8OYz3yVXoGCskYXIudg_ZyJ3OsZN-MDtCoPvBwqnKWPj70y8tf41eg3dQiujJhQ1I9qmqjmyhtPsiD76eQaBWkHmDQLOnxQYeL-OGfdGOtOc7_SlGXSHoNpxq37OdJcaHJQTD4rp/s1600/478px-AlexanderIndiaMap.jpg" height="640" width="510" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mapa do extremo oriental do império de Alexandre Magno, onde se localizava, ao norte, a Sogdiana,<br />
terra natal da mãe de Antíoco I, que hoje é ocupada pelos países do Uzbequistão e Tadjiquistão</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Antes da Batalha de Ipso</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
Após a morte de Alexandre Magno (323), seu império desintegrou-se em vários principados governados por seus antigos oficiais (conhecidos como Diádocos) que pretendiam dominar uns aos outros ou ao menos manter sua independência. Seleuco, que inicialmente era o comandante da cavalaria (hiparca), ascendera a governador da Babilônia (321), perdendo-a para Antígono Monoftalmo em 316 e reconquistando-a na Guerra Babilônica (312-309). Em 306, estando extinta a linhagem real macedônica e seguindo o exemplo de Antígono e outros diádocos, Seleuco assume o título rei sobre os territórios que governa. Entre 309 e 302, Seleuco reparte a porção mais oriental de seu território com o rei indiano Chandragupta e consolida seu governo sobre o restante. As fontes disponíveis não mencionam Antíoco durante esse período, mas sendo o primogênito de seu pai, certamente o acompanhou em suas diversas lutas para se manter no poder. Seleuco se alia aos reis Ptolomeu I do Egito, Cassandro da Macedônia e Lisímaco da Trácia contra Antígono Monoftalmo que controla a Ásia Menor e Síria e pretende controlar todo o território do império deixado por Alexandre Magno. Os exércitos aliados se encontram perto da aldeia de Ipso na Frígia onde Antíoco tem sua primeira participação relevante nas batalhas do mundo helenístico (301 a.C.). </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjAiWyd_xEhHSqnxGikh9RhlQKLBfQmBF8FlaOMMsyl4o_PCobwfu6PT3S9FZt4AH2fww1ubNL_DQZYwhvieP7FIfsS5IA58SzGE6nZgz9rAp_Pxaz0pLiNUDypDb97beOvS3TEsH9uMvF/s400/14_12_2006_18_38_4.jpg" height="400" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="300" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Seleuco I Nicátor: de chefe da cavalaria macedônia ele se tornou<br />
rei da maior parte do que restara do império de Alexamdre Magno</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Batalha de Ipso </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando Lisímaco e Pleistarco (irmão de Cassandro) estavam prestes a enfrentar Antígono, Seleuco apareceu com seu exército se posicionando do lado das forças aliadas. Antíoco estava no comando da ala esquerda da cavalaria de Seleuco, tradicionalmente a ala mais fraca no sistema macedônico, destinada apenas à escaramuça. Demétrio Poliorcetes, filho de Antígono, comandava a cavalaria do pai e investiu contra Antíoco que não sendo páreo para esse embate deixou o campo de batalha com a sua ala. Demétrio, empolgado com o sucesso, saiu em perseguição a Antíoco, o que distanciou Demétrio do exército de seu pai deixando-o desprotegido. Parece que a “fuga” de Antíoco fazia parte de uma estratégia de Seleuco para enfraquecer o exército antigônida. Ao tentar retornar, Seleuco lançou seus elefantes contra a cavalaria de Demétrio. Cercado e sem o apoio da cavalaria de Demétrio, o exército de Antígono é derrotado e seu rei tomba morto. Demétrio consegue fugir e parte para a Grécia. Lisímaco, Pleistarco e Seleuco repartem entre si o reino de Antígono. Ptolomeu, que não lutara, mas era um dos aliados reivindica e ocupa a Palestina e a Cele-Síria, que teoricamente pertenciam a Seleuco. Mas, os dois não chegam a se enfrentar por causa dessas terras legando o conflito para seus filhos Ptolomeu II e Antíoco I. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2-lauSZtHty0fj2IsSY9mRLAlvNk_7XFetUtZQhQwzLfQxZcvNuwz5OBf2jsN3whLjx2I6MLJZgVzPX-hb72eLr5fQHI-OtwTiTj2LdJxXdL52n3sF1Sl0nPOfeDWlqJ-VTNTqUieL4wx/s640/800px-Battle_of_ipsus.png" height="416" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Esquema da batalha de Ipso: Demétrio investe contra Antíoco que foge afastando o filho de Antígono do <br />
exército do pai o suficiente para desprotegê-lo. A fuga (?) de Antíoco foi importante para a decisão da batalha</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Refazendo Alianças</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
Uma constante nas guerras dos Diádocos e seus descendentes (chamados de Epígonos) é a mudança de aliados e a celebração de casamentos entre as dinastias helenísticas. A antiga dinastia real da Macedônia, os Argéadas, havia sido extinta com o assassinato do rei Alexandre IV, filho de Alexandre Magno. As novas dinastias do Mundo Helenístico não eram oriundas da nobreza macedônia, mas eram respeitadas por serem oriundas do oficialato do exército que lutara junto com Alexandre e que após várias guerras conquistaram o direito de serem casas reais. Assim temos: os Antipátridas (descendentes de Antípatro e do rei Cassandro), os Antigônidas (descendentes do rei Antígono I), os Lágidas (descendentes do rei Ptolomeu I) e os Selêucidas (descendentes do rei Seleuco I). Lisímaco, rei da Trácia, morreu sem deixar sua família no poder. As guerras e alianças entre essas dinastias seguiram até o século I a.C. quando o Império Romano termina por conquistar o que sobrara dos reinos helenísticos. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQKP-fbx8PlBC7qp7HUgDFv1-5s3QSisMJ_OX38UzbhoRpJEu5eikMhm8cORF2MTcYQdS8r4gN3YiTOS5VU2wDOTp9q6mxM95ZbMr30IKrwgRrdk5j7R1xeBAd4xWyzkH9z8DNEXd5PdAe/s640/hellenistic_world_301.gif" height="278" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os reinos helenísticos após a batalha de Ipso (301 a.C.)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Apesar da derrota em Ipso, Demétrio Poliorcetes controlava a maior parte do Peloponeso e representava uma constante ameaça para os reinos de Cassandro e Lisímaco. Ptolomeu e Seleuco, antigos aliados, começam a se desentender pela posse da Cele-Síria. Assim Cassandro, Lisímaco e Ptolomeu concluíram um tratado (300 a.C.), que foi confirmado por casamentos: As filhas de Ptolomeu, Arsínoe II e Lisandra, foram dadas a Lisímaco e ao filho de Cassandro, Alexandre, respectivamente. Apesar do confronto entre Demétrio e Antíoco em Ipso, Demétrio não representava nenhuma ameaça a Seleuco, mas uma guerra com Ptolomeu, fortalecido com aliança com Lisímaco e Cassandro poderia lhe ser um problema. Então os antigos rivais Seleuco a Demétrio se aliaram (299) e Seleuco se casou com Estratonice, filha de Demétrio, então com cerca de 17 anos e Seleuco com cerca de 60. Provavelmente sua amada rainha, Apama, havia morrido. Estratonice era filha de Fila, irmã do rei Cassandro e filha de Antípatro, o antigo general e regente da Macedônia. De Seleuco, Estratonice teve uma filha, a quem deu o nome da mãe, Fila (II). Fortelecido por essa aliança, Demétrio invadiu a Ásia e tomou as terras de Pleistarco, irmão de Cassandro.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQh4oU76zI7suUTMgwyF3xNjYNY22cl7Y4OGR01vx4fLWT-IXI&t=1&usg=__qVogPqDP_3_2h9R3iEmgg2rGF6Y=" height="400" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="317" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Demétrio Poliorcetes: o rival de Antíoco em Ipso<br />
tornou-se seu parente</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Sofrendo de Amor</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
Segundo nos narra o historiador romano Apiano em suas <i>Guerras Sírias</i>, Antíoco se apaixonou perdidamente pela esposa do pai. Reconhecendo a impertinência e impossibilidade desse amor, o jovem príncipe escondeu seus sentimentos, mas sofreu de tal maneira que adoeceu a ponto de entrar em depressão e ansiar pela morte. O médico da corte, Erasístrato, percebe que a doença do príncipe é de fundo psicológico, já que seu corpo não apresenta sinais de doença. Como Antíoco não confessou ao médico o que tão fortemente o abalava por dentro, Erasístrato passou a observar seu comportamento durante as visitas que recebia e notou que Antíoco recobrava o ânimo quando Estratonice o visitava e voltava a ficar abatido quando se retirava. Ao dizer a Seleuco que Antíoco tinha uma doença incurável, o rei entristeceu-se e chorou fortemente. Erasístrato acrescentou que o mal do príncipe era um amor impossível e que se tratava da esposa do próprio médico. Seleuco, argumentando amizade, favores, a virtude e doença de Antíoco, solicita que Erasístrato passe sua esposa ao príncipe para que possa salvá-lo. Se não o fizesse, Seleuco consideraria isso um desprezo para com ele e seu filho (possivelmente uma velada ameaça de morte). Erasístrato replicou que se fosse a esposa do rei ele não a daria. Seleuco jurou por todos os deuses que daria sim sua esposa já que Antíoco preferira sofrer a cometer alguma coisa contra a esposa de seu pai e que queria ter esse poder de ajudar seu filho. Percebendo a veracidade das palavras do rei, Erasísitrato revela que a verdadeira paixão de Antíoco é por Estratonice. Seleuco ficou muito feliz, pois poderia resolver o problema, embora fosse uma questão difícil convencer seu filho e sua esposa de que eles deveriam se casar. Além disso, mesmo na licenciosa cultura grega, a união de enteado com madrasta era algo escandaloso. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtxkBLypNnJbRuXjPPUEwDvrhKRa2BwCyF-DU6Gag6j_kuM3wWE-OB_GZDj6lryYoZHh6P-4Wt-IN4CqbnBlpD_DwLQHca_Z0gV3QsglWKyUaa2WNg9M5LjOo3UCGfiUChE_N59ymoeLF7/s1600/vallin_jacques_antoine-antiochus_and_stratonice.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtxkBLypNnJbRuXjPPUEwDvrhKRa2BwCyF-DU6Gag6j_kuM3wWE-OB_GZDj6lryYoZHh6P-4Wt-IN4CqbnBlpD_DwLQHca_Z0gV3QsglWKyUaa2WNg9M5LjOo3UCGfiUChE_N59ymoeLF7/s1600/vallin_jacques_antoine-antiochus_and_stratonice.jpg" height="592" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A visita de Estratonice a Antíoco foi muito retratada na arte. Aqui, o pintor francês Jacques-Antoine Vallin <br />
(início do século XIX) ressaltou a reação de Antíoco ao ver sua amada e causa de seu sofrimento</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Ainda no século I, o apóstolo Paulo repreenderá a igreja de Corinto, cidade grega famosa por sua libertinagem, por permitir uma união desse tipo na comunidade argumentando que tal costume era escandaloso até mesmo entre os gregos. Seleuco reuniu seus oficiais e soldados macedônios (“o exército” diz Apiano) em Antioquia (capital selêucida) e comunicou-lhes que sobre a união de Antíoco e Estratonice bem como a necessária divisão de governo ante a vastidão do reino com Antíoco que administraria as terras orientais. Seleuco não justificou suas decisões em nenhuma tradição grega, mas na tradição persa onde louvou o princípio de que o que o rei decide é sempre certo. Seus homens aderiram entusiasticamente a sua decisão. O modelo do rei grego limitado pelas leis e costumes acabara; o modelo helenístico, que fundia a cultura grega com a autoridade oriental, consagrava como certo aquilo que os gregos sempre temiam e combateram: a tirania, isto é, o governante acima da lei.
Não obstante, o romance e os motivos familiares para tal união, o fato é que divorciando-se de Estratonice, Seleuco de certa forma enfraquecia sua aliança com seu ex-sogro, Demétrio Poliorcetes, que em 294 derrubara a dinastia antipátrida e tomara o trono da Macedônia, tornando-se mais poderoso do que possivelmente Seleuco queria. Antes disso Seleuco e Demétrio já não estavam se entendendo, discordando sobre a posse de certos territórios. Enfim, Antíoco e Estratonice se casaram (294/293 a.C.). Da união tiveram dois filhos (Seleuco e Antíoco) e três filhas (Laodice, Apame e Estratonice). O primeiro tablete babilônico datado da época de Seleuco e Antíoco (BM 109941) indica a data de 18 de novembro 294 e Estratatonice é chamada de rainha e seu nome é dado como Astartanikku, talvez um jogo de palavras com o nome de Estratonice e da deusa babilônica Astarte.
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>O<i> Mathshta</i> do Império Selêucida</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
Segundo a crônica babilônica (tablete BCHP 5), no 20º ano de seu reinado, Seleuco tornou Antíoco cogovernante de seu império incumbindo-lhe a administração das províncias orientais. Uma inscrição em Dídima datada de 298 já honra o filho de Seleuco. Apiano diz que Seleuco tornou Antíoco e Estratatonice reis da porção oriental. Entretanto, é provável que Seleuco estava pensando no ofício de <i>mathishta</i> (palavra persa que significa “o maior”), que é o equivalente aquemênida para príncipe herdeiro. Ao que parece, os reis persas aquemênidas indicavam seu sucessor nomeando-o sátrapa da Bactriana. Seleuco possivelmente estava seguindo essa tradição da política iraniana quando nomeou o seu filho Antíoco como pretendido sucessor e sátrapa da Bactriana. Durante os anos de Antíoco como príncipe herdeiro, ele desempenhou um grande papel na política e religião babilônicas como testemunham diversas crônicas babilônicas. Ele é, portanto, muitas vezes mencionado nas crônicas babilônicas : Crônica de Antíoco I e o templo de Sin (BCHP 5), Crônica Ruína de Esagila (BCHP 6), Crônica de Antíoco, Báctria e Índia (BCHP 7), Crônica do Jardim Junípero (BCHP 8), e Crônioca do Fim de Seleuco I (BCHP 9).
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn4hqpgRRTCOIixSQVXCn3AqcifQEC55xFj5EuvJXPqH5LfWY3mWqQKKpL0cntC3GfrhyphenhyphenV7xnSv5_K1I7r2VTDKPQlt5_u1g-pSGcAmJM34eOM2sL4bHB5GTOvXBP2IAz-7NlOW4O_WPvy/s1600/SC_379@6a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn4hqpgRRTCOIixSQVXCn3AqcifQEC55xFj5EuvJXPqH5LfWY3mWqQKKpL0cntC3GfrhyphenhyphenV7xnSv5_K1I7r2VTDKPQlt5_u1g-pSGcAmJM34eOM2sL4bHB5GTOvXBP2IAz-7NlOW4O_WPvy/s1600/SC_379@6a.jpg" height="308" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie de Antíoco I e a representação do deus Apolo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O tablete babilônico BCHP 5 (Crônica de Antíoco e o Templo de Sin) testifica a posição de Antíoco I como governante do Oriente, mas sem o título de rei. Esta foi a primeira vez na tradição babilônica que um co governante foi nomeado e é claramente subordinado ao verdadeiro rei . Na história babilônica, o rei assírio Assurbanipal e o rei persa Ciro, o Grande, compartilharam o governo da Babilônia com seus filhos e esses receberam o título de reis da Babilônia juntamente com seus pais ainda reinando. No entanto, Seleuco Nicator permaneceu como o único a ter o título de rei da Babilônia, mesmo compartilhando o governo com o filho até sua morte em 281. Os babilônios designavam Antíoco com um título que foi expressamente utilizado para príncipes que tinham sido designados como sucessores: “o filho do rei da casa sucessão ", ou seja, príncipe-herdeiro.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b>Antíoco e a Babilônia </b><br />
<div style="text-align: justify;">
A cidade de Babilônia, outrora capital de grandes impérios, teve grande importância para o príncipe-herdeiro Antíoco na sua administração da porção oriental do Império Selêucida. Antíoco dedicou-se a restauração do complexo religioso de Esagila (ou Esagil) na Babilônia. Esagila era o complexo do templo do deus Marduque na Babilônia, centro cultural e religioso do país, e onde era também realizado o <i>Akitu</i>, o festival de Ano Novo. Antíoco visita templos, realiza oferendas, ordena a remoção do pó da Esagila, atua como árbitro em conflitos. O príncipe-herdeiro envolveu-se ativamente na vida religiosa babilônica, mas sem negligenciar suas atribuições políticas. A <i>Crônica sobre Antíoco e Sin</i> informa que o príncipe ofereceu sacrifícios a Sin, deus babilônico da Lua, e a outros deuses, ao mesmo tempo em que remanejava soldados macedônios instalados na Babilônia para a Selêucia no Tigre, colônia greco-macedônia e capital oriental do Império (286 a.C.). A <i>Crônica da Ruína de Esagila</i> (tablete BCHP 6) documenta uma visita de Antíoco, chamado de <i>dumu lugal</i>, filho do rei, aos procedimentos de reconstrução e limpeza no templo de Marduque. Durante a visita, príncipe tropeçou sobre as ruínas de Esagila e então ofereceu em sacrifício bois e sacrifício na moda grega, a fim de afastar maus presságios. A literatura clássica registra exemplos de líderes que tropeçaram em algo e isso foi interpretado inicialmente como algo negativo que precisava revertido por orações ou uma interpretação positiva. Assim, Antíoco, mesmo ciente da importância religiosa do templo, senti que é necessário oferecer sacrifícios a fim de afastar maus presságios, demonstrando respeito aos deuses locais, porém o faz a moda grega. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrA3_RhUYVP4Xbei3ggsusG3YLTfpWxNXSLgPtzm2iS9dylix5WQD5HL_VrtYC6I9q6JRY0UQWmZumVnabc7c1poNY_dUZ6GpLiFlDAVwXA-aMtmUaZFLie93CF12yy_RSEdpw1y0ytFoA/s1600/BCHP_antiochus_sin_RM_757_left_top.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrA3_RhUYVP4Xbei3ggsusG3YLTfpWxNXSLgPtzm2iS9dylix5WQD5HL_VrtYC6I9q6JRY0UQWmZumVnabc7c1poNY_dUZ6GpLiFlDAVwXA-aMtmUaZFLie93CF12yy_RSEdpw1y0ytFoA/s1600/BCHP_antiochus_sin_RM_757_left_top.JPG" height="268" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O tablete babilônico BCHP 5 que traz a <i>Crônica de Antíoco e Sin</i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
A dedicação de Antíoco na restauração do complexo religioso usando vagões e elefantes pode ter advindo do desconforto que esse episódio lhe causara.
O tablete BCHP 7 contém a <i>Crônica de Antíoco, Bactria e Índia</i> que também se refere aos trabalhos no complexo religioso de Esagila. Há referências às satrápias mais orientais do Império, Báctria e Índia, bem como a elefantes e mais uma vez aos sacrifícios à moda grega. Os gregos em contraste com os babilônios e orientais de modo geral não se prostravam diante dos deuses, orando em pé e com as mãos levantadas. Tal atitude pode ter sido vista como irreverente aos olhos orientais
A <i>Crônica do Jardim Junípero</i> (tablete BCHP 8) registra as ordens de um certo oficial grego aos funcionários do templo para fazerem um trabalho para Antíoco (provavelmente um serviço de cunho militar), que eles a princípio rejeitam e só após negociações concordam em trabalhar em um canal de irrigação. Esse registro demonstra que os funcionários gregos consideravam os templos da Babilônia sob o seu controle, ainda que respeitando à religião e sociedade locais.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqVjoKILhSW51jLKBveaeMTxXtVKfQEShlXmdwQL3asoYIofTw_Onaa-QhprMNGDQItky5RKxlMTMjZRKYOUAz6X_CBpzR7nKOZVbXPWJLb9m6ZlyDaWyGQcTU-y_45mXOICh5O6r7rSCY/s1600/esagila_model_pergamonmuseum.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqVjoKILhSW51jLKBveaeMTxXtVKfQEShlXmdwQL3asoYIofTw_Onaa-QhprMNGDQItky5RKxlMTMjZRKYOUAz6X_CBpzR7nKOZVbXPWJLb9m6ZlyDaWyGQcTU-y_45mXOICh5O6r7rSCY/s1600/esagila_model_pergamonmuseum.JPG" height="544" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Reconstrução moderna do complexo religioso de Esagila na Babilônia que tomou boa parte da atenção de Antíoco<br />
no seu governo no Oriente</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Antíoco e as Satrápias Orientais</b><br />
Nem só da Babilônia vive a porção oriental do Império Selêucida. Como co-regente Antíoco permaneceu um tempo na Báctria, em vez de em sua residência oficial em Selêucia no Tigre ou na Babilônia, seguindo a tradição aquemênida de que o herdeiro do trono deve governar a satrápia da Báctria. Sua mãe, Apame, era da região vizinha, Sogdiana, e portanto o príncipe tinha laços familiares com a nobreza da região. a região era de grande importância comercial para o Império Selêucida. A viagem de reconhecimento feita por Pátrocles no Mar Cáspio e a expedição para além do rio Jaxartes (Syr Darya) de Demodamas foram feias sob sua corregência. Os anos que Antíoco passou no nordeste do Império envolveu a construção de defesas de fronteira que Alexandre Magno ou mesmo os Aquemênidas tinham iniciado. A fundação e refortificação de cidades parecem ter sido em resposta a invasões. Locais assim incluem Antioquia na Cítia e Antioquia Margiana, Achais, e Alexandria-Antioquia-Artacoana. Talvez invasões esporádicas por nômades e revoltas, ao invés de uma invasão cita, exigiu esforços de Antíoco na Báctria.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-weight: bold;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDBelJI3xPAj8VibowvBwqeMNKBoTEWTkTXCfYtgLOV_fG9yUbah5H1tS8O7LbBo-m1sSKajMsUQk3l9PRIitF-dEMmJeusCoypyuEI2OrqQnUE08GnnDGWpH20btLLEK-wStJGD1b5i_u/s1600/Bactrian.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDBelJI3xPAj8VibowvBwqeMNKBoTEWTkTXCfYtgLOV_fG9yUbah5H1tS8O7LbBo-m1sSKajMsUQk3l9PRIitF-dEMmJeusCoypyuEI2OrqQnUE08GnnDGWpH20btLLEK-wStJGD1b5i_u/s1600/Bactrian.jpg" height="224" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Revelo persa retratando bactrianos trazendo presentes aos reis Aquemênidas. <br />
Agora os bactrianos forneciam seus tributos aos Selêucidas.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-weight: bold;"><br /></span></div>
<b><br /></b>
<b>Querelas no Ocidente</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto Antíoco administra a porção oriental no Império Selêucida, seu sogro Demétrio Poliorcetes é derrubado do trono da Macedônia (287 a.C.) pela coligação de Pirro, rei do Épiro, e Lisímaco, rei da Trácia que dividem o reino macedônio. Demétrio deixa seu filho Antígono Gônotas governando a Grécia e foge para a Ásia onde após enfrentar Seleuco em alguns embates finalmente se rende e passa a viver como um prisioneiro em Apameia da Síria desfrutando, todavia, de várias regalias. Demétrio ficou sob a guarda de Antíoco, seu genro, e de sua filha Estratonice. Parece que Seleuco pretendia restaurar Demétrio ao trono da Macedônia atribuindo o crédito de sua decisão à Antíoco. Entretanto, o Poliorcetes entregou-se a bebedeira e jogos visando amenizar seu infortúnio acabando por morrer de embriaguez em 283 a.C.</div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq-uJHQPDeQ7iJnECw06zrKdqdiRIpPqBHJBZYGMPfJt_mBTpRpUgNofjqafdaabk3yqQp0kLsMIe5e5JQyYFfBPFimSQDu19z_0QnMgrb4FpmbFmbRVrGs7JP5Ow1vWVQm3njQ8hyTIwe/s640/seleucid_empire.jpg" height="370" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os reinos helenísticos antes da batalha de Corupédio em 281 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Em 283 Lisímaco, por instigação de sua segunda esposa Arsinoe, manda matar seu próprio filho, Agatocles, seu eventual sucessor e muito querido pelo povo. O gesto de Llisímaco deflagra uma onda de descontentamento e revoltas em seu reino. A viúva de Agatocles, Lisandra, filha do rei Ptolomeu I do Egito, com seus filhos, o seu irmão Ptolomeu Cerauno e seu cunhado Alexandre, outro filho de Lisímaco, fogem para junto de Seleuco, que no momento estava na Babilônia. Segundo Pausânias, eles imploraram a Seleuco que fizesse guerra a Lisímaco. O apelo por sua intervenção era tão grande que Filetero, guardião do tesouro de Lisímaco em Pérgamo colocou seus recursos à disposição de Seleuco. Seguindo o apelo popular, Seleuco invadiu os territórios de Lisímaco na Ásia Menor. Lisímaco responde a invasão cruzando o Helesponto e os exércitos inimigos se defrontam na planície de Corus, conhecida como Corupédio. Era fevereiro de 281. Lisímaco (c. 80 anos) e Seleuco (c. 77 anos) eram os únicos diádocos e oficiais de Alexandre Magno ainda vivos. As fontes disponíveis não fornecem detalhes da batalha. Certamente Seleuco usou seus elefantes e Lisímaco, a falange macedônica.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi67pJX2hEJa1PeK6oNz78VwvEM_S3Mf6GxFdaHDRMe6bReP2ebuXM0vi8dX4uSkhS9rleHQY7Vl0Sj7jJcP801kxNHHBKS40i_R5HYrEOkL3kXTcI_YYPxL1Snq9I_FbKv3F0w4tBzWJn1/s1600/310bce.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi67pJX2hEJa1PeK6oNz78VwvEM_S3Mf6GxFdaHDRMe6bReP2ebuXM0vi8dX4uSkhS9rleHQY7Vl0Sj7jJcP801kxNHHBKS40i_R5HYrEOkL3kXTcI_YYPxL1Snq9I_FbKv3F0w4tBzWJn1/s1600/310bce.gif" height="278" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Império Selêucida e reinos vizinhos em 281 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Ao final do dia o exército de Lisíamco fora derrotado e ele mesmo fora morto por uma lança. Seleuco agora era também senhor da maior parte da Ásia Menor e presumível senhor da Trácia e Macedônia, onde Lismímaco fora rei. Após uma breve consolidação de seu governo na Ásia Menor, Seleuco parte para a Europa para tomar o resto dos domínios de Lisímaco, em especial a Macedônia, terra natal de Seleuco. Ainda em 281 os habitantes de Lemnos, ilha do Mar Egeu, erguem um templo em honra a seleuco e Antíoco. O poder dos Selêucidas começaa migrar para a Europa. Porém, próximo a cidade de Lisimáquia, Ptolomeu Cerauno, que fazia parte da comitiva de Seleuco e que também tinha laços de parentesco com a Macedônia, esfaqueou o rei e fugiu para a Macedônia onde conseguiu se apossar do trono. Segundo ainda Apiano, Filetero, o governante de Pérgamo, comprou o corpo de Seleuco de Cerauno por grande soma de dinheiro, queimou-o, e enviou as cinzas a seu filho Antíoco, o qual depositou-as em Selêucia Piéria, onde erigiu um templo para seu pai em terreno consagrado, ao qual ele deu o nome de Nicatoreum. Antíoco I tinha diante de si a árdua tarefa de governar e manter o império conquistado por seu pai que ia das montanhas do Hindu Kush ao Bósforo (dos atuais Afeganistão à Turquia).<br />
<br /></div>
</div>
</div>
FONTES:<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Antiochus_I_Soter<br />
http://www.livius.org/aj-al/alexander/alexander_chrono.html<br />
http://www.livius.org/am-ao/antiochus/antiochus_i_soter.html
http://www.iranicaonline.org/articles/antiochus-1--thirteen-kings-of-the-seleucid-dynasty<br />
http:/ww.theartofbattle.com/battle-of-ipsus-301-bc.htm<br />
http://www.livius.org/battle/ipsus/<br />
http://www.livius.org/a/1/greeks/coin_antiochus_i.JPG<br />
http://www.livius.org/ap-ark/appian/appian_syriaca_12.html<br />
http://www.livius.org/ap-ark/appian/appian_syriaca_13.html
http://en.wikipedia.org/wiki/File:The_weddings_at_Susa,_Alexander_to_Stateira_and_Hephaistion_to_Drypetis_(late_19th_century_engraving).jpg<br />
http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/08/alexandre-iii-o-grande-336-323-ac-parte_27.html\b
http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/10/demetrio-i-poliorcetes-294-288-ac.html
http://vcrfl.files.wordpress.com/2012/01/vallin_jacques_antoine-antiochus_and_stratonice.jpg
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http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-india/antiochus_india_02.html
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/antiochos_I/t.html<br />
http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-antiochus_sin/antiochus_sin_02.html<br />
http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-ruin_esagila/ruin_esagila_02.html
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http://www.livius.org/a/iraq/babylon/esagila/esagila_model_pergamonmuseum.JPG<br />
http://www.iranicaonline.org/articles/antiochus-1--thirteen-kings-of-the-seleucid-dynastyJoalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-65527561253133102362014-01-25T19:30:00.003-08:002014-01-25T19:30:39.815-08:00SELEUCO I NICÁTOR (312 – 281 a.C.) - PARTE VIII<div style="text-align: justify;">
<b>O Príncipe-Herdeiro</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 294 a.C. Seleuco se divorcia de Estratonice para que ela possa se casar com seu filho Antíoco. O príncipe Antíoco apaixonara-se perdidamente por sua jovem madrasta, mas manteve seus sentimentos em oculto a ponto de adoecer. Quando, porém, o médico da corte, Erasístrato, descobriu a natureza da sua doença e a revelou ao rei, Seleuco, de bom grado, segundo o historiador Apiano, com devoção paternal exemplar, resolveu passar em sua esposa para seu filho. Em 292, Seleuco nomeia Antíoco como corregente ou vice-rei das províncias orientais, o que as fontes clássicas interpretam como Seleuco conferindo a Antíoco o título de rei dos domínios orientais de Seleuco. Mas, provavelmente, Seleuco está indicando Antíoco como seu <i>mathishta</i> (palavra persa que dizer “o maior”), isto é, seu seu sucessor. No antigo Império Persa Aquemênida, o filho do rei indicado como <i>mathishta </i>governava a satrápia da Báctria. Seleuco, que agora governava as terras do Império Persa, e já sendo de certa idade, indica aos seus súditos mesopotâmicos e iranianos quem é o seu successor.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-family: 'Times New Roman'; letter-spacing: normal; margin-bottom: 0.5em; margin-left: auto; margin-right: auto; orphans: auto; padding: 6px; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; widows: auto; word-spacing: 0px;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><div style="margin: 0px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiApLlUXPdDInfjRzrNWXTCwsF9w6NsKtoTizKxwfM92VfCov8FKCqEgoRxExjAqcZfsAXViybAyzPJn4T9M05B-5tzssOiotdGaJsXvjp3VERQLg3Py120ruWt2dX0hSHeZ57UK4LGT1jg/s1600/Ptolemeaus1_Soter.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiApLlUXPdDInfjRzrNWXTCwsF9w6NsKtoTizKxwfM92VfCov8FKCqEgoRxExjAqcZfsAXViybAyzPJn4T9M05B-5tzssOiotdGaJsXvjp3VERQLg3Py120ruWt2dX0hSHeZ57UK4LGT1jg/s1600/Ptolemeaus1_Soter.jpg" height="320" style="cursor: move;" width="640" /></a></div>
</td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px; padding-top: 4px; text-align: center;"><div style="margin: 0px;">
Representação do alemão Johann Heinrich Lips (1781) de Antíoco enfermo sendo cuidado por Erasístrato que nota</div>
<div style="margin: 0px;">
que o príncipe melhora quando entra no recinto sua madrasta: o médico diagnosticou que o príncipe sofria de amor secreto por Estratonice</div>
</td></tr>
</tbody></table>
Segundo as fontes clássicas, Seleuco tão somente comunicou aos seus soldados greco-macedônios reunidos em Antioquia o casamento de Antíoco e Estratonice (era considerado escandaloso a união entre enteado e madrasta) e o governo de Antíoco sobre as satrápias orientais. Seleuco não era mais um general a decider junto com seus companheiros de armas as estratégias para a próxima batalha; ele era um rei de origem grega, mas que governava no estilo oriental onde o decreto real era justo e direito só por ser decreto real. Segundo Apiano, Seleuco teria encerrado o discurso a seus homens dizendo que um dos melhores princípios dos povos iranianos é que “tudo o que um rei ordena é sempre certo". A reação de seus homens? Aclamaram-no como o melhor rei e pai dos que sucederam a Alexandre Magno. O Império Selêucida, iniciado há 20 anos em meio a combates e de futuro incerto, estava bem consolidado. O compartilhamento do governo de um vasto território com um filho leal foi uma medida de sabedoria para garantir a unidade do Império após a morte de Seleuco.</div>
<div style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQJ2Wtw7Yql32Ccr8Lh_ehyphenhyphenNZgwQHtFl7w5BDriX_iRBb8iv99snvOIsXgbIWCdxRr_u1KriFb2z5t2EAKRDeJZPKRHzvpkeskqib0Zq0HDVK6OHLqvUI32F_iJyBe1gduA5lelh6EbDYf/s1600/SC_130@43.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQJ2Wtw7Yql32Ccr8Lh_ehyphenhyphenNZgwQHtFl7w5BDriX_iRBb8iv99snvOIsXgbIWCdxRr_u1KriFb2z5t2EAKRDeJZPKRHzvpkeskqib0Zq0HDVK6OHLqvUI32F_iJyBe1gduA5lelh6EbDYf/s1600/SC_130@43.jpg" height="312" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do reinado de Seleuco I cunhada em c. de 294 a.C. em Selêucia do Tigre trazendo a efígie de Zeus e<br />
a representação da deusa Atena Promacos("a que guerreira na frente") conduzindo quatro elefantes: em suas<br />
moedas Seleuco demonstra e propaga a crença de que seu reino foi divinamente estabelecido</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Problema Demétrio </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Cassandro, rei da Macedônia, morrera em 298. Seu sucessor Filipe IV governou brevemente e morreu. Seus outros filhos, Alexandre V e Antípatro disputavam o trono o que deu ensejo a Demétrio que intervisse em 294 e se tornasse o novo rei da Macedônia. Apesar desse sucesso, as relações de Demétrio e seu antigo e poderoso genro estavam deterioradas. Antes de partir para a Grécia, Demétrio recusara vender a Cilícia para Seleuco bem como retirar suas guarnições de Tiro e Sidon, mesmo que tivesse que enfrentar outras “batalhas de Ipso”. Demétrio parece ter entendido as propostas de Seleuco como se o tratasse como um mero mercenário. Independente do romance entre Antíoco e Estratonice, a separação de Seleuco da filha de Demétrio caiu-lhe bem, pois rompia os vínculos de aliança com seu sogro. Em 294 Seleuco invadiu e conquistou a Cilícia. Os reis Ptolomeu do Egito, Lisímaco da Trácia e Pirro do Épiro passaram a atacar Demétrio cujo caráter beligerante representava uma ameaça para todos. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbnqPxD2sGj0OWbPRQPffKm2j2PFpaPNfa3Nx2LCm4SK0zg3djRzVGjwSQesim5-KJJo7EduWF5ZIfd960weteAkVi3ehtug5CLrsn6Qf9Kq26fnuOpJSPoUsQUE50hDpZUtlyorZAbArM/s1600/diadochi_map_02.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbnqPxD2sGj0OWbPRQPffKm2j2PFpaPNfa3Nx2LCm4SK0zg3djRzVGjwSQesim5-KJJo7EduWF5ZIfd960weteAkVi3ehtug5CLrsn6Qf9Kq26fnuOpJSPoUsQUE50hDpZUtlyorZAbArM/s1600/diadochi_map_02.gif" height="336" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os reinos helenísticos em 289 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Em 287 Demétrio é expulso da Macedônia por Pirro e Lisímaco que dividem o reino entre si. Em 286 ele volta à Ásia e invade a Cilícia de Seleuco. No entanto, Demétrio não devastara a Cilícia e confiando na benevolência de seu antigo genro escreve a Seleuco solicitando ajuda. Seleuco ordena a seus generais na região que supram as necessidades de Demétrio e seus homens. Porém, a presença do beligerante Demétrio Poliorcetes (“o assediador de cidades”) na Cilícia poderia ameaçar a corte selêucida na Síria. Pátrocles, conselheiro do rei, alertou Seleuco do perigo que um homem com as habilidades e ambições de Demétrio representava. Anuindo ao conselho de Pátrocles, Seleuco reúne um exército e marcha pessoalmente para a Cilícia. Tal movimento alarmou Demétrio que fugiu para as cordilheiras do Taurus e buscou negociar com Seleuco a manutenção de um pequeno reino entre os bárbaros e não ser entregue a seus inimigos. Seleuco disse que em troca de reféns, Demétrio poderia passar algum tempo na Cataônia. Demétrio estava cercado por todos os lados. Lisímaco, cujas forças também encurralavam Demétrio, ofereceu ajuda a Seleuco. Mas, esse tinha dúvidas se deveria temer mais a Lisímaco em seus territórios do que a Demétrio e recusou a oferta. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqYgjepEPrZPjEZuONtqnKmdWdilFUTvXgw1X5nTgvoOvHlP61cL-BLZaVohao72_iqaOjh1jZQCmri_kSek1lUfr32H3Sfs-AL3_RTcSCEFZsc23XH-xsxLLPLQzqO6BhvzRkPk8Zq5sq/s1600/SC_256@3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqYgjepEPrZPjEZuONtqnKmdWdilFUTvXgw1X5nTgvoOvHlP61cL-BLZaVohao72_iqaOjh1jZQCmri_kSek1lUfr32H3Sfs-AL3_RTcSCEFZsc23XH-xsxLLPLQzqO6BhvzRkPk8Zq5sq/s1600/SC_256@3.jpg" height="302" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">moeda do reinado de Seleuco I cunha em local incerto entre 290 e 281 trazendo as imagens de um cavalo com chifres,<br />
provavelmente Bucéfalo, o célebre cavalo de Alexandre Magno, e uma âncora símbolo do Império Selêucida:<br />
Seleuco unia assim um dos símbolos do grande rei macedônio ao símbolo de seu império</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Acossado por todos os lados, Demétrio resolve partir para a Síria e enfrentar Seleuco. Não obstante o ânimo renovado de seus guerreiros, Demétrio adoeceu gravemente (já tinha cerca de 50 anos vividos sob guerras e extravagâncias). Alguns de seus soldados se dispersaram e outros desertaram para Seleuco. Mas, o Poliorcetes recuperou-se e deixou a Cicília saqueando a região de Cirréstica. Por fim os dois exércitos se enfrentaram. Apesar de sua tenacidade, a moral de Demétrio junto a seus homens já estava abalada (como acontecera na perda do trono da Macedônia). Seleuco, sem capacete, apenas com um escudo leve para proteger-lhe a cabeça, e valendo-se do respeito que os macedônios tinham pelos antigos generais de Alexandre Magno, convidou os soldados de Demétrio a desertar e passar para seu lado. Um grande número de soldados desertou e aclamou Seleuco como seu rei. Demétrio, com um punhado de seguidores, fugiu tentando alcançar o porto de Calnus. Mas, teve que se refugira nas matas da região. Dadas as dificuldades em prosseguir até o litoral, foi sugerido que Demétrio que se rendesse a Seleuco. Demétrio, indignado, desembainhou a espada e ia suicidar-se, mas foi detido por seus amigos que o convenceram a entregar-se a Seleuco. O rei, demonstrando benevolência, enviou um conhecido de Demétrio, Apolonides, para trazê-lo enquanto preparava um pavilhão régio para recepcionar seu antigo sogro que viveria em Antioquia com um nobre cortesão.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2oiEf_fIQMc63mxvqQvE3bYFKnk97TR_mzN1uYjbDLKsiXoy9s05upu95xK-GyeecrfFReXadNv5jM4Au8VUTlQfr-94Zg87tOkvXewjeP8sLqu_rXtDPGTAnCaOli4y-2lEcsieIsVQH/s1600/SC_006-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2oiEf_fIQMc63mxvqQvE3bYFKnk97TR_mzN1uYjbDLKsiXoy9s05upu95xK-GyeecrfFReXadNv5jM4Au8VUTlQfr-94Zg87tOkvXewjeP8sLqu_rXtDPGTAnCaOli4y-2lEcsieIsVQH/s1600/SC_006-1.jpg" height="334" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda de Seleuco I cunhada em Sardes entre 312 e 281 a.C. trazendo a efígie de Medusa <br />
(símbolo de proteção) e a representação de um touro atacando (símbolo de força)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Porém, o entusiasmo que os cortesões selêucidas demonstraram em ter Demétrio na corte alarmaram Seleuco. Apesar de tudo, Demétrio ainda era uma celebridade do Mundo Antigo: filho do rei Antígono Monoftalmo, além de guerreiro experiente, era amante de festividades; de personalidade carismática, era autor de várias façanhas e sobrevivente de inúmeros infortúnios. Não tardou que aqueles que viam em Demétrio uma séria ameaça instigassem Seleuco, já alarmado, a mudar suas disposições iniciais. Quando Demétrio chegou, uma guarda o cercou e sem ao menos ver Seleuco, o levou para uma lugar chamado Quersoneso Sírio, uma curva do rio Orontes, próximo da cidade de Apameia da Síria. Porém, foi tratado com inúmeros privilégios e regalias e não obstante às promessas de liberdade de Seleuco, Demétrio não passava de um prisioneiro de luxo. Pensa-se que Seleuco conservava Demétrio como uma espécie de arma que poderia usar contra seus inimigos quando necessário. Antígono II Gônotas, filho de Demétrio e governante da Grécia, e outros líderes helenísticos solicitaram a Seleuco a libertação de Demétrio; Lisímaco, porém, prometeu dinheiro a Seleuco se esse o matasse, o que não foi aceito. Seleuco disse que além de um ato de má-fé seria um ato vil contra um próprio familiar (afinal de contas, Seleuco fora genro de Demétrio que agora era sogro de Antíoco). Demétrio ficou sob a guarda de Antíoco, filho de Seleuco, e de sua filha Estratonice. Parece que Seleuco pretendia restaurar Demétrio ao trono da Macedônia atribuindo o crédito de sua decisão à Antíoco. Entretanto, o Poliorcetes entregou-se a bebedeira e jogos visando amenizar seu infortúnio acabando por morrer de embriaguez em 283 a.C.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio2Q8WAyAMti8oqDTWTfhbdEaB_H6_d0UqazWGiLiHFW_ghHGHxIMol3UJNcGAYs-yCl4W-qqq9jI29Cq5ZS_KYo2hcgp8NIXno6a8wFByT7IvLeTNScYecPcMjICHAlNnJ4BXGbOPCroo/s1600/king-demetrius-i-poliorcetes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio2Q8WAyAMti8oqDTWTfhbdEaB_H6_d0UqazWGiLiHFW_ghHGHxIMol3UJNcGAYs-yCl4W-qqq9jI29Cq5ZS_KYo2hcgp8NIXno6a8wFByT7IvLeTNScYecPcMjICHAlNnJ4BXGbOPCroo/s1600/king-demetrius-i-poliorcetes.jpg" height="640" width="478" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Demétrio I Poliorcetes: após lutar contra todos, foi vencido por si mesmo/</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<b>Intrigas Palacianas</b></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
</div>
A descendência real de Cassandro fora eliminada em 294 e Antígono II Gônotas, neto de Antígono I Monoftalmo, lutava na Grécia para manter alguma posição de liderança no que sobrara do reino de seu pai Demétrio Poliorcetes. Dos oficiais de Alexandre Magno, apenas Seleuco, Ptolomeu e Lisímaco estavam vivos. Todos septuagenários, mas reis fortes e ainda ambiciosos o suficientes para aproveitar oportunidades de ampliar seus domínios. Essa oportunidade veio a Seleuco com as intrigas na corte de Lisímaco. Agátocles, primogênito de Lisímaco com Niceia, filha de Antípatro, estava destinado a ser o sucessor de seu pai e era popular entre seus súditos além de hábil guerreiro. Arsínoe, a atual esposa de Lisímaco, e filha de Ptolomeu I, entretanto, queria garantir a sucessão no trono para seus filhos (Ptolomeu, Filipe e Lisímaco Júnior). Assim, Arsínoe envenenou a mente do rei envelhecido contra seu filho, acusando-o de tramar contra Lisímaco. Pressionado pelas constantes acusações e pela crescente popularidade de Agátocles, Lisímaco jogou-o na prisão e ordenou que ele fosse morto sob a acusação de que estava tramando contra o rei. A morte de Agátocles foi um golpe terrível no reinado de Lisímaco.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRdQgAJIQcNVa42Ueov-ThxPIIPzAHKbTmzxLsJfvcLgJclNea4u4rgsWnapkTYUGDTauwvZl-b9kzFACHSdaS4Ft4E7MHxmPsQRKnHAUobUT8clGfpwvYEtaq7YuAxAnAcFwX7Eu-Exoz/s1600/lysimachus_naples.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRdQgAJIQcNVa42Ueov-ThxPIIPzAHKbTmzxLsJfvcLgJclNea4u4rgsWnapkTYUGDTauwvZl-b9kzFACHSdaS4Ft4E7MHxmPsQRKnHAUobUT8clGfpwvYEtaq7YuAxAnAcFwX7Eu-Exoz/s1600/lysimachus_naples.JPG" height="400" width="263" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lisímaco: um dos últimos companheiros vivos de Alexandre<br />
Magno governava a Macedônia, a Trácia e grande parte da Ásia<br />
Menor em 282 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Por assassinar seu filho, Lisímaco ganhou o ódio de seus súditos, dos quais muitos suportavam seu governo esperando ver dias melhores com Agátocles no trono. Muitas cidades-Estado da Ásia eclodiram em franca revolta; Lisandra, viúva de Agátocles, também filha de Ptolomeu I, refugia-se com Seleuco junto com seu irmão Ptolomeu Cerauno (primogênito de Ptolomeu I que fora retirado da linha de sucessão em favor de Ptolomeu II). Alexandre, outro filho de Lisímaco, também adere à revolta e vai para a corte de Seleuco.Nessa época Seleuco estava na Babilônia, onde recebeu os refugiados. O fiel eunuco de Lisímaco, Filetero, a quem ele tinha confiado a guarda do tesouro em Pérgamo, renunciou à sua lealdade, aderiu à causa de Lisandra e comunicou a um arauto de Seleuco que os tesouros de Pérgamo estavam à disposição do rei da Ásia. Muitos homens do próprio exército de Lisímaco estavam insatisfeitos e rumaram em direção à Síria. Lisandra e Ptolomeu Cerauno pediram o auxílio a Seleuco para vindicar seus direitos na Trácia e no Egito. Centenas de vozes se levantam para pedir ao rei Seleuco que lute contra Lisímaco como um salvador que combate um tirano.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUOZVOyv-RKFixJqFmTsqTIHoJF8rAlgi7G_kDimqW6QCqbarKYqxllMejSMWSm1PTxtLfRXFSnfp9sBdv4WrHZcXC0x1ywu6Q44tQZcpr8g0I4eC81dGF_eNGvjhWZhlE_X7HEHfRTOGc/s1600/philetairos_angle.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUOZVOyv-RKFixJqFmTsqTIHoJF8rAlgi7G_kDimqW6QCqbarKYqxllMejSMWSm1PTxtLfRXFSnfp9sBdv4WrHZcXC0x1ywu6Q44tQZcpr8g0I4eC81dGF_eNGvjhWZhlE_X7HEHfRTOGc/s1600/philetairos_angle.jpg" height="400" width="305" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Filetero, tesoureiro de Lisímaco: ele colocaria o tesouro de Pérmano <br />
nas mãos de Seleuco. Posteriormente, manteve Pérgamo independente dos Selêucidas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Não obstante a idade já avançada de Seleuco, era uma oportunidade de se intervir em seu próprio proveito na política da Trácia e do Egito. Na Trácia ele poderia colocar um filho de Lisandra e Agátocles no trono e bem como poderia colocar Ptolomeu Cerauno no trono egípcio influenciando de alguma forma os dois reinos. Não obstante, se fosse muito bem sucedido, o próprio Seleuco poderia incorporar esses reinos ao seu já vasto império. Realizaria Seleuco o sonho de Antígono Monoftalmo de governar sozinho o que sobrara do império de Alexandre? Ainda na Babilônia Seleuco começou a reunir um exército para enfrentar seu novo adversário. </div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiIArzX791pAF63Y3arp_WAKTx3Mn0hLGi6Jj6Cl-BJpgRRCijRlchwB94k3goqzdjCbf-94NyuokUxMJTl8fldzKbcFUVD67K-byr9tEXMHXGJirvjqaI-6VHbngNkZIseUrkHKoWhIbn/s1600/SC_308b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiIArzX791pAF63Y3arp_WAKTx3Mn0hLGi6Jj6Cl-BJpgRRCijRlchwB94k3goqzdjCbf-94NyuokUxMJTl8fldzKbcFUVD67K-byr9tEXMHXGJirvjqaI-6VHbngNkZIseUrkHKoWhIbn/s1600/SC_308b.jpg" height="294" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda comemorativa cunhada por Filitero, governante de Pérgamo, em torno de 280-269, <br />
com a inscrição "[do] rei Seleuco" e as representações de Héracles e Zeus</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Última Batalha dos Diádocos</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Lisímaco se preparou para enfrentar Seleuco renovando sua aliança com o Egito pelo casamento de sua filha Arsínoe I com o rei Ptolomeu II Filadelfo. Mas, não há registro de nenhum apoio egípcio a Lisímaco no confronto que se seguiu. Seguindo o apelo popular, Seleuco invadiu os territórios de Lisímaco na Ásia Menor. Teodoto, aliado de Lisímaco que se voltara para Seleuco, tomou Sardes e Alexandre, filho de Lisímaco, tomou Cotyaium, ambas na Frígia. Segundo Jonas Lendering, Seleuco parecia reivindicar terras que pertenceram ao Império Persa, do qual era agora o sucessor. Lisímaco responde a invasão cruzando o Helesponto e os exércitos inimigos se defrontam na planície de Corus, conhecida como Corupédio. Era fevereiro de 281. Ptolomeu I morrera em 282. Lisímaco (c. 80 anos) e Seleuco (c. 77 anos) eram os únicos diádocos e oficiais de Alexandre Magno ainda vivos. As fontes disponíveis não fornecem detalhes da batalha. Certamente Seleuco usou seus elefantes e Lisímaco, a falange macedônica. Ao final do dia o exército de Lisíamco fora derrotado. O próprio Lisímaco morreu, atingido por uma lança arremessada por certo Malacon de Heracleia, que lutava por Seleuco. Lisandra solicitou a Seleuco que deixasse o corpo do velho rei insepulto, mas Seleuco o entregou a Alexandre, filho de Lisímaco, que o sepultou perto de Lisimáquia. Seleuco agora era também senhor de toda a Ásia Menor e presumível senhor da Trácia e Macedônia, onde Lismímaco fora rei. Mas, antes de tomar posse de qualquer território na Europa o rei da Ásia deveria administrar suas conquistas recentes.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq-uJHQPDeQ7iJnECw06zrKdqdiRIpPqBHJBZYGMPfJt_mBTpRpUgNofjqafdaabk3yqQp0kLsMIe5e5JQyYFfBPFimSQDu19z_0QnMgrb4FpmbFmbRVrGs7JP5Ow1vWVQm3njQ8hyTIwe/s1600/seleucid_empire.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq-uJHQPDeQ7iJnECw06zrKdqdiRIpPqBHJBZYGMPfJt_mBTpRpUgNofjqafdaabk3yqQp0kLsMIe5e5JQyYFfBPFimSQDu19z_0QnMgrb4FpmbFmbRVrGs7JP5Ow1vWVQm3njQ8hyTIwe/s1600/seleucid_empire.jpg" height="370" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os reinos helenísticos antes da batalha de Corupédio</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Administrando a Ásia Menor</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de passar a Europa, Seleuco tentou lidar com a administração da Ásia Menor. A região era etnicamente diversa, composta por cidades gregas, uma aristocracia persa remanescente e vários povos nativos. Havia muitas guarnições de Lisímaco ainda na Ásia. Mas, a notícia da vitória de Seleuco em Corupédio foi suficiente para abafar rebeliões. Em Éfeso, onde estava a esposa de Lisímaco, a rainha Arsínoe, a população entrou em alvoroço e logo procurou mostrar fidelidade ao novo rei. Arsínoe só conseguiu escapar da cidade por que se disfarçou. Mas algumas regiões não se submeterem. Seleuco tentou submeter a Capadócia, que era semi-independente, mas não conseguiu. Filetero, o antigo tesoureiro de Lisímaco, governava a cidade de Pérgamo de forma independente. Por outro lado, Seleuco aparentemente fundou uma série de novas cidades na Ásia Menor para implementar seu governo.
Poucas das cartas de Seleuco enviadas para diferentes cidades e templos ainda existem. Todas as cidades da Ásia Menor enviaram embaixadas ao seu novo governante . É relatado que Seleuco reclamou sobre o grande número de cartas que recebeu e foi forçado a ler. Ele era aparentemente um governante popular. Na cidade de Lemnos ele foi celebrado como um libertador e um templo foi construído para homenageá-lo. De acordo com um costume local, Seleuco foi sempre ofereceu um copo extra de vinho durante o jantar. Seu título durante este período foi Seleuco Sóter (" libertador, salvador" ). </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6xU7Gqy69-FQfqkVhI7XMBIZx8JjC-0z-IZFmgMWB-dzmAvCdfw254-oOGz8HUkRYKL0lblDZLJIkIXhLkbD_3nZu0BC_RkWYhuAdAROYheV8jLJYJVlbrbrqM-R4GDywQmpUMyQWqIUZ/s1600/500px-Seleucos_Nicator_Louvre_Ma3597_n3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6xU7Gqy69-FQfqkVhI7XMBIZx8JjC-0z-IZFmgMWB-dzmAvCdfw254-oOGz8HUkRYKL0lblDZLJIkIXhLkbD_3nZu0BC_RkWYhuAdAROYheV8jLJYJVlbrbrqM-R4GDywQmpUMyQWqIUZ/s1600/500px-Seleucos_Nicator_Louvre_Ma3597_n3.jpg" height="400" width="332" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Representação de Seleuco jovem: ao vencer Lisímaco, <br />
o rei da Ásia tinha quase 80 anos</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Mas o rei da Ásia não era nenhum garoto e precisava consolidar seus domínios na Europa. Os descendentes de Lisímaco que poderiam reivindicar o trono do pai na Trácia e Macedônia não tinham a força e a popularidade de Seleuco, agora o único sucessor de Alexandre Magno vivo. Seleuco já fora declarado cidadão honorário de Atenas e possivelmente após consolidar seu domínio na Macedônia e Trácia, o rei-general se voltaria para a Grécia como seu libertador de Antígono II Gônotas, que governava a região. Mas o velho rei tinha que agir logo antes que sua estadia na Ásia despertasse novas ambições e problemas. Seleuco ainda tinha em sua comitiva Ptolomeu Cerauno, filho primogênito de Ptolomeu I, em nome do qual ainda poderia intervir no Egito. Estaria Seleuco destinado a reconstruir o império de Alexandre Magno? Ou o velho soldado queria voltar a sua terra natal e terminar seus dias como rei da Macedônia deixando o império asiático para seu filho? De qualquer maneira Seleuco, ansioso para ver sua terra natal, parte para a Europa sem completar a organização de seus domínios na Ásia. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihCFYFmQYpWup5D11kFpHneibkdW8QCXPrdkJAKsngsoB3UiFA-M7yO8ZDUWab7SEMmKknRHrda3gvNozcN_YxAxknVTYM1QvcAC9cRzzB2JlUZASmziIP4Gl8ff6jvUbcn2eDoiEChgQM/s1600/9834.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihCFYFmQYpWup5D11kFpHneibkdW8QCXPrdkJAKsngsoB3UiFA-M7yO8ZDUWab7SEMmKknRHrda3gvNozcN_YxAxknVTYM1QvcAC9cRzzB2JlUZASmziIP4Gl8ff6jvUbcn2eDoiEChgQM/s1600/9834.jpg" height="320" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda de Seleuco com a efígie de Atena cunhada na Babilônia com a inscrição: "[do] rei Alexandre"<br />
Estaria Seleuco Nicátor destinado a governar o império conquistado por Alexandre Magno. </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Último Diádoco </b></div>
<div style="text-align: justify;">
No verão de 281 Seleuco cruza o Helesponto e desembarca no Quersoneso Trácio. Parte do exército o acompanhou, inclusive Ptolomeu Cerauno, e rumaram em direção a Lisimáquia. Seleuco acolhera Cerauno em seu infortúnio em atenção a seu pai, seu antigo amigo e aliado, e andava com ele em todos os lugares que ia. Próximo à cidade havia um monumento ligado à mitologia dos Argonautas, lendários desbravadores gregos do Mar Negro. Seleuco e Ptolomeu com uma pequena comitiva foram em direção ao local. Enquanto Seleuco observava o monumento e ouvia as histórias relacionadas a ele, Ptolomeu rapidamente esfaqueou Seleuco, tomou-lhe o diadema e montou em um cavalo e rumou para Lisimáquia. Dizem que o apelido de Cerauno (em grego <i>keraunós</i>, raio, relâmpago) se deve a rapidez com que matou o rei e fugiu. Segundo Pausânias, Ptolomeu também era chamado de <i>keraunós</i> devido ao seu caráter aventureiro. Percebendo que Seleuco não pretendia lhe restaurar o trono do Egito (conforme o havia prometido segundo um fragmento de texto atribuído ao historiador Memnon de Heracleia) só lhe restava governar o que sobrara do reino de Lisímaco onde já fora cortesão e era irmão da rainha. Ptolomeu Cerauno também era neto do velho regente Antípatro e sobrinho do rei Cassandro. A Macedônia, ora sem rei e há alguns anos sem estabilidade política, estava mais perto das ambições de Cerauno do que o distante Egito. Apesar da traição de Ptolomeu, esteve obteve o apoio do exército estacionado em Lisimáquia. Possivelmente, oficiais de Seleuco já estavam conspirando com Cerauno, que partiu com o exército para a Macedônia e se torna o novo rei. Segundo Apiano, Seleuco tinha grande curiosidade sobre locais ligados à palavra “Argos” devido a um oráculo em que ele encontraria seu fim, antes da hora, num lugar desses. A quem pense que a morte por traição de Seleuco foi uma vindicação do Destino de sua participação no assassinato de Pérdicas. Porém essa participação não é claramente confirmada pelas fontes disponíveis. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOgupljd9cIYW66PrdPaA_yhkbPo2aqYZdRcHAX58rp8Trt9bDQ6O1z76D3JIFZa6NAgc0ya8IXXt8hL-scg8Lt1M09P9PcCS-k_x3Hu-tScjEg2C0afzoxQpSxkGbjS-XPGwZbFiaMGY5/s1600/BCHP_end_seleucus_BM_32235obv.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOgupljd9cIYW66PrdPaA_yhkbPo2aqYZdRcHAX58rp8Trt9bDQ6O1z76D3JIFZa6NAgc0ya8IXXt8hL-scg8Lt1M09P9PcCS-k_x3Hu-tScjEg2C0afzoxQpSxkGbjS-XPGwZbFiaMGY5/s1600/BCHP_end_seleucus_BM_32235obv.jpg" height="626" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tablete babilônico (BCHP 9) que menciona a morte de Seleuco I Nicátor: o texto acádico cuneiforme é conhecido<br />
como a "Crônica do Fim de Seleuco", pois descreve os últimos dias do seu reinado</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Segundo ainda Apiano, Filetero, o príncipe de Pérgamo, comprou o corpo de Seleuco de Cerauno por grande soma de dinheiro, queimou-o, e enviou as cinzas a seu filho Antíoco, o qual depositou-as em Selêucia Piéria, onde erigiu um templo para seu pai em terreno consagrado, ao qual ele deu o nome de Nicatoreum. Uma fonte babilônica indica que Seleuco morreu entre de agosto a de setembro de 281. Antíoco I, o novo rei da Ásia, começou a propagar um culto em torno de seu pai bem como de sua origem relacionada ao deus Apolo. Religiosidade política à parte, Antíoco I tinha diante de si a árdua tarefa de governar e manter o império conquistado por seu pai que ia das montanhas do Hindu Kush ao Bósforo (dos atuais Afeganistão à Turquia). Inesperadamente é uma palavra que pode qualificar a trajetória de Seleuco. Após a morte de Alexandre Magno (323 a.C.) recebera tão somente uma função militar (hiparca), inesperadamente torna-se sátrapa da rica Babilônia (320) a qual perde, mas a reconquista e amplia (312) tornando-se rei (306) da porção oriental do Império Macedônico. Em 301 define em Ipso a vitória dos diádocos contra Antígono Monoftalmo que pretendia governar todo Império Macedônico. Em 282, quando aparentemente nada mais havia para conquistar, a crise doméstica na casa de Lisímaco bate a sua porta e lhe oferece a oportunidade de conquistar a Ásia Menor e quem sabe o Egito, a Trácia e sua querida terra natal, a Macedônia. Assim como um relâmpago veio essa oportunidade, como um relâmpago lhe foi tomada pelo seu assassinato. Seleuco Nicátor, o conquistador do Oriente, o vencedor dos Diádocos, tombava não pela guerra, mas pela traição, que não leva em consideração fracos ou poderosos para agir e sempre foi o grande e letal inimigo daqueles que marcaram a História.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcUjY1ueCXuFbAO95GE5dOaHT8F9tasJR7cwdikvFtOj7Aar9V5YFtnbl15CZ4mVjIYgxo8pIWVKVAmuXNswHiePihw6usjJSfKHn1A5AU0yW-U8q7E2IqDw_ZXxsqnemvHlx-RGIOv3Xl/s1600/SC_149@1.1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcUjY1ueCXuFbAO95GE5dOaHT8F9tasJR7cwdikvFtOj7Aar9V5YFtnbl15CZ4mVjIYgxo8pIWVKVAmuXNswHiePihw6usjJSfKHn1A5AU0yW-U8q7E2IqDw_ZXxsqnemvHlx-RGIOv3Xl/s1600/SC_149@1.1.jpg" height="312" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda de Seleuco com um boi atacando (símbolo de força invencível) e a efígie do deus Apolo, de quem Seleuco<br />
era devoto. Após sua morte seus descendentes propagaram o mito de que Seleuco era filho de Apolo<br />
<br /></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
FONTES:<br />
http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Diodorus_Siculus/20C*.html#note19
http://www.livius.org/man-md/mathishta/mathishta.html<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Chersonese<br />
http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/10/demetrio-i-poliorcetes-294-288-ac-parte.htm.l
http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-end_seleucus/seleucus_02.html
http://www.cristoraul.com/ENGLISH/readinghall/GalleryofHistory/House-of-Seleucus/Chapter-6-FROM-IPSUS-TO-THE-DEATH-OF-SELEUCUS.html<br />
http://www.art-in-duesseldorf.de/archive/archiv_der_kunstakademie_dsseldorf.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atena_Promacos<br />
http://www.antikforever.com/Cartes/carte_villes_seleucides.gif
http://www.livius.org/a/1/greeks/lysimachus_naples.JPG
http://www.utexas.edu/courses/citylife/imagesr/philetairos_angle.jpg
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/seleukos_I/SC_308b.jpg
http://www.utexas.edu/courses/fallofgreece/seleucid_empire.jpg<br />
http://www.acsearch.info/record.html?id=9834
http://www.livius.org/a/1/mesopotamia/BCHP_end_seleucus_BM_32235obv.jpg
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/seleukos_I/SC_149@1.1.jpg
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-30563391125241772132014-01-18T13:23:00.001-08:002014-01-26T12:47:49.861-08:00SELEUCO I NICÁTOR (312 – 281 a.C.) - PARTE VII<div style="text-align: justify;">
<b>A Quarta Guerra dos Diádocos (307 - 301 a.C.) </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Embora estivesse em campanha no Oriente, Seleuco não ignorava a guerra que se desenrolava no Ocidente entre Antígono e seu filho Demétrio contra os demais diádocos. Cada um pretendia ser apenas rei em seu território, mas Antígono parecia querer restaurar a unidade do império de Alexandre em seu favor. Sendo o mais vulnerável de todos, Cassandro buscou a paz com Antígono (302 a.C.), mas esse queria uma rendição total o que equivaleria entregar o reino da Macedônia a Antígono, o que Cassandro recusou. Ele rompeu as negociações e a guerra foi retomada. Entretanto, Cassandro convocou seus aliados Ptolomeu do Egito, Lisímaco da Trácia e Seleuco da Babilônia para virem em seu auxílio. Afinal de contas, Antígono era um inimigo comum. Demétrio, precisando ajudar seu pai na Ásia, concluiu um armistício com Cassandro e retornou para o Oriente, onde Lisímaco, no verão de 302, invadira a parte do reino de Antígono situada na Ásia Menor (atual Turquia). Como Antígono avançara em sua direção e Demétrio chegara da Grécia, Lisímaco ficou preso entre dois exércitos (verão 302). Cassandro enviou reforços, mas marinha de Demétrio os interceptou. No entanto, Lisímaco foi capaz de adiar uma batalha em larga escala, na esperança de que receber mais reforços. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcuHNkaGx8KsHUZJ19dLUGoiFQOgLMH1uQ9M4QoEuyh9KbvI6NrwfvhbeGyTOdpYDvp5ukq_HNYPANj7P4u2Ygp97hReLEcNM5VCBpB5Ro-ZeFmYG95US02-GiDyoYKBVJ0oIKmYJSxYHz/s1600/Diadoch.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcuHNkaGx8KsHUZJ19dLUGoiFQOgLMH1uQ9M4QoEuyh9KbvI6NrwfvhbeGyTOdpYDvp5ukq_HNYPANj7P4u2Ygp97hReLEcNM5VCBpB5Ro-ZeFmYG95US02-GiDyoYKBVJ0oIKmYJSxYHz/s1600/Diadoch.png" height="292" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os reinos dos Diádocos antes de 301 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
No inverno de 301, os Antigônidas estavam próximos de encurralar Lisímaco, quando Ptolomeu invadiu a Síria e deteve o avanço de Antígono. Mas, por fim, Ptolomeu recuou quando recebeu a notícia falsa de que Antígono tinha sido vitorioso contra Lisímaco. Antígono e Demétrio se preparam agora para o golpe decisivo contra Lisímaco. Eles isolaram o seu adversário na Frígia. Naquele momento, porém, Seleuco chegou com seu efetivo. Antígono tentara impedir sua chegada enviando um exército para a Babilônia para fazê-lo recuar, mas Seleuco simplesmente ignorou esse estratagema, certo de que a batalha decisiva seria realizada na Frígia. Então, de repente ele apareceu justamente no campo de Lisímaco reforçando-lhe o efetivo, inclusive com cerca de 400 elefantes. Os exércitos finalmente se enfrentaram a cerca de 50 milhas a nordeste da cidade frígia de Synnada, próxima à aldeia de Ipso.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Batalha de Ipso (301 a.C.) </b></div>
<div style="text-align: justify;">
As fontes disponíveis não permitem reconstituir a batalha com muitos detalhes, mas permitem a seguinte reconstrução: Ambos os lados provavelmente dispuseram suas tropas em formação padrão macedônica, com a falange de infantaria pesada no centro da linha de batalha. Em frente e para os lados da falange,a infantaria leve eramposicionadas para atuar como batedores e proteger os flancos da falange; cavalaria foi dividida entre as duas alas. Na linha dos Antigônidas, Demétrio ordenava o melhor da cavalaria, estacionado na lateral direita. Antígono, com seu guarda-costas pessoal foi posicionado no centro, atrás da falange. Seus 75 elefantes foram mobilizados na frente da linha de batalha com seus guardas de infantaria.
Na disposição dos demais diádocos, o filho de Seleuco, Antíoco, estava no comando da cavalaria na ala esquerda, tradicionalmente a ala mais fraca no sistema macedônico, destinado apenas a escaramuça. No entanto, se tem sido sugerido que nesta ocasião a cavalaria aliada foi dividida igualmente em as duas alas. Não se sabe quem comandou a ala direita, nem onde Lisímaco, Seleuco ou Pleistarco (irmão de Cassandro) estavam posicionados. Parece que cerca de 100 dos elefantes de Seleuco foram colocados na frente da linha de batalha.
A batalha parece ter efetivamente começado com um choque entre os elefantes de ambos os lados. Os elefantes de Antígono e Lisímaco lutaram. Demétrio em seguida manobrou a sua cavalaria em volta dos elefantes, atacando a cavalaria aliada comandada por Antíoco. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2-lauSZtHty0fj2IsSY9mRLAlvNk_7XFetUtZQhQwzLfQxZcvNuwz5OBf2jsN3whLjx2I6MLJZgVzPX-hb72eLr5fQHI-OtwTiTj2LdJxXdL52n3sF1Sl0nPOfeDWlqJ-VTNTqUieL4wx/s1600/800px-Battle_of_ipsus.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2-lauSZtHty0fj2IsSY9mRLAlvNk_7XFetUtZQhQwzLfQxZcvNuwz5OBf2jsN3whLjx2I6MLJZgVzPX-hb72eLr5fQHI-OtwTiTj2LdJxXdL52n3sF1Sl0nPOfeDWlqJ-VTNTqUieL4wx/s1600/800px-Battle_of_ipsus.png" height="416" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Diagrama esquemático da Batalha de Ipso</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Apesar da valentia e vigor do ataque, Demétrio e seus homens acabaram por ficar isolados do campo de batalha.
Demétrio não foi capaz de retornar e levar e manobrar seus cavalos através da linha em grande quantidade de elefantes dos aliados, que, segundo Plutarco, foram jogados em seu caminho. Presume-se que a manobra com os elefantes foi comandada por Seleuco. Com Demétrio isolado do campo de batalha, a falange de Antígono ficou exposta no seu flanco direito. Seleuco, observando que a falange de seus adversários estava desprotegida, investiu em sua direção, mas sem atacá-los diretamente, apenas intimidando-os e dando-lhes uma oportunidade de vir passar para o seu lado. O que de fato aconteceu. Este movimento contra o flanco direito do exército de Antígono provavelmente envolveu o destacando da ala direita da cavalaria dos aliados, incluindo os cavaleiros arqueiros de Seleuco, que poderiam lançar flechas sobre a falange imóvel de Antígono. A moral das tropas antigônidas parece ter entrado em colapso, parecendo ainda que alguns dos da infantaria pesada ou desertaram para o lado aliado ou fugiram. Antígono, posicionado no centro, tentou reunir os seus homens, esperando o retorno de Demétrio. No entanto, ele foi gradualmente cercado pela infantaria aliada e acabou morto por vários dardos lançados por soldados aliados. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0vHpAPj3cmzv48SEjlrFUSsypoUS5rRhMil-8o4yOUj1R7FCH2sNx8Qr5EVGkptx62JycaLVfdJhUaaTld-8j0smcrqf2rfPDWKNs0HU4cnuxEbfFNIe2ls4vJD3mYc5TIvE4vVqLG8aq/s1600/elephants.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0vHpAPj3cmzv48SEjlrFUSsypoUS5rRhMil-8o4yOUj1R7FCH2sNx8Qr5EVGkptx62JycaLVfdJhUaaTld-8j0smcrqf2rfPDWKNs0HU4cnuxEbfFNIe2ls4vJD3mYc5TIvE4vVqLG8aq/s1600/elephants.jpg" height="332" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ilustração da Batalha de Ipso</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Com a morte de seu comandante, a linha de combate antigônida se dissolveu, e a batalha terminou com a vitória dos aliados. Demétrio, conseguindo ainda reunir alguns milhares de homens, escapou para Éfeso de onde partiu para a Grécia. A importância da Batalha de Ipso é ela sepultou a unificação do império de Alexandre (o ideal perseguido tenazmente por Antígono Monoftalmo). Os vencedores dividiram imediatamente os territórios asiáticos de Antígono: Lisímaco tomou grande parte da Ásia Menor, embora as partes do sul (Lícia e Cilícia) foram dadas ao irmão de Cassandro, Pleistarco. Seleuco recebeu a Síria, Fenícia e Palestina, mas descobriu que Fenícia e Palestina estavam ocupadas por Ptolomeu. Eles seriam ponto principal de discórdia entre os Selêucidas e Lágidas (a dinastia de Ptolomeu) nos anos seguintes. Na Capadócia um pequeno Estado surge, governado por Ariarates II, e tornou-se um reino-satélite do Império Selêucida.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQKP-fbx8PlBC7qp7HUgDFv1-5s3QSisMJ_OX38UzbhoRpJEu5eikMhm8cORF2MTcYQdS8r4gN3YiTOS5VU2wDOTp9q6mxM95ZbMr30IKrwgRrdk5j7R1xeBAd4xWyzkH9z8DNEXd5PdAe/s1600/hellenistic_world_301.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQKP-fbx8PlBC7qp7HUgDFv1-5s3QSisMJ_OX38UzbhoRpJEu5eikMhm8cORF2MTcYQdS8r4gN3YiTOS5VU2wDOTp9q6mxM95ZbMr30IKrwgRrdk5j7R1xeBAd4xWyzkH9z8DNEXd5PdAe/s1600/hellenistic_world_301.gif" height="278" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os reinos helenísticos após a batalha de Ipso</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trocando de Amigos e Inimigos</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Ptolomeu, que não lutara em Ipso, controlava a Palestina, a Fenícia, e parte da Síria (Cele-Síria) que teoricamente pertenciam agora ao império de Seleuco, que as reivindicava. Antes da batalha de Ipso, os diádocos unidos contra Antígono haviam atribuído a Palestina e Cele-Síria a Ptolomeu. Porém, no momento mais crítico para os aliados, Ptolomeu recuara com suas forças ante a falsa notícia da vitória de Antígono. Um novo arranjo feito pelos reis vitoriosos entre si depois de Ipso onde a Cele-Síria foi foi atribuída ao império asiático de Seleuco, cujo papel foi fundamental na vitória sobre os Antigônidas. Ptolomeu, no entanto, se recusou a reconhecer o novo arranjo; Seleuco recusou-se a considerar o pacto original como ainda válido, alegando que os despojos deveriam ser repartidos por aqueles que lutaram. Porém, alegando respeito a antiga amizade entre os dois, Seleuco não tomaria nenhuma atitude contra Ptolomeu, mas no momento devido saberia tomar as providências contra os "amigos" que lhe invadiram as terras. Seleuco, no entanto, não conseguiu ampliar o seu reino para o Ocidente. A principal razão foi que ele não tinha tropas gregas e macedônias suficientes. Durante a batalha de Ipso, ele tinha menos homens de infantaria que Lisímaco. Sua força estava em seus elefantes de guerra e na tradicional cavalaria persa.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ12goFBu8BLC_1zrY_cXk6c7X5QJdd2vFgRWZE9v2-ovHOqiE8-2WPs8HcJnSUB0LXAGnyT8zpDYmEm1SISzkg3Mpz90PXR1iWAufTQYdONrd0KEYcESxW0RaaaMzkMJzMseqT_UywsP-/s1600/Ptolemeaus1_Soter.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ12goFBu8BLC_1zrY_cXk6c7X5QJdd2vFgRWZE9v2-ovHOqiE8-2WPs8HcJnSUB0LXAGnyT8zpDYmEm1SISzkg3Mpz90PXR1iWAufTQYdONrd0KEYcESxW0RaaaMzkMJzMseqT_UywsP-/s1600/Ptolemeaus1_Soter.jpg" height="400" width="311" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ptolomeu I Sóter: de amigo passou a inimigo de Seleuco</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Apesar da derrota em Ipso, Demétrio controlava a maior parte do Peloponeso e representava uma constante ameaça para os reino de Cassandro e Lisímaco. Assim Cassandro, Lisímaco e Ptolomeu concluíram um tratado (300 a.C.), que foi confirmado por casamentos: As filhas de Ptolomeu, Arsinoe II e Lisandra, foram dadas a Lisímaco e ao filho de Cassandro, Alexandre, respectivamente.
Demétrio não representava nenhuma ameaça a Seleuco, mas uma guerra com Ptolomeu, fortalecido com a a aliança com Lisímaco e Cassandro, pela posse da Palestina e da Cele-Síria poderia acontecer. Então os antigos rivais Seleuco a Demétrio se aliaram (299) e Seleuco se casou com Estratonice, filha de Demétrio, então com cerca de 17 anos e Seleuco com cerca de 60. Provavelmente sua amada rainha, Apama, havia morrido. Estratonice era filha de Fila, irmã do rei Cassandro e filha de Antípatro, o antigo general e regente da Macedônia.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXHSovJNkWKRFZDID0KuM341yaQkpVgf4TAy4TsgED3pSQBX2uf51vMpYgGEY3LCBz-LxA201D9PkTVOmNpQ9_f52HE9FwsxZwNLikRl9V1EX6MBg8Nbur21CCj3RxK2jOS6UdLxGr1l4e/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXHSovJNkWKRFZDID0KuM341yaQkpVgf4TAy4TsgED3pSQBX2uf51vMpYgGEY3LCBz-LxA201D9PkTVOmNpQ9_f52HE9FwsxZwNLikRl9V1EX6MBg8Nbur21CCj3RxK2jOS6UdLxGr1l4e/s1600/download.jpg" height="400" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Demétrio Poliorcetes: De inimigo passou a sogro e amigo de Seleuco</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Da união tiveram uma filha, também chamada Fila (II). Assim os Selêucidas se aliavam com os Antigônidas. O casamento entre as duas dinastias ocorreriam durante os séculos seguintes. A pedido de Seleuco, Demétrio retornou a Ásia acompanhando sua filha. O casamento de Seleuco com Estratonice foi celebrado em suntuosa cerimônia e Seleuco e Demétrio, antes grandes inimigos, se tratavam como amigos a a tal ponto de dispensarem armas e guarda-costas quando juntos.Demétrio estava agora suficientemente coberto, e expulsou o Pleistarco da Lícia e da Cilícia (298). Ao mesmo tempo, Seleuco invadiu Samaria na Palestina, mas sem tomar posse de terras. A frota de Demério conseguiu destruir a frota de Ptolomeu e Seleuco, assim, não tinha necessidade de temer uma maior intervenção de Ptolomeu. Cassandro estava à beira da morte e não podia intervir, e Ptolomeu ficou tão intimidado pela aliança de Demétrio e Seleuco, que fez um tratado de paz com eles. Seleuco negocia com sucesso o casamento de Demétrio com Ptolemais, filha de Ptolomeu. Seleuco agora se dedicaria a consolidar seu império fundando cidades helenísticas.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHKB5mAaMjgZGgsbJ5N1XeX-kuXy_p5LaYqcyHUdBnW-jvKMgWpZrLFvUm-hDNDW9S4Cn8rgN3UQruCSAEZ0VrzH7uptSs5U-N462XNo39-oTwlQ1KiY1eCxbuA3uaDSX_i3sTAlOM5-TI/s1600/67.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHKB5mAaMjgZGgsbJ5N1XeX-kuXy_p5LaYqcyHUdBnW-jvKMgWpZrLFvUm-hDNDW9S4Cn8rgN3UQruCSAEZ0VrzH7uptSs5U-N462XNo39-oTwlQ1KiY1eCxbuA3uaDSX_i3sTAlOM5-TI/s1600/67.jpg" height="322" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Rotas e mercadorias de comércio helenísticos em c. de 300 a.C..Os reinos de Ptolomeu e Seleuco dominam grandes áreas. Selêucia no Tigre, a antiga capital, e Antioquia, a nova capital selêucida, se ligam às antiga rotas comerciais demonstrando a visão estratégica de Seleuco Nicátor na fundação de suas capitais.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Antioquia, a Nova Capital </b></div>
<div style="text-align: justify;">
A fim de ampliar o seu exército, Seleuco tentou atrair colonos da Grécia continental, fundando quatro novas cidades: Selêucia Piéria e Laodiceia no litoral da Síria e Antioquia e Apameia às margens do rio sírio Orontes. A nova Selêucia, fundada com habitantes de Antigônia, deveria tornar-se a sua nova base naval e uma porta de entrada para o Mediterrâneo, tendo certo <i>status </i>de capital. Seleuco também fundou seis cidades menores. É lhe atribuída ainda a fundação das cidades de Olba (futura Diocesareia dos romanos) e Cyrrhus. Essas cidades teriam sido fundados entre 301 e 298 a.C. Fundou a célebre fortaleza de Dura-Europos, que fundara talvez após a Guerra Babilônica (307 a.C.) para se resguardar de Antígono. Diz-se de Seleuco que tinha uma tão grande paixão para a construção de cidades, que teria construído ao todo nove Selêucias, dezesseis Antioquias e seis Laodiceias .
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZRQSEd_EV23a1R0v4WGwC_deynxSP5Do3FB5tK54Y2wOLHguZMFedbz15Rjnwz1CwbW9zNtfyurd1RXs2_o82dpk3fZqI6wHw9nQ_tz1iun6EhobEAJuLDvSrrY3mMcwXM1ibQaNqHu0w/s1600/carte_villes_seleucides.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZRQSEd_EV23a1R0v4WGwC_deynxSP5Do3FB5tK54Y2wOLHguZMFedbz15Rjnwz1CwbW9zNtfyurd1RXs2_o82dpk3fZqI6wHw9nQ_tz1iun6EhobEAJuLDvSrrY3mMcwXM1ibQaNqHu0w/s1600/carte_villes_seleucides.gif" height="640" width="498" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Seleuco transferiu para a Síria sua corte e centro administrativo onde construiu várias cidades</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Embora tivesse construído seu reino no Oriente e lá tivesse sua primeira capital, Babilônia, e sua nova capital, Selêucia do Tigre, os interesses de Seleuco se voltavam mais para o Ocidente, de onde ele era proveniente e onde seus amigos-rivais estavam em constante atividade que ameaçavam ou apoiavam seus interesses. Sendo assim Seleuco transfere sua capital para Antioquia do Orontes. Parece que Alexandre Magno havia sacrificado a Zeus na localidade da futura cidade e o local também foi escolhido por meio de rituais em honra a Zeus, deus supremo do panteão grego. O nome da cidade honrava tanto a seu pai como seu filho que tinham o nome de Antíoco. A cidade estava situada estrategicamente do ponto de vista econômico e militar, vinculando-se ao comércio de especiarias, à Rota da Seda e à antiga Estrada Real Persa. Começou a sobrepujar Selêucia Piéria no litoral e se tornou a nova capital. Mesmo após a queda do Império Selêucida, Antioquia tornou-se uma das três principais cidades do Império Romano e um dos principais centros do judaísmo helenista e do cristianismo. Hoje é a cidade turca de Antakya.</div>
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifm-TLSq0kVL8TWKOP0K1NpGbPZWKc6IT9YAB-DcpVG87ZP9YNKRf71-AQgTJ_1ZOIXBMcpqtnqFGudGf6RYvyYg8aYII_0YqyDu7zxY04dCtEWqaaIZsFzsIte8zslmqeGBex6hOaqAiv/s1600/SC_013@2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifm-TLSq0kVL8TWKOP0K1NpGbPZWKc6IT9YAB-DcpVG87ZP9YNKRf71-AQgTJ_1ZOIXBMcpqtnqFGudGf6RYvyYg8aYII_0YqyDu7zxY04dCtEWqaaIZsFzsIte8zslmqeGBex6hOaqAiv/s1600/SC_013@2.jpg" height="318" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda do rei Seleuco I Nicátor cunhada em Antioquia (c. de 300 a.C.) retratndo<br />
Héracles (Hércules) e Zeus, duas divindades associadas a Alexandre Magno</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
FONTES:<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_I_Nicator
http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/09/cassandro-rei-em-305-297-ac.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Ipsus
http://www.livius.org/io-iz/ipsus/ipsus.html
http://www.cristoraul.com/ENGLISH/readinghall/GalleryofHistory/House-of-Seleucus/Chapter-6-FROM-IPSUS-TO-THE-DEATH-OF-SELEUCUS.html<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #C9D7F1; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://en.wikipedia.org/wiki/Antioch<o:p></o:p></span></div>
http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm
http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/10/antigono-i-monoftalmo-diadoco-323-301.html
http://forums.totalwar.org/vb/showthread.php?82509-Beta-of-Battle-of-Ipsus-is-up
http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Gazetteer/Places/Africa/Egypt/_Texts/BEVHOP/2*.html<br />
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/seleukos_I/SC_013@2.jpg<br />
http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Diodorus_Siculus/21*.html#1.5
<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Tyche_Antioch_Vatican_Inv2672.jpg<br />
http://www.wildwinds.com/coins/greece/seleucia/seleukos_I/i.html<br />
http://www.ancient.eu.com/image/67/Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-20761065850073143212014-01-11T13:39:00.003-08:002014-01-17T03:44:33.196-08:00SELEUCO I NICÁTOR (312 – 281 a.C.) - PARTE VI<div style="text-align: justify;">
<b>Seleuco conquista o Oriente</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto Antígono se batia contra os demais diádocos no Ocidente, Seleuco reafirmava sua autoridade nos territórios orientais e expandia seus domínios.
Seleuco logo voltou sua atenção mais uma vez para o Oriente. Em 307 esteve na Báctria. O antigo sátrapa Estasanor rendeu-se ou foi derrotado.Segundo o relato de Apiano (Guerras Sírias) Seleuco adquiriu as terras da Mesopotâmia, Armênia, Capadócia Selêucida (região ocidental da Armênia), Pérsia, Pártia, Báctria, Arábia, Tapúria, Sogdiana, Aracósia, Hircânia, e outros povos adjacentes que haviam sido subjugados por Alexandre até o rio Indo de modo que os limites de seu império eram os mais extensos na Ásia após o de Alexandre Magno. Mas, as terras indianas lhe deram trabalho. O agora rei Seleuco travou uma guerra com o rei indiano Chandragupta Maurya que governava uma vasto território na Índia.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAbBZyuDNA8jUC5S3VhyphenhyphenmEP3mWzWgy4AYi-PnuyWylkabzY6TuCd8pS97c1CqMUHSkXMnzKXRDg39mIQXYNjI9rOrLvy2eHRldVlbqvNrMXYFFoBqVtuxGcNJ2y01IUp9cUKtdMI6teZUY/s1600/Chandragupta_Empire_320_BC.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAbBZyuDNA8jUC5S3VhyphenhyphenmEP3mWzWgy4AYi-PnuyWylkabzY6TuCd8pS97c1CqMUHSkXMnzKXRDg39mIQXYNjI9rOrLvy2eHRldVlbqvNrMXYFFoBqVtuxGcNJ2y01IUp9cUKtdMI6teZUY/s1600/Chandragupta_Empire_320_BC.gif" height="537" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Império Maurya em c. de 320 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Guerra e Paz na Índia </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Apenas algumas fontes mencionam suas atividades na Índia. Chandragupta (conhecido em fontes gregas como Sandrokottos), fundador do Império Maurya, havia conquistado o vale do Indo e de várias outras partes das regiões orientais do império de Alexandre. Seleuco começou uma campanha contra Chandragupta e atravessou o Indo, sem, entretanto obter sucesso. Não se sabe o que exatamente aconteceu. Talvez Chandragupta tenha derrotado Seleuco em batalha. No entanto, nenhuma das fontes disponíveis mencionam isso. Seleuco parece ter se saído mal por não ter subjugado a porção indiana do império de Alexandre, mas também pode ter preferido em não insistir numa guerra imprevisível distante de sua capital e com os beligerantes diádocos na sua retaguarda ocidental. Seleuco participara da campanha de Alexandre Magno na Índia. Conhecia os desafios da região e sabia que fora na Índia que os soldados de Alexandre decidiram contestar seu rei e frear a sede de conquistas do guerreiro macedônio. Um tratado de paz com os indianos era a melhor forma Seleuco preservar a maior parte de suas conquistas.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglXgdjT6yGVIaE1TdKYqQ1kA_1GmdwTac5JymDFpjyGyQlePe2fPHsG9zWKaxvBlLywJPl137AAfKlaOCvZZyXEN33pin1w4oXWTnyRlSBIVie8066Bf0vtrwgSSjI2aWT1blMY4Mv1oc3/s1600/587px-Queen_Kumaradevi_and_King_Chandragupta_I_on_a_coin_of_their_son_Samudragupta_350_380_CE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglXgdjT6yGVIaE1TdKYqQ1kA_1GmdwTac5JymDFpjyGyQlePe2fPHsG9zWKaxvBlLywJPl137AAfKlaOCvZZyXEN33pin1w4oXWTnyRlSBIVie8066Bf0vtrwgSSjI2aWT1blMY4Mv1oc3/s1600/587px-Queen_Kumaradevi_and_King_Chandragupta_I_on_a_coin_of_their_son_Samudragupta_350_380_CE.jpg" height="400" width="316" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Estátua moderna do rei Chandragupta Maurya em Déli, Índia</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Os dois líderes chegaram a um acordo e por meio de um tratado selado em 305 a.C. Seleuco cedeu uma quantidade considerável de território indiano para Chandragupta em troca de 500 elefantes de guerra que seriam estratégicos nas próximas batalhas de Seleuco no Ocidente. Os territórios cedidos por Seleuco a Chandragupta foram: Aracósia, Gedrósia, Paropâmiso (região do atual Afeganistão) e talvez também Ária. Alguns estudiosos modernos sugerem que Seleuco deu mais territórios no que é hoje o sul do Afeganistão e partes do rio Indo. Alguns autores afirmam que o argumento relativo a Seleuco entregar mais do que é hoje o sul do Afeganistão é um exagero originário de uma declaração de Plínio, o Velho, referindo-se não especificamente para as terras recebidas por Chandragupta, mas sim as várias opiniões dos geógrafos quanto à definição da palavra "Índia" que na Antiguidade abrangia áreas pertencentes aos atuais Paquistão e Afeganistão.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyIBMQ-Wln1NJcXIeIzoN1k7SN7xWRdmOa5iP1n6M7KdBsfIBowOWQRu-93Yq-ezpBOlAhgBekJDUua-fWEiaBgwRi8I90b5j46V1llvT2yXTIJMhNIfPs4PXriE7baGWBVJf08eqweRH1/s1600/Chandragupta_mauryan_empire_305_BC.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyIBMQ-Wln1NJcXIeIzoN1k7SN7xWRdmOa5iP1n6M7KdBsfIBowOWQRu-93Yq-ezpBOlAhgBekJDUua-fWEiaBgwRi8I90b5j46V1llvT2yXTIJMhNIfPs4PXriE7baGWBVJf08eqweRH1/s1600/Chandragupta_mauryan_empire_305_BC.gif" height="538" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Império Maurya após o acordo de Chandragupta com Seleuco</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
A aliança entre Chandragupta e Seleuco foi selada com um ou mais casamentos (<i>epigamia</i>) entre indianos e macedônios. Segundo Estrabão
os indianos ocuparam em parte alguns dos países situados ao longo do Indo, que antigamente pertenciam aos persas e que foram conquistados por Alexandre Magno. Mas Seleuco Nicátor os cedeu para Sandrocottos (Chandragupta) em consequência de um contrato de casamento, e que recebeu em troca quinhentos elefantes.
Chandragupta ou seu filho se casou com a filha de Seleuco, uma certa Cornélia, ou talvez houvesse o reconhecimento diplomático de casamentos entre indianos e gregos. Há quem pense que Seleuco teria se casado com uma princesa indiana cujo nome foi helenizado para Berenice. Mas, nada disso pode ser assegurado. Além deste reconhecimento matrimonial ou aliança, Seleuco enviou um embaixador, Megastenes, à corte dos Maurya em Pataliputra (a atual Patna no estado indiano de Bihar). Apenas pequenos excertos permaneceram da descrição da Índia que Megastenes escreveu em sua obra <i>Índica</i>.
Os dois governantes parecem ter selado seu tratado de paz em muito bons termos, uma vez que as fontes clássicas têm registrado que após o seu tratado, Chandragupta enviou vários presentes, como afrodisíacos, para Seleuco. Do tratado de paz de Seleuco com os indianos, se obteve maior conhecimento da parte do norte da Índia pelos antigos, como explicado por Plínio, o Velho, em sua <i>História Natural </i>por causa das numerosas embaixadas enviadas por Seleuco para o Império Maurya.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBufrJ5Ko8rbpCRf0h67nMsYFWTDmmu2_0FNribQzwLkxhA05w-ulMBn3co9Eskmrnf1k2LMCBNH5lOCx4mjKfXDLZhcS_15f36rcfxgSHMqrOTOuBh5hlnNudL0tpV4OM5KXBDipcl-A6/s1600/a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBufrJ5Ko8rbpCRf0h67nMsYFWTDmmu2_0FNribQzwLkxhA05w-ulMBn3co9Eskmrnf1k2LMCBNH5lOCx4mjKfXDLZhcS_15f36rcfxgSHMqrOTOuBh5hlnNudL0tpV4OM5KXBDipcl-A6/s1600/a.jpg" height="376" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Reconstituição do mapa de Eratóstenes (276-194) que retrata o mundo conhecido no século III a.C.<br />
e que incorpora informações derivadas das campanhas de Alexandre e Seleuco no Oriente</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
Seleuco aparentemente cunhou moedas durante a sua estada na Índia, uma vez que várias moedas com seu nome estão no padrão indiano e foram ncontradas na Índia. Estas moedas o intitulam <i>basileus</i> (rei) o que implica uma data posterior a 306 a.C. Algumas delas também mencionam Seleuco em associação com seu filho Antíoco como rei, que também implicaria uma data tão tarde quanto 293 a.C. Nenhum das moedas selêucidas foram cunhadas na Índia depois da entrega do território a oeste do Indo para Chandragupta. Uma coisa digna de nota é o contraste da estabilidade do acordo de paz entre o macedônio Seleuco e indiano Chandragupta com os tratados de paz estabelecidos entre os próprios Diádocos, todos macedônios e antigos companheiros de armas que não hesitavam em quebrar suas promessas e fazerem guerras uns contra os outros. Apesar das perdas territoriais na Índia, Seleuco foi aceito como rei por outros príncipes das províncias orientais. Sua esposa iraniana, Apama, pode ter favorecido seu governo na Bactriana e Sogdiana. Apama não era mera concubina de Seleuco, mas sua rainha consorte. Antíoco, filho deles, foi educado como um grego, mas também aprendeu a governar de forma iraniana. Tinha o status de mathišta (príncipe-herdeiro), como no no Império Persa Aquemênida e atuou um sátrapa das partes orientais do império, onde sua mãe havia nascido.
Segundo o historiador John D. Grainger, Seleuco pode ter fundado uma marinha no Golfo Pérsico e no Oceano Índico.
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWuyIZkO-kcnG0Q9bgwA0IFU3b0lH8gypTN1035JOD_rmU3q0JNgViyr5ro9Fh_yaTrZ9xPkaIJ9kJkq7geTaEPzIHg6oscHPRIi6ngEjty9lhfZ26oSweS9rwl8Sw0Nq2tkxFDmPZYxa_/s1600/471526.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWuyIZkO-kcnG0Q9bgwA0IFU3b0lH8gypTN1035JOD_rmU3q0JNgViyr5ro9Fh_yaTrZ9xPkaIJ9kJkq7geTaEPzIHg6oscHPRIi6ngEjty9lhfZ26oSweS9rwl8Sw0Nq2tkxFDmPZYxa_/s1600/471526.jpg" height="320" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Seleuco, o Vencedor: a moeda traza efígie de Seleuco com um elmo adornado de chifres e orelhas de boi e<br />
pele de leopardo e no outro lado a deusa Vitória (Niké) e a armadura do rei</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Selêucia</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
O próximo evento ligado a Seleuco foi a fundação da cidade de Selêucia (<i>Seleukeia</i>). A cidade foi construída na margem do rio Tigre, provavelmente, em 305 a.C. e é mais conhecida como Selêucia do Tigre para distingui-la de outras Selêucias fundadas posteriormente. Seleuco fez de Selêucia do Tigre sua nova capital, imitando, assim, Lisímaco, Cassandro e Antígono, os quais tinham nomeado cidades com seus próprios nomes (Lisimáquia, Cassandreia e Antigônia, respectivamente) seguindo a tradição dos reis da Macedônia Filipe II (que fundara Filipos) e Alexandre Magno (que fundara várias Alexandrias). Seleuco também transferiu a corte da Babilônia para a sua nova cidade. A história da fundação da cidade é a seguinte: Seleuco pediu aos sacerdotes babilônicos que dia seria melhor para fundar a cidade. O sacerdote calculou o dia, mas, querendo que a fundação, e a consequente mudança de capital, não desse certo, disseram a Seleuco uma data diferente. O plano falhou no entanto, porque quando o dia correto veio, os soldados de Seleuco começaram espontaneamente a construir a cidade. Quando questionados, os sacerdotes admitiram a sua ação. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip9fuf3vdVl6KIl2hGkfp6IYilYqSjFZ6ZOGURaIHSv8LlvmLN-dYWrY-iYjOmEoGFk_yLTbvE3dxomaPs3wEWlWjBc_WYJ4a_CunZPAeH6tOJq0XbpVq3ut5XVfNjV05KbIjR6fhngXjD/s1600/seleucia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip9fuf3vdVl6KIl2hGkfp6IYilYqSjFZ6ZOGURaIHSv8LlvmLN-dYWrY-iYjOmEoGFk_yLTbvE3dxomaPs3wEWlWjBc_WYJ4a_CunZPAeH6tOJq0XbpVq3ut5XVfNjV05KbIjR6fhngXjD/s1600/seleucia.jpg" height="472" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ruínas da antiga cidade de Selêucia do Tigre</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A cidade foi povoada inicialmente por gregos, sírios e judeus. Pausânias relata que Seleuco também instalou babilônios na cidade. Posicionada na confluência do rio Tigre com um grande canal do Eufrates, Selêucia foi estava estrategicamente colocada para receber o tráfego de ambos os grandes cursos d'água da Mesopotâmia. Seleucia era um bom lugar para o comércio na margem ocidental do rio Tigre até sua confluência com o rio Diyala na estrada principal para o planalto iraniano. Pode-se perguntar por que Seleuco tenha preferido uma capital localizada na Mesopotâmia em vez das áreas centrais iranianas do antigo Império Aquemênida, do qual o Império selêucida era o sucessor? A riqueza agrícola e comercial da região pode explicar esta escolha bem como sua maior proximidade com o Ocidente (região natal dos Selucidas). De qualquer forma a Mesopotâmia acabou sendo uma boa escolha, pois a região demonstrou ser muito leal à dinastia após Seleuco I. Babilônia ficou logo à sombra de Selêucia e Antíoco, filho de Seleuco, mudou toda a população de Babilônia para Selêucia do Tigre, em 275 a.C.. A cidade prosperou até 165 d.C, quando os romanos destruíram. Atualmente, é um sítio arqueológico a 29 km de Bagdá, Iraque. Com o Oriente sobre controle Seleuco se volta para o Ocidente, onde a vitória de Antígono Monoftalmo sobre os demais diádocos pode botar a perder o que conquistara com tanto esforço.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqxbQ6CQcBnUHTytZkVWFV28P07Q3bOuh8ElEsdbTHo1oFYLCCRQy9PLgmjT40uhaB8G3yGF_fPhpb5cgugHkMVje3pLs1skZAMWPJk0mQr2MfGh7eopx1ByVgnPyzPnza3ltNYQ1G9BWg/s1600/424px-Karte_Seleucia_Ktesiphon.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqxbQ6CQcBnUHTytZkVWFV28P07Q3bOuh8ElEsdbTHo1oFYLCCRQy9PLgmjT40uhaB8G3yGF_fPhpb5cgugHkMVje3pLs1skZAMWPJk0mQr2MfGh7eopx1ByVgnPyzPnza3ltNYQ1G9BWg/s1600/424px-Karte_Seleucia_Ktesiphon.png" height="640" width="452" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sítio arqueológico de Selêucia do Tigre e outras cidades que foram construídas posteriormente nos <br />
arredores, o que demonstra a posição estratégica da primeira capital de Seleuco e sua visão política</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">FONTES:<u1:p></u1:p></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_I_Nicator">http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_I_Nicator</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/war08.html">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/war08.html</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Epigamia">http://en.wikipedia.org/wiki/Epigamia</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><a href="http://www.livius.org/ap-ark/apame/apame_i.html">http://www.livius.org/ap-ark/apame/apame_i.html</a><o:p></o:p></span><u1:p></u1:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Chandragupta_Maurya">http://en.wikipedia.org/wiki/Chandragupta_Maurya</a><o:p></o:p></span><u1:p></u1:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><a href="http://theminiaturespage.com/boards/msg.mv?id=255681">http://theminiaturespage.com/boards/msg.mv?id=255681</a><o:p></o:p></span><u1:p></u1:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="mw-headline"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucia">http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucia</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sel%C3%AAucia_do_Tigre">http://pt.wikipedia.org/wiki/Sel%C3%AAucia_do_Tigre</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><a href="http://fr.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9leucie_du_Tigre">http://fr.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9leucie_du_Tigre</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<u1:p></u1:p>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span class="mw-headline"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><a href="http://www.lsa.umich.edu/kelsey/fieldwork/pastfieldwork/seleuciaonthetigrisiraq192732193637_ci">http://www.lsa.umich.edu/kelsey/fieldwork/pastfieldwork/seleuciaonthetigrisiraq192732193637_ci</a><o:p></o:p></span><br />
<a href="http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm">http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm</a></div>
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-48812319465779186242014-01-07T14:31:00.001-08:002014-01-11T11:13:05.647-08:00SELEUCO I NICÁTOR (312 – 281 a.C.) - PARTE V<div style="text-align: justify;">
<b>A Guerra Babilônica </b></div>
<div style="text-align: justify;">
A luta de Seleuco contra Antígono Monoftalmo pela posse da Babilônia e dos territórios orientais ficou conhecida como Guerra Babilônica (311-309 a.C.). Quase imediatamente à tomada de Babilônia por Seleuco, o sátrapa da Média, Nicanor, e o sátrapa da Ária, Euagoras, aliados de Antígono, marcharam em direção à Babilônia, mas Seleuco se preparou para enfrentá-los perto do rio Tigre. Seleuco escondeu-se com seus homens nos pântanos da região enquanto Nicanor e Euagoras pensavam que ele tinha recuado. À noite, Seleuco atacou. Quando Euagoras foi morto durante a batalha, seus homens se passaram para o lado de Seleuco, e Nicanor foi forçado a recuar. Os soldados de Euagoras também aderiram a Seleuco por causa de sua insatisfação com Antígono, segundo Diodoro Sículo. Enfim, Seleuco tomou imediatamente a capital de Nicanor, Ecbátana, e alistou os soldados da cidade em seu próprio exército. Seleuco e seus homens agora marcharam para o sul, onde capturaram a cidade de Susa, acrescentando a satrápia de Susiana (o antigo Elão) a seus domínios. Logo, a Média inteira foi adicionada. Nicanor morreu em combate segundo Apiano. Segundo Diodoro Sículo, Nicanor teria escrito a Antígono sobre a atuação de Seleuco e fugiu para o deserto onde morreu. Estasanor, sátrapa da Báctria e da Sogdiana se manteve neutro durante o conflito. Em cerca de meio ano, Seleuco havia se tornado um poderoso governante, e segundo Apiano, como foi muito bem sucedido na guerra foi apelidado de <i>nikátor</i>, palavra grega que significa vencedor. Seleuco era senhor da maior cidade do mundo (a Babilônia) e com amplos recursos humanos e materiais a seu dispor. Segundo Diodoro Sículo, Seleuco escreveu a Ptolomeu e amigos informando de suas vitórias, mas não como um mero governador, mas verdadeiramente como um dos diádocos, um dos futuros reis sucessores de Alexandre Magno.
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYUYTkUfwRtyF811TfYpslW7OT48Pvn8A2asRKP5xGdqJ1sTe7EiaDrH65TocyX5EIc4HMUm1ZhwuKWmAJZcD4pMPRLxdSY2dBy26mIA8BulnHvUmQ4c2zePCxHbuo2alo32NaN0hRZIRi/s1600/IshtarGate1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYUYTkUfwRtyF811TfYpslW7OT48Pvn8A2asRKP5xGdqJ1sTe7EiaDrH65TocyX5EIc4HMUm1ZhwuKWmAJZcD4pMPRLxdSY2dBy26mIA8BulnHvUmQ4c2zePCxHbuo2alo32NaN0hRZIRi/s1600/IshtarGate1.jpg" height="392" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Portão de Ishtar, uma das entradas para a cidade de Babilônia e uma das maravilhas do Mundo Antigo:<br />
Nas celebrações do Ano Novo babilônico certamente Seleuco se encontrava próximo a ela.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Campanha de Demétrio</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Antígono aproveitou a trégua com Ptolomeu, Cassandro e Lisímaco para atacar Seleuco, que retornara à</div>
<div style="text-align: justify;">
Babilônia antes do tratado de paz de 311. Enquanto os demais diádocos foram mantidos como governadores de suas possessões em nome do rei-menino Alexandre IV, Seleuco não foi incluído no tratado. Portanto, o único apoio efetivo que Seleuco podia contar para manter sua posição era o de seus homens, de suas armas e dos babilônios que já o viam como seu novo rei. Com suas fronteiras ocidentais tranquilizadas, Antígono enviou seu filho Demétrio Poliorcetes com a missão de derrotar Seleuco e recuperar os territórios perdidos. Seleuco ainda estava na Média quando Demétrio chegou a Babilônia (início de 310 a.C.).
Pátrocles, que havia sido estabelecido como general da Babilônia por Seleuco, ao saber que o inimigo estava nas fronteiras da Mesopotâmia, não ousou aguardar a sua chegada já que ele tinha poucos homens para enfrentá-lo, mas ele deu ordens para os civis deixarem a cidade, encaminhando alguns deles para além do Eufrates e refugiarem-se no deserto; outros atravessaram o rio Tigre e se colocaram sob a proteção de Euteles, governador do Elão e da região do Golfo Pérsico. </div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-j6JY9Tu3cjIPFXhJxnR0SV_odr_ZIEE1FK3bIlSB9qNJhsOMYMQ6-UpcimX0Rx5LMcdVF6GcF95KpxgPoXDiFcA6xpchDMjkhUhHdYuQO5Nia7uO4FvSC3r0SLNvzPejsjbgWaIIpgY0/s1600/demetrius_poliorcetes_louvre.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: justify;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-j6JY9Tu3cjIPFXhJxnR0SV_odr_ZIEE1FK3bIlSB9qNJhsOMYMQ6-UpcimX0Rx5LMcdVF6GcF95KpxgPoXDiFcA6xpchDMjkhUhHdYuQO5Nia7uO4FvSC3r0SLNvzPejsjbgWaIIpgY0/s1600/demetrius_poliorcetes_louvre.JPG" height="320" width="248" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px;">Demétrio, filho de Antígono que combateu Seleuco</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Pátrocles e seus soldados que tinha usando cursos de rios e canais como defesas, continuaram se movendo sobre na satrápia, observando os movimentos de Demétrio e ao mesmo tempo enviando uma mensagem para Seleuco na Média sobre o que estava ocorrendo ao longo do tempo e solicitando a enviar ajuda o mais rápido possível.
Quando Demétrio, chegando à Babilônia, encontrou a cidade abandonada, ele começou a cercar dois palácios da cidade que serviam como cidadelas. Um deles entregou a seus homens para pilhagem e o outro a sitiou por alguns dias. Tendo expirado o prazo que lhe estabelecera seu pai para a conquista da cidade, Demétrio teve que retornar. Deixou Arquelau, um de seus amigos, para continuar o cerco, dando-lhe 5.000 homens de infantaria e 1.000 de cavalaria, enquanto retornava para o Ocidente. Enquanto isso Seleuco organizou um estratagema de guerrilhas contra Arquelau para enfraquecê-lo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwgG6iz4LLQkARyde_Pr09F_GZ74O67qlsOMZ7XKcOSfrZpaQlStTEEbRQOmuDmfoCVV3duSMyvgJ8wga65awEaRxKMlBknIm7Zo8s3Dt2Kx3qYh4dTsAgGQaG5Wh9TVvTbBRWa7a_gcHX/s1600/coin_seleucus_bab_310.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwgG6iz4LLQkARyde_Pr09F_GZ74O67qlsOMZ7XKcOSfrZpaQlStTEEbRQOmuDmfoCVV3duSMyvgJ8wga65awEaRxKMlBknIm7Zo8s3Dt2Kx3qYh4dTsAgGQaG5Wh9TVvTbBRWa7a_gcHX/s1600/coin_seleucus_bab_310.jpg" height="320" width="295" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda babilônica de Seleuco cunhada em 310:<br />
A cunhagem de moedas era um símbolo de independência política.<br />
Veja-se acima do leão o símbolo selêucida da âncora</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Campanha de Antígono</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Em agosto de 310, o próprio Antígono chegou a Babilônia. Houve lutas nas ruas, mas Antígono foi incapaz de capturar todos os edifícios que ele queria tomar, e parece ter deixado a cidade em marco 309, embora a luta no campo durou até depois de 10 de abril do mesmo ano, dia de Ano Novo no calendário babilônico. Ao que tudo indica a presença de Antígono na cidade foi desastrosa (saques, opressões) talvez devido ao apoio que a população tenha dado a Seleuco. Durante o verão, Antígono realizou campanhas punitivas na região e Seleuco continuou sua tática de guerrilha em vez de um enfrentamento direto. A luta deve ter tido um efeito devastador sobre a cidade e a zona rural da Babilônia. Os preços das mercadorias subiram grandemente, como está registrado pelo autor das chamadas Crônicas dos Diádocos, tablete de argila que registra em escrita acádica cuneiforme as lutas dos Diádocos desde a morte de Alexandre Magno até o confronto entre Antígono e Seleuco na Babilônia. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcwHxL6Q-YPtaOORJYrskbrm4RS7RIXsxvZkWTdBm1Pi8fkOQM48cWS5o0BiTa1tOKcek14R8-L8dlrK5LyP0C1nu_k25a34zzny8iOTPHehcoeWnyxRtRPJR4HB8dm6CRans3oof-TQPk/s1600/BCHP_diadochi_10_rev.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcwHxL6Q-YPtaOORJYrskbrm4RS7RIXsxvZkWTdBm1Pi8fkOQM48cWS5o0BiTa1tOKcek14R8-L8dlrK5LyP0C1nu_k25a34zzny8iOTPHehcoeWnyxRtRPJR4HB8dm6CRans3oof-TQPk/s1600/BCHP_diadochi_10_rev.jpg" height="640" width="542" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tablete de argila conhecido como Crônica dos Diádocos: ela narra em acádico e em escrita cuneiforme<br />
acontecimentos desde a morte de Alexandre Magno até a luta de Seleuco e Antígono na Babilônia</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente, Seleuco e Antígono se enfrentaram em uma batalha em grande escala. Na ocasião do embate, resolveram adiar a batalha para o dia seguinte. De acordo com o autor grego Polieno, antigo historiador militar, Seleuco ordenou aos seus homens que tomassem seu desjejum durante a noite, e atacassem antes do amanhecer. Seus inimigos estavam com fome e despreparados, e Antígono foi obrigado a voltar para a Síria (30 ou 31 de agosto de 309 a.C.). Jonas Lendering, assinala que, embora não seja impossível, esse relato sobre a causa da derrota de Antígono não inspira confiança, uma vez que esse era um dos mais hábeis generais de Alexandre Magno. De qualquer forma, a Crônica dos Diádocos confirma que houve batalha entre Antígono e Seleuco e que ao fim Seleuco assumiu o título general, isto é, o estratego da Ásia, líder militar e político. Antígono não insistiu em combater seu rival. As duas partes devem ter concluído algum tratado de paz, pois Antígono se voltou para o Ocidente, onde Ptolomeu aumentava seus territórios e influência sobre o Mar Egeu ameaçando as fronteiras ocidentais de seus domínios. Ambos os lados fortificaram de suas fronteiras. Antígono construiu uma série de fortalezas ao longo do rio Balikh enquanto Seleuco construiu algumas cidades, incluindo Dura-Europos e Nisibis. Seleuco agora estava uma mão livre para construir seu reino no Oriente.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9A9i8n0aoIBB_kzuxFQ9jtHbq0ecnIjnl9W1XiYdNDivl1oOEQgTv-6MEB8w2hF71vmuOg_AIQN4ANROF-7xM8Y4ncYDvJV7IMxSXXtSKA60qXCkzElkzTZJRLQQGRiPpsgL_cBaBYdnh/s1600/Diadoch3.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9A9i8n0aoIBB_kzuxFQ9jtHbq0ecnIjnl9W1XiYdNDivl1oOEQgTv-6MEB8w2hF71vmuOg_AIQN4ANROF-7xM8Y4ncYDvJV7IMxSXXtSKA60qXCkzElkzTZJRLQQGRiPpsgL_cBaBYdnh/s1600/Diadoch3.gif" height="344" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A fim da Guerra Babilônica, Seleuco tomara os territórios orientais de Antígono</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Nascem os Reinos Helenísticos</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto Antígono enfrentava Seleuco na Babilônia, os demais Diádocos não permaneceram quietos. Ptolomeu conquistou Chipre (primavera de 309) e no Mar Egeu reorganizou a Liga Nesiótica, que fora criada por Antígono, em seu favor. No mesmo ano, Lisímaco, que governava a a Trácia e porções da Ásia Menor, fundou a cidade de Lisimáquia e Cassandro, receoso de perder sua regência ante movimentos populares que reivindicavam que o rei Alexandre IV, então com 14 anos, já assumisse o poder, mandou matá-lo e a sua mãe. A dinastia dos Argéadas que havia fundado e governado a Macedônia por cerca de 500 anos fora enfim exterminada. O rei vivo já era uma fraca desculpa para os Diádocos não proclamarem plenamente sua independência e reivindicarem a realeza sobre os territórios que governavam. Com o rei morto, nada mais impedia isso. Hércules, suposto filho bastardo de Alexandre Magno, também fora assassina do por Poliperconte que aliara-se a Cassandro. Em 307, Antígono enviou seu filho Demétrio à Grécia e ele trouxe a Liga Nesiótica novamente sob seu controle, e inesperadamente, desembarcou em Atenas, onde foi reconhecido como libertador e “deus”. Isso iniciou a Quarta Guerra dos Diádocos. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP_Mj4482zwTU1gjYz7NGuSkpSyVQAdLqoIWtX3GajKASWY51xPmEe8Qw0uyQDW2_iPo_sM_bRWyxQjeaqP4FpxKySYeXf_7Ks1ori1A-a7nFZbe_yWJvOyYZG58vqUuepgZ1LuECYJsWO/s1600/Antigone_le_Borgne_(pi%C3%A8ce).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP_Mj4482zwTU1gjYz7NGuSkpSyVQAdLqoIWtX3GajKASWY51xPmEe8Qw0uyQDW2_iPo_sM_bRWyxQjeaqP4FpxKySYeXf_7Ks1ori1A-a7nFZbe_yWJvOyYZG58vqUuepgZ1LuECYJsWO/s1600/Antigone_le_Borgne_(pi%C3%A8ce).jpg" height="206" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda de Antígono I Monoftalmo com a inscrição "do rei Antígono"</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cassandro perdeu o controle da Grécia e tentava reorganizar o seu próprio território. Ele não podia apoiar Ptolomeu, que agora tinha de suportar sozinho o peso do ataque de Demétrio que arrebatara Chipre do domínio egípcio. Quando a notícia da vitória de Demétrio chegou a Antígono ele foi proclamado basileus, isto é, rei. Era inevitável que em algum tempo um dos diádocos se proclamasse reis. Afinal, todos os descendentes masculinos de Alexandre, o Grande, e seu pai, Filipe II estavam mortos. Quando a notícia foi relatada aos seguidores de Ptolomeu no Egito, eles também o proclamaram rei (no caso desse, faraó). Lisímaco, que fundara uma cidade com seu nome, começou usar a coroa, e assim também Seleuco (desde 306 a.C.) começou a adotar o título de rei. Cassandro, no entanto, embora os outros escreveram para ele e se dirigissem a ele como rei, continuou a escrever cartas com o mesmo estilo de antes, sem usar o título, o qual assumiu em 305 a.C. O Império Alexandrino se desfizera de vez e em seu lugar nasciam os reinos helenísticos, dentre eles o reino dos Selêucidas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNoSpacing">
FONTES:</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/war06.html">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/war06.html</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Nicanor_(satrap)">http://en.wikipedia.org/wiki/Nicanor_(satrap)</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.livius.org/ap-ark/appian/appian_syriaca_12.html">http://www.livius.org/ap-ark/appian/appian_syriaca_12.html</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.pothos.org/content/index.php?page=seleucus">http://www.pothos.org/content/index.php?page=seleucus</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t21.html">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t21.html</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-diadochi/diadochi_05.html">http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-diadochi/diadochi_05.html</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://es.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B3nicas_mesopot%C3%A1micas">http://es.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B3nicas_mesopot%C3%A1micas</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t20.html#palace">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t20.html#palace</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-diadochi/polyaenus.html">http://www.livius.org/cg-cm/chronicles/bchp-diadochi/polyaenus.html</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t23.html">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t23.html</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.crystalinks.com/sumergods1.htm">http://www.crystalinks.com/sumergods1.htm</a></div>
<a href="http://www.livius.org/a/1/greeks/demetrius_poliorcetes_louvre.JPG">http://www.livius.org/a/1/greeks/demetrius_poliorcetes_louvre.JPG</a><br />
<div class="MsoNormal">
<a href="http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/10/antigono-i-monoftalmo-diadoco-323-301.html">http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/10/antigono-i-monoftalmo-diadoco-323-301.html</a><span style="background: white;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-37951647309050117922014-01-05T14:42:00.001-08:002014-01-11T12:29:41.412-08:00SELEUCO I NICÁTOR (312 – 281 a.C.) - PARTE IV<div style="text-align: justify;">
<b>A Terceira Guerra dos Diádocos (314-311 a.C.)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de chegar no Egito, Seleuco enviou emissários à Grécia para informar Cassandro na Macedônia e Lisímaco na Trácia acerca do poder e ambições de Antígono. Sendo Antígono agora o mais poderoso dos Diádocos e os outros logo se aliaram contra ele. O principal instigador dessa coalizão foi Seleuco. Antígono tinha praticamente todos os recursos asiáticos do Império em suas mãos e sua autoridade se estendia desde as satrápias mais orientais até a Síria e a Ásia Menor. Apesar de toda a independência dos diádocos e da variação de seus poderes e riquezas, formalmente eles seriam iguais entre si subordinados ao rei Alexandre IV, filho de Alexandre, o Grande, então sob tutela do regente Cassandro da Macedônia devido a sua menoridade. Os Diádocos enviaram um ultimato a Antígono: todo o dinheiro que ele capturara dos tesouros do Oriente deveria ser redistribuído com os demais diádocos (visto que eram fruto das conquistas de Alexandre da qual todos participaram) e que ele ainda teria que desistir de suas conquistas no Oriente. Os aliados exigiram ainda que Seleuco fosse autorizado a voltar para a Babilônia como governador. Naturalmente, Antígono, que trabalhara arduamente para conquistar seu poder, recusou. Eclodia uma nova guerra: A Terceira Guerra dos Diádocos.<br />
<div style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgneaGcHClvCQMyW0Ty1HDGryTwV0MJew0tAbDg5LstgTfvNkpveE75oHhZF7F2ujVtm45492blKGH86hoqsIb3npwDR4e3hnNGqzG2rBpb8unBXfg5LpZIiGTrt0O76yySBqQ3fSH2kKXO/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgneaGcHClvCQMyW0Ty1HDGryTwV0MJew0tAbDg5LstgTfvNkpveE75oHhZF7F2ujVtm45492blKGH86hoqsIb3npwDR4e3hnNGqzG2rBpb8unBXfg5LpZIiGTrt0O76yySBqQ3fSH2kKXO/s1600/download.jpg" height="400" width="398" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Antígono Monoftalmo (o caolha) retratado no filme <i>Alexandre</i> (2002) de Oliver Stone:<br />
o general macedônio queria ser o senhor de todo império de Alexandre</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Em 314, Antígono invadiu a Síria e a Fenícia, que estava sob o controle de Ptolomeu. Fez aliança com o Poliperconte, o regente nominal do império que controlava apenas o Peloponeso, o qual cedeu a Antígono, após considerável remessa de dinheiro, o cargo de regente do Império Macedônico. Antígono aproveitando-se da impopularidade de Cassandro arvorou-se em campeão da causa greco-macedônica. Ele convocou uma assembleia geral de suas tropas e acusou Cassandro de executar injustamente a mãe de Alexandre Magno, Olímpia, e que ele prestasse conta do destino da rainha-mãe Roxane e do rei Alexandre IV (que Cassandro mantinha sob custódia numa fortaleza em Anfípolis e que não eram vistos em público há algum tempo). Cassandro e seus aliados foram declarados inimigos da causa greco-macedônica e Antígono começou a mobilizar esforços contra eles e, se possível, ao final do conflito, ser o único senhor do Império Macedônico.</div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b>Seleuco, o Almirante</b><br />
<div style="text-align: justify;">
No Egito, Seleuco atuou um almirante sob Ptolomeu. Ao mesmo tempo, ele que começou o cerco de Tiro, cidade fenícia, Antígono fez uma aliança com a ilha de Rodes, poderosa confederação comercial. A ilha tinha uma localização estratégica e sua marinha era capaz de impedir que os aliados combinassem suas forças.
Por causa da ameaça de Rodes, Ptolomeu deu a Seleuco uma centena de navios e o mandou para o Mar Egeu. A frota era pequena demais para derrotar Rodes, mas era grande o suficiente para forçar Asandro, o sátrapa da Cária, aliar-se com Ptolomeu. Para demonstrar o seu poder, Seleuco também invadiu a cidade de Eritrea, no litoral da Ásia Menor. Ptolomeu, sobrinho de Antígono, atacou Asandro. Seleuco retornou a Chipre, onde Ptolomeu I tinha enviado seu irmão Menelau, juntamente com 10.000 mercenários e 100 navios. Seleuco e Menelau começaram a sitiar Quítion. Antígono enviou a maior parte de sua frota para o Mar Egeu e seu exército para a Ásia Menor. Em missão no Mar Egeu, Seleuco visitou o oráculo de Apolo em Dídimos, Mileto, e o oráculo teria declarado que ele seria rei.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHceo7yjRLnFJvcG2GA9bheTaiRRHbrmhhpCUUygRS4N8DMU3Tm48COf38ETtStM34gQEjyWtvFlwrYlwQO9aS1iiJJL5tmWWy0cs0z7FYYITkfB8tG4AAv9XG9rjRfXhD6ShQ14hN70pi/s1600/ElephantArmor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHceo7yjRLnFJvcG2GA9bheTaiRRHbrmhhpCUUygRS4N8DMU3Tm48COf38ETtStM34gQEjyWtvFlwrYlwQO9aS1iiJJL5tmWWy0cs0z7FYYITkfB8tG4AAv9XG9rjRfXhD6ShQ14hN70pi/s640/ElephantArmor.jpg" height="324" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Batalha de Gaza em 312 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Retorno do Sátrapa</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Ptolomeu derrotara Demétrio, filho Antígono, na batalha de Gaza em 312 a.C. obtendo uma grande vitória sobre as forças antigônidas. É provável que Seleuco tenha tomado parte na batalha. Peiton, filho de Agenor, a quem Antígono havia nomeado como o novo sátrapa da Babilônia, caiu na batalha. A morte de Peiton deu Seleuco uma oportunidade para voltar a Babilônia, ao que parece que estava preparado. Ptolomeu deu a Seleuco 800 homens de infantaria e 200 de cavalaria. Ele também tinha os seus amigos que o acompanhavam, talvez os mesmos de 50 que fugiram com ele da Babilônia. Neste momento, Antígono cometeu o maior erro de sua vida, na opinião do historiador alemão Jona Lendering, ao não dar a devida atenção a ida Seleuco para a Babilônia. Antígono se concentrou nas forças combinadas de Ptolomeu, Cassandro e Lisímaco que o ameaçavam no Ocidente. O historiador Apiano relata que quando Seleuco estava voltando para recuperar a Babilônia, ele tropeçou numa pedra e que, quando ele fez esta pedra ser desenterrada uma âncora foi encontrada sob ela. Os adivinhos ficaram alarmados com esse prodígio, pensando que pressagiava atraso, mas Ptolomeu que acompanhou o episódio, disse que uma âncora era um sinal de segurança, não de atraso. Por esta razão, segundo esse historiador, quando Seleuco se tornou rei, usou uma âncora gravada em seu anel de sinete, símbolo de sua vitória e de seu reino e posteriormente de sua origem “divina”.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs1ZXVEJxym5IcIQxJ8LL7OHiw2ZQ6zzqObzYJDfTX2dtewZK-Z2QAzokuCBp1vqUoAh6jVj-H5Hf48dVUI-clJ9_l3Bxrz0MTXF3bGzUULCn8DK9lniS_l02JboIN3K2EECi-0BaidezH/s1600/ElephantArmor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs1ZXVEJxym5IcIQxJ8LL7OHiw2ZQ6zzqObzYJDfTX2dtewZK-Z2QAzokuCBp1vqUoAh6jVj-H5Hf48dVUI-clJ9_l3Bxrz0MTXF3bGzUULCn8DK9lniS_l02JboIN3K2EECi-0BaidezH/s1600/ElephantArmor.jpg" height="387" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda selêucida com a âncora de Seleuco</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
No caminho para a Babilônia, Seleuco recrutou mais soldados das colônias ao longo do percurso. Ele finalmente tinha cerca de 3.000 soldados. Seleuco encorajava seus soldados a seguirem-no numa expedição de êxito duvidoso e longe dos aliados ocidentais com a convicção de que o oráculo de Apolo em Dídimos havia-lhe assegurado que ele seria rei. Seleuco, segundo Diodoro Sículo, exortou seus homens com o exemplo de Alexandre Magno e seus homens e o próprio Alexandre em sonho lhe assegurara sua futura vitória e liderança. Segundo o mesmo historiador, Seleuco também inspirava grande respeito em seus soldados. Quando em seu avanço entrou Mesopotâmia, a ele aderiram macedônios da região. Quando ele chegou à Babilônia, a maioria dos habitantes veio ao seu encontro dando-lhe apoio e prometendo ajudá-lo uma vez que Seleuco fora um governador generoso no seu tempo anterior como sátrapa. Durante o tempo do governo de Antígono, os templos babilônicos foram saqueados e o povo oprimido. O lugar-tenente de Peiton, Difilo, barricou-se na fortaleza da cidade junto com os que permaneciam ainda fiéis a Antígono. Seleuco conquistou a Babilônia com grande velocidade e a fortaleza também foi capturada rapidamente.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGZwLIsTLcxO8VyXgximsDoIpkE9NM-iZoRxPLboxwC6EKoPb2m84qQBH9fX-XMIzGZWCEUbcz5cDuc-bjc6QMpbpIbxgxMeedgfeLHqDAIRd-MKYuSulIJKqCQQepm9iN7lk7PMcCqr2S/s1600/Temple-Apollo-Didyma-Turkey.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGZwLIsTLcxO8VyXgximsDoIpkE9NM-iZoRxPLboxwC6EKoPb2m84qQBH9fX-XMIzGZWCEUbcz5cDuc-bjc6QMpbpIbxgxMeedgfeLHqDAIRd-MKYuSulIJKqCQQepm9iN7lk7PMcCqr2S/s1600/Temple-Apollo-Didyma-Turkey.jpg" height="428" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ruínas do santuário de Apolo em Dídima (Turquia): o deus grego teria revelado a Seleuco que ele seria o rei da Ásia</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A chamada Crônica Babilônica menciona um estratagema de Seleuco envolvendo as águas do rio Eufrates, mas o relato não é claro. Os habitantes o receberam com entusiasmo. Amigos de Seleuco que tinham ficado na Babilônia foram libertados do cativeiro. Seu retorno vitorioso para a foi posteriormente considerado como o início oficial do Império Selêucida e esse ano, 312 a.C., como o primeiro da era Selêucida (segundo a contagem babilônica seria o ano 311 a.C.). Antígono e seu filho Demétrio não poderiam derrotar em curto prazo a coalizão de Ptolomeu, Lisímaco e Cassandro. De igual forma esses, apesar da união de suas forças, não conseguiram derrubar Antígono. Um tratado de paz (“a paz dos Dinastas”) foi concluído entre esses diádocos. Ptolomeu e Lisímaco foram confirmados em seus territórios; Cassandro e Antígono permaneceram comandantes supremos das forças macedônias na Europa e na Ásia; as cidades gregas foram reconhecidas por todas as partes como "livres e autônomas" (mas Cassandro manteve guarnições em vários lugares), e que foi acordado que o rei menino Alexandre IV se tornaria o único governante de todo o império quando ele atingisse a maioridade em 305 a.C. Estabelecida a trégua no Ocidente, Antígono poderia se voltar para o Oriente e enfrentar Seleuco.</div>
</div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRFqNVdTboM6a3hn2ti722a1JkVeIjjt0vNahueB5Eyb8gupkJBRy2XwronuM6dLjokS7DBOc0QkF3-O9DvWYmD9B01vX7z3bJRoUFFZm0sSFIQHg7NNuDDgt-luh5EmEyN_yeedWcNXRn/s1600/602px-Seleucos_I_Bucephalos_coin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRFqNVdTboM6a3hn2ti722a1JkVeIjjt0vNahueB5Eyb8gupkJBRy2XwronuM6dLjokS7DBOc0QkF3-O9DvWYmD9B01vX7z3bJRoUFFZm0sSFIQHg7NNuDDgt-luh5EmEyN_yeedWcNXRn/s1600/602px-Seleucos_I_Bucephalos_coin.jpg" height="397" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda de Seleuco com a efígie de Bucéfalo, o famoso cavalo de Alexandre Magno.<br /> Seleuco, como os outros diádocos procuravam se associar ao grande conquistador<br />para legitimar sua autoridade</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><b>FONTES:</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_I_Nicator">http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_I_Nicator</a></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t08.html">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t08.html</a></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<a href="http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/10/antigono-i-monoftalmo-diadoco-323-301.html">http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/10/antigono-i-monoftalmo-diadoco-323-301.html</a></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/chrono.html">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/chrono.html</a></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/war05.html">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/war05.html</a><span style="background: #C9D7F1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 6.5pt; line-height: 115%;"> </span></span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucid_era">http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucid_era</a><sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 6.5pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></sup></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.mlahanas.de/Greeks/History/Battles/Gaza312.html">http://www.mlahanas.de/Greeks/History/Battles/Gaza312.html</a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="http://www.persianempire.info/seleucid.htm">http://www.persianempire.info/seleucid.htm</a><br />
<a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t20.html#palace">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t20.html#palace</a><br />
<a href="http://de.petersommer.com/gallery/temple-apollo-didyma-turkey-photo/">http://de.petersommer.com/gallery/temple-apollo-didyma-turkey-photo/</a><br />
<a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t23.html">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t23.html</a></div>
</div>
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-7298249802170711082013-12-27T05:14:00.000-08:002013-12-27T05:14:36.051-08:00SELEUCO I NICÁTOR (312 – 281 a.C.) - PARTE III<div style="text-align: justify;">
<b>A Segunda Guerra dos Diádocos (319-315 a.C.) </b></div>
<div style="text-align: justify;">
A morte do regente Antípatro em 319 desencadeou as ambições furiosas dos Diádocos. Antípatro nomeou como seu sucessor na regência a Poliperconte, um amigo e antigo companheiro de armas, que lutara na campanha de Alexandre. Mas, Cassandro, filho de Antípatro, recusou-se a aceitar a decisão do pai. Para enfraquecer o apoio a Cassandro, Poliperconte fez com que o inepto rei Filipe III nomeasse Eumenes, o partidário de Pérdicas, como o novo comandante dos exércitos da Macedônia na Ásia em detrimento de Antígono, que fora nomeado por Antípatro. Uma reviravolta instalava-se no frágil Império Macedônico onde os aliados passam a ser adversários e vice-versa: É a Segunda Guerra dos Diádocos.
No Oriente, Peiton, o sátrapa da Média, começou a expandir seu poder nas satrápias orientais e reuniu um grande exército de talvez mais de 20.000 soldados. Porém, ele foi finalmente derrotado por Peucestas de Persis e outros sátrapas em uma batalha travada na Pártia. Peiton fugiu em direção a Média, mas seus adversários não o seguiram. Enquanto isso Eumenes e seu exército haviam chegado à Cilícia, mas tiveram que recuar quando Antígono chegou à região.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzlKwzzC2s8LWRXuP5N_lbxgBmYnUqjFYA253Ed0Bd9MS3Wdm1psPGc2FMpseCy__15fX90zm7H9oVcKh7ByuI41TBMQFqFO5Fhmn1rR2MrPFqq9q8WjiWPghW5GH28CAcLlGcjPsteJ3a/s1600/Roxana_with_Alexander_IV_Aegus_the_son_of_Alexander_the_Great.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="436" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzlKwzzC2s8LWRXuP5N_lbxgBmYnUqjFYA253Ed0Bd9MS3Wdm1psPGc2FMpseCy__15fX90zm7H9oVcKh7ByuI41TBMQFqFO5Fhmn1rR2MrPFqq9q8WjiWPghW5GH28CAcLlGcjPsteJ3a/s640/Roxana_with_Alexander_IV_Aegus_the_son_of_Alexander_the_Great.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 14px;">Eumenes de Cárdia com </span><span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 14px;">Roxane com Alexandre IV nos braços por Alessandro Vorotari (1588 -1649</span><span style="background-color: white;"><span style="color: #222222;"><span style="line-height: 14px;">):</span></span><br /><span style="color: #222222;"><span style="line-height: 14px;"> o ex-secretário de Alexandre Magno lutaria até fim pelo herdeiro do trono da Macedônia e seu império</span></span></span></span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A situação era difícil para Seleuco. A quem apoiar? Eumenes e seu exército estavam ao norte da Babilônia e Antígono o seguia com um exército ainda maior; Peiton estava na Média e seus oponentes em Susiana. Antígenes, sátrapa de Susiana, aliou-se a Eumenes. Antígenes estava na Cilícia, quando a guerra entre ele e Peiton, que se aliara a Antígono, começou.
Peiton chegou à Babilônia, no outono ou no inverno de 317. Peiton tinha perdido um grande número de tropas, mas Seleuco tinha ainda menos soldados. Eumenes decidiu marchar para Susa, na primavera de 316. Os sátrapas em Susa aparentemente aceitaram as reivindicações Eumenes de sua luta em nome do legítimo regente (Poliperconte) da família real contra o usurpador Antígono. Eumenes marchou com seu exército para a Babilônia e tentaram atravessar o rio Tigre. Seleuco tinha que decidir de que lado ficar. Ele enviou dois trirremes e alguns navios menores para impedir a travessia de Eumenes. Ele também tentou aliciar seus antigos comandados constantes no exército adversário para se juntar a ele, mas isso não aconteceu. Seleuco também enviou mensagens para Antígono. Por causa de sua falta de tropas, Seleuco ão tinha como realmente enfrentar diretamente Eumenes. Ele abriu o dique do rio, mas a inundação resultante não deteve Eumenes. Na primavera de 316, Seleuco e Peiton juntam-se a Antígono, que seguia Eumenes desde Susa. Daí Antígono foi para a Média, de onde ele poderia intimidar as províncias orientais. Ele deixou Seleuco com um pequeno número de tropas para impedir Eumenes de alcançar o Mediterrâneo. Sibírcio, sátrapa da Aracósia, que inicialmente apoiara Eumenes, retirou-se para sua própria província.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghk3REYgj8VPdoz9Gq_xDpyxJWtkCp6ilAM6-F6u6-sBPmGGr4tWGFrE2fBFCS1ACZkG8MvNNoOs__HsgQzvnGYgVPVB7KRheikLn7TmX8gjDptHOP63ANAf33hX6RbJKFjHLuhI7dj9d4/s1600/481px-EasternSatrapsAfterAlexander.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghk3REYgj8VPdoz9Gq_xDpyxJWtkCp6ilAM6-F6u6-sBPmGGr4tWGFrE2fBFCS1ACZkG8MvNNoOs__HsgQzvnGYgVPVB7KRheikLn7TmX8gjDptHOP63ANAf33hX6RbJKFjHLuhI7dj9d4/s640/481px-EasternSatrapsAfterAlexander.jpg" width="512" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As satrápias mais orientais do Império Macedonico e seus governantes, entre eles,<br />
Sibírcio (<i>Sybirtius</i>)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Os exércitos de Eumenes e seus aliados estavam em um ponto de ruptura. Antígono e Eumenes tiveram dois embates durante 316 a.C., nas batalhas de Paraitacene e Gabiene. Eumenes foi derrotado e posteriormente executado. Mas a causa pela qual Eumenes tinha lutado, a casa real da Macedônia, perdera sentido. Filipe III e sua esposa foram assassinados por Olímpia, avó de Alexandre IV. Essa por sua vez foi executada por ordem de Cassandro que mantinha como reféns a rainha-mãe Roxane e o rei-menino Alexandre IV. O regente Poliperconte só tinha o título e sofrera inúmeros reveses. De posse dos remanescentes da família real, Cassandro era de fato o novo regente, mas seu poder se limitava à Macedônia e a algumas regiões da Grécia. Os diádocos Lisímaco, Ptolomeu e Antígono governavam a Trácia, o Egito e Palestina, e o Oriente Médio respectivamente como reis de seus territórios, embora não usassem o título. Esse conflito revelou a capacidade de Seleuco para esperar o momento certo de agir e aquém se aliar.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ-fw8M3mSTBFEyU-vRQy_dWab-2dHOSXqAhzwwQy9fk0F-21sonXSo75gpL4ERmYP48pARQC057eQ2rS86Yw8gdwKy27WPYRJKjKhGFVMGKC713WzC1i3oHy9z5cJNIOEGWkxhOnWFsKK/s1600/Gmm14Ug.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="406" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ-fw8M3mSTBFEyU-vRQy_dWab-2dHOSXqAhzwwQy9fk0F-21sonXSo75gpL4ERmYP48pARQC057eQ2rS86Yw8gdwKy27WPYRJKjKhGFVMGKC713WzC1i3oHy9z5cJNIOEGWkxhOnWFsKK/s640/Gmm14Ug.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os territórios do Império Macedônico e seus principais governantes ao final da segunda guerra dos Diádocos</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<b>A Fuga de Seleuco</b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Antígono tornara-se mais poderoso, mas voltara-se para o Ocidente. Peiton, sátrapa da Média, era o mais poderoso governante da parte oriental do império e muito ambicioso. Antígono, desconfiado de Peiton, passou o inverno de 316 a.C. na Média, onde Peiton governava. Isso não foi suficiente para sufocar a antiga ambição de Peiton que tentou fazer com que uma parte das tropas Antígono se revoltasse e passasse para seu lado. Antígono, no entanto, descobriu a trama e executou Peiton.
No verão daquele mesmo ano, Antígono chegou na Babilônia e foi calorosamente recebido por Seleuco com pompa, mas a relação entre os dois não tardou em se esfriar. Seleuco puniu um dos oficiais de Antígono sem pedir permissão a Antígono. Antígono ficou furioso e exigiu que Seleuco lhe desse a renda da província, o que Seleuco se recusou a fazer, já que em tese não haia subordinação hierárquica entre os dois sátrapas. Ele ficou, no entanto, com medo de Antígono e fugiu para o Egito com 50 cavaleiros. Conta-se que astrólogos caldeus profetizaram a Antígono que Seleuco se tornaria mestre da Ásia e mataria Antígono. Depois de ouvir isso, Antígono enviou soldados atrás de Seleuco, que fugira primeiro para a Mesopotâmia e depois para a Síria. Os estudiosos modernos são céticos em relação à história da profecia caldaica, pois parece que o sacerdócio da Babilônia não era mais favorável a Seleuco. Antígono depôs Blitor, o sátrapa da Mesopotâmia, por ter ajudado a Seleuco, que encontrara refúgio junto a Ptolomeu que governava independentemente no Egito. Na prática o império de Alexandre já estava desmembrado com os sátrapas mais poderosos controlando vastos territórios. O rei Alexandre IV não passava de uma criança e estava sob custódia de Cassandro, regente da Macedônia. Antígono que se tornara senhor dos territórios orientais e poderoso o suficiente para tentar restaurar a unidade do império em seu favor. Os demais Diádocos tinham motivos para temer-lhe as ambições e Seleuco, ora reduzido a exilado e subalterno de Ptolomeu, desempenhará relevante papel nos acontecimentos vindouros.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
FONTE:</div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_I_Nicator">http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_I_Nicator</a></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<a href="http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm">http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm</a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<a href="http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/09/alexandre-iv-323-309-ac.html">http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/09/alexandre-iv-323-309-ac.html</a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Sibyrtius">http://en.wikipedia.org/wiki/Sibyrtius</a></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<a href="http://www.livius.org/pb-pem/peithon/peithon.htm">http://www.livius.org/pb-pem/peithon/peithon.htm</a></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<a href="http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t08.html" style="line-height: 14.4pt;">http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t08.html</a></div>
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-18083729876592806842013-12-25T12:03:00.002-08:002014-01-04T15:50:55.298-08:00SELEUCO I NICÁTOR (312 – 281 a.C.) - PARTE II<div style="text-align: justify;">
<b>Seleuco e a Partição de Babiônia</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando Alexandre Magno morreu não designou sucessor nem deixou um herdeiro legítimo ao trono. Seus generais se reuniram para discutir a nova situação. Como de praxe, eles, como representantes da nação macedônia, tinham que escolher um novo rei. Os candidatos eram Arrideu, irmão bastardo de Alexandre e mentalmente incapaz, Hércules, presumível filho de Alexandre com sua amante persa Barsine e o futuro filho de Alexandre com Roxane, que ainda não nascera. Contra os filhos de Barsine e Roxane pesava o fato de serem mestiços e não macedônios puros. Um conflito explodiu entre Pérdicas, líder da cavalaria, e Meleagro, o comandante da infantaria: o primeiro queria esperar para ver se Roxane iria conceber um bebê do sexo masculino, enquanto o segundo defendia os direitos de Arrideu, que embora filho ilegítimo do rei Filipe II, era o parente vivo mais próximo de Alexandre e assim deveria ser o rei. Arrideu também contava com a vantagem de ser totalmente greco-macedônico, enquanto que o filho de Roxane da Báctria teria também ascedência iraniana. Meleagro acabou por ser morto e para evitar uma guerra civil se fez um acordo para conciliar os dois lados: Arrideu se tornaria rei com o nome de Filipe (III) e o filho de Roxane, se fosse varão, seria seu colega de trono. Em agosto nasceu o filho de Roxane e foi nomeado Alexadre (IV). Devido à incapacidade mental de Filipe Arrideu e a menoridade de Alexandre IV, Pérdicas foi nomeado regente do Império Macedônico. Pérdicas cancelou as expedições programadas por Alexandre Magno antes de morrer e reelaborou suas disposições finais. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidxonImCtGFk0m5oSvKrH33aaGnysjQV6phU-XDeEJDJvfcef9f1R93Qc1mm-1I7cVw0oZvbm2ZgydFN9xRRc9-5bv9ADby8iWGsVseV75vIDPTKjNQFTzPXZVl3eoYL7o9tZ5ub-JqIkI/s1600/a.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidxonImCtGFk0m5oSvKrH33aaGnysjQV6phU-XDeEJDJvfcef9f1R93Qc1mm-1I7cVw0oZvbm2ZgydFN9xRRc9-5bv9ADby8iWGsVseV75vIDPTKjNQFTzPXZVl3eoYL7o9tZ5ub-JqIkI/s400/a.JPG" width="353" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Representação de Pérdicas no sarcófago de Alexandre</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Os generais de cavalaria e outros militares que tinham apoiado Pérdicas foram recompensados como governadores das satrápias do Império Macedônico. É a chamada Partição de Babilônia. Crátero, um dos generais mais capazes de Alexandre, não recebeu uma satrápia, mas a função de Guardião do reino de Filipe III Arrideu e Alexandre IV. No Oriente, Pérdicas manteve os arranjos de Alexandre intactos. Esses governadores foram chamados pelos historiadores antigos de Diádocos (<i>diadochoi</i>, isto é, 'sucessores' em grego), pois sucederam a Alexandre Magno.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWHFyNzjZadg0h8oc87yGQ8purT1wgzjoOUMIGllSObC3esZ2Rbbt_8YFIti5VmKyS0aL__dvwiUXd20WAC3DJCx2JA9Z5VmwNZv-gEItVTz-w4SaTrqF9KHqJk0_Pfkjxy2MCJgmHWQWJ/s1600/Diadochi_satraps_babylon.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWHFyNzjZadg0h8oc87yGQ8purT1wgzjoOUMIGllSObC3esZ2Rbbt_8YFIti5VmKyS0aL__dvwiUXd20WAC3DJCx2JA9Z5VmwNZv-gEItVTz-w4SaTrqF9KHqJk0_Pfkjxy2MCJgmHWQWJ/s640/Diadochi_satraps_babylon.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Partição de Babilônia: a 1ª reorganização do império de Alexandre após sua morte (323 a.C.)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
E Seleuco? Durante a disputa entre Pérdicas e Meleagro Seleuco se posicionara em favor de Pérdicas. Seleuco foi escolhido como hiparca, isto é, comandante da cavalaria dos <i>hetaroi</i> (companheiros) e nomeado quliarca, o oficial sênior do Exército Real após o regente Perdicas, líder máximo do exército. Era uma posição de honra outrora ocupada pelo célebre amigo de Alexandre Magno, Heféstion, e pleo próprio Pérdicas. Assim o império de Alexandre se manteve unido em nome dos reis Filipe III Arrideu e Alexandre IV sob a regência de Pérdicas. Os grandes generais e aliados de Alexandre obtiveram sua parcela de poder e riqueza que seria suficiente para deixar a todos contentes e assim o maior império que o mundo já vira seguiria seu caminho pelos séculos. Mas, as ambições pessoais desses homens foram fortes o suficiente para em pouquíssimo tempo desfazerem esse arranjo e eclodirem uma era de guerras sangrentas pelas sobras do poder de Alexandre: São as famosas Guerras dos Diádocos.<br />
<br />
<b>A Primeira Guerra dos Diádocos (322-321 a.C.) </b><br />
Os Diádocos superaram os desafios iniciais (a Guerra Lamiaca, a Revolta dos Veteranos, a conquista da Capadócia), mas suas ambições pessoais não tardaram em interferir na unidade do império. Para fortalecer a sua posição (a mais alta do império), Pérdicas repudiou sua noiva Niceia, filha do antigo e respeitado governador da Macedônia, Antípatro, e tentou se casar com Cleópatra, a irmã de Alexandre, ligando-se assim à família real macedônica. Isso foi visto por seus antigos companheiros como uma evidência de sua intenção de ser o único senhor do império de Alexandre. Antípatro, Crátero, Antígono e Ptolomeu começaram a conspirar para derrubar o Regente. Quando Pérdicas enviou o cadáver de Alexandre para a para ser sepultado nos túmulos reais em Egas, a antiga capital da Macedônia, Ptolomeu raptou o corpo em Damasco, Síria, e levou para Alexandria no Egito. Eclode a Primeira Guerra dos Diádocos.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQbnpn6N3H7FRTcC7fwRsKixG5G0GxJ0rpOUI5gzj1706RTSbwUqkxovnOLXj2-A6ztI3rjiqFLTI1AZDaJaT4Y0H_LEsw-NI8cWhOsvNEHMAjIgG1t4swvjyYSNjWYegAWFehGUOl79Ex/s1600/a.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQbnpn6N3H7FRTcC7fwRsKixG5G0GxJ0rpOUI5gzj1706RTSbwUqkxovnOLXj2-A6ztI3rjiqFLTI1AZDaJaT4Y0H_LEsw-NI8cWhOsvNEHMAjIgG1t4swvjyYSNjWYegAWFehGUOl79Ex/s320/a.JPG" width="231" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ptolomeu I</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Pérdicas e suas tropas seguiram para o Egito para enfrentar Ptolomeu. O ataque de Pérdicas foi um desastre, pois além da insatisfação de seus próprios homens e de derrotas nos embates, Ptolomeu aliciou para sua causa importantes “aliados” de Pérdicas: Peiton, o sátrapa da Média, e Antígenes, o comandante dos argiráspides, e Seleuco. Ambos assassinaram a Pérdicas e segundo o historiador militar Cornélio Nepos, Seleuco também participou desse assassinato. Se Seleuco não participou do assassinato, não hesitou em aderir a Ptolomeu e aos demais diádocos que tinham diante de si a reorganização do império e uma melhor destinação ao antigo hiparca de Pérdicas. Sua futura posição evidencia sua colaboração na queda de Pérdicas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Partição de Triparadiso</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Inicialmente, Peiton e certo Arrideu, foram nomeados os novos regentes ante a recusa de Ptolomeu. Com a morte de Pérdicas, Antípatro, antigo general e regente da Macedônia, passou a ser homem mais poderoso do império. Os adversários de Pérdicas reuniram-se com ele na cidade de Triparadiso, possivelmente na Síria, onde debateram o destino do império de Alexandre. Alguns soldados se rebelaram e planejavam assassinar seu mestre Antípatro. Seleuco e Antígono, no entanto, conseguiram evitar isso. Contornada a situação houve uma nova reorganização do império de Alexandre conhecida como a Partição de Triparadiso. Os pontos mais importantes do acordo foram:</div>
<div style="text-align: justify;">
• Antípatro era o novo regente e guardião do jovem Alexandre IV e sua rainha-mãe Roxane, e de Filipe III Arrideu, que foram com o novo regente para a Macedônia;</div>
<div style="text-align: justify;">
• Ptolomeu permaneceria como sátrapa do Egito; </div>
<div style="text-align: justify;">
• Peiton, um dos assassinos de Pérdicas e corregente interino, permaneceria sátrapa da Média; </div>
<div style="text-align: justify;">
• Antigenes, também assassino de Pérdicas, de comandante dos argiráspides foi posto o novo sátrapa de Susiana; </div>
<div style="text-align: justify;">
• Arrideu, corregente interino, foi nomeado o novo sátrapa da Frígia Helespontina; </div>
<div style="text-align: justify;">
• Lisímaco, antigo militar, manteve-se sátrapa da Trácia; </div>
<div style="text-align: justify;">
• Antígono Monoftalmo (o caolho) foi reconduzido como sátrapa da Panfília, Lícia e Frígia, a qual foi adicionada a Licaônia, e recebeu a missão de assumir o remanescente do exército de Pérdicas na Ásia e expulsar Eumenes de Cárdia, que permanecera fiel à causa de Pérdicas. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4GwIh5k9Q4q4st3G5WbE1ktfEPzpFB23o6fz7yHmr5HRqSedmiSMI-d5C6DQ-aeLcfeofN6jQEQCSG9AwJAN_QDNkQxsr97XX34mv5M4VDCwlzohcCOIGl5GOTYlk_Z_zY7Rvak_b6ZYF/s1600/450px-Seleucus_I_Louvre.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4GwIh5k9Q4q4st3G5WbE1ktfEPzpFB23o6fz7yHmr5HRqSedmiSMI-d5C6DQ-aeLcfeofN6jQEQCSG9AwJAN_QDNkQxsr97XX34mv5M4VDCwlzohcCOIGl5GOTYlk_Z_zY7Rvak_b6ZYF/s320/450px-Seleucus_I_Louvre.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"> Seleuco I Nicátor</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Seleuco, um dos possíveis assassinos de Pérdicas, mas certamente seu traidor, recebeu a rica província de Babilônia. Esta decisão pode ter sido ideia de Antígono. Babilônia de Seleuco estava cercada por Peucestas, o sátrapa de Persis; Antígenes de Susiana e Peiton de Média, o que poderia coibir qualquer ambição de Seleuco. A Babilônia era uma das províncias mais ricas do império, mas o seu poder militar era insignificante. É possível que Antípatro tenha divididido as províncias orientais de modo que nenhum sátrapa pudesse subir acima dos outros em poder. Mas, esses homens tinham diante de si tantas riquezas materiais e recursos humanos que sua sede de poder era constantemente estimulada e qualquer equilíbrio político era tênue demais para suas ambições.<br />
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Sátrapa da Babilônia</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Após a morte de Alexandre, Arcon de Pela foi escolhido como o sátrapa da Babilônia. Pérdicas, no entanto, tinha planos para substituir Archon e nomear Docimo como seu sucessor. Durante a invasão do Egito, Pérdicas havia enviado Docimo junto com seus destacamentos para a Babilônia.Arcon enfrentou-o, mas caiu na batalha. Assim, Docimo não tinha a intenção de entregar a Babilônia para Seleuco sem luta. Não é certo como Seleuco tomou a Babilônia de Docimo, mas de acordo com uma crônica babilônica um edifício importante foi destruído na cidade durante o verão ou o inverno de 320 a.C. Outras fontes babilônicas afirmam que Seleuco chegou na Babilônia, em outubro ou novembro de 320..Apesar da presumível batalha, Docimo conseguiu escapar. Outrora os babilônios haviam se rebelado contra Arcon e apoiado Docimo. Seleuco precisa angariar fundamentos para governar a região. O sacerdócio babilônico tinha grande influência sobre a região e Seleuco conseguiu conquistar os sacerdotes com presentes e subornos monetários. Além disso a Babilônia também tinha uma população considerável de veteranos macedônios e gregos do exército de Alexandre que lhe serviram de apoio. Apesar do acordo de Triparadiso, as beligerantes ambições dos Diádocos eclodiram quando o regente Antípatro morreu em 319.
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3RbjeWkTIIh3k9ibdVCgAufrvDcta_PDqw4GWhEsIIonAmwK08UWsL1qugeJH8M5uP0q6GceC8mrIEagHQZRtk4TJ_-O-7NR5eKpqeY1ebBWB1A95MuQvpvGmPmKWETCTIvbuV_I60Pqe/s1600/BABYLONA.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="594" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3RbjeWkTIIh3k9ibdVCgAufrvDcta_PDqw4GWhEsIIonAmwK08UWsL1qugeJH8M5uP0q6GceC8mrIEagHQZRtk4TJ_-O-7NR5eKpqeY1ebBWB1A95MuQvpvGmPmKWETCTIvbuV_I60Pqe/s640/BABYLONA.gif" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Babilônia: uma das mais antigas, ricas e importantes cidades <br />
do mundo antigo foi a primeira capital de Seleuco</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
FONTES:<br />
http://www.livius.org/di-dn/diadochi/war01.html<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_I_Nicator<br />
http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/09/filipe-iii-arrideu-323-317-ac.html
http://www.livius.org/di-dn/diadochi/war02.html<br />
http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi.htm<br />
http://www.bible-history.com/babylonia/BabyloniaNebuchadnezzars_Babylon.htmJoalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-5483361207250671872013-12-18T11:04:00.000-08:002014-01-04T15:50:32.012-08:00SELEUCO I NICÁTOR (312 – 281 a.C.) - PARTE I<div style="text-align: justify;">
Originalmente Seleuco era um oficial macedônio que participou das campanhas de Alexandre, o Grande (356 – 323 a.C.) e que após a morte desse se envolveu nas guerras pelo controle do império de Alexandre alcançando o poder nas satrápias orientais, em especial na Babilônia, onde iniciou seu reinado cujos territórios eram os mais vastos dos deixados por Alexandre. Estendeu seu poder da Índia até a Ásia Menor enfrentando outros reis macedônios e acabou por fundar um império helenístico herdeiro dos antigos impérios orientais que perdurou por quase 250 anos. Favoreceu a cultura grega (helenismo) sem menosprezar as tradições orientais, incentivou a pesquisa científica e fundou novas cidades. Devido ao êxito de suas campanhas foi apelidado de <i>nikátor</i>, adjetivo grego que significa vencedor, vitorioso, passando à História como Seleuco I Nicátor, fundador do império e dinastia que leva seu nome. Em 321, Seleuco se tornou sátrapa da Babilônia tendo-a governado até 315 quando foi expulso por Antígono I Monoftalmo. Em 312 recuperou o controle da Babilônia e das províncias orientais sendo esse ano o marco para contagem da Era Selêucida e não o ano 306, quando assumiu o título de <i>basileus</i> (rei em grego). </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjAiWyd_xEhHSqnxGikh9RhlQKLBfQmBF8FlaOMMsyl4o_PCobwfu6PT3S9FZt4AH2fww1ubNL_DQZYwhvieP7FIfsS5IA58SzGE6nZgz9rAp_Pxaz0pLiNUDypDb97beOvS3TEsH9uMvF/s1600/14_12_2006_18_38_4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjAiWyd_xEhHSqnxGikh9RhlQKLBfQmBF8FlaOMMsyl4o_PCobwfu6PT3S9FZt4AH2fww1ubNL_DQZYwhvieP7FIfsS5IA58SzGE6nZgz9rAp_Pxaz0pLiNUDypDb97beOvS3TEsH9uMvF/s320/14_12_2006_18_38_4.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Seleuco I: Busto de bronze romano feito a partir de <br />
um original grego em exposição no museu de Nápoles </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Origens</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
Seleuco (em grego Σέλευκος, Séleukos) era filho de Antíoco e Laodice, nobres macedônios. O historiador Juniano Justino (século IV d.C.) afirma que Antíoco foi um dos generais do rei Filipe II da Macedônia (359-336 a.C.). O fato de Antíoco não ser mencionado em outras fontes e que nada se sabe sobre sua suposta carreira sob Filipe II não desacredita a informação de Justino. Possivelmente Antíoco era um membro de uma família nobre da Alta Macedônia. A mãe de Seleuco chamava-se Laodice, mas pouco se sabe sobre ela. Seleuco parece ter amado muito a seus pais, pois fundou várias cidades com nomes em homenagens a eles (as várias Antioquias e Laodiceias na Ásia).
Não se sabe ao certo o ano do nascimento de Seleuco. Justino afirma que ele tinha 77 anos de idade durante a batalha de Corupédio (281 a.C.), o que colocaria o seu ano de nascimento em 358 a.C. O historiador Apiano (95-165 d.C.) nos diz Seleuco tinha 73 anos na época da batalha, o que significa que 354 seria o ano de nascimento. Eusébio de Cesareia (265-340), historiador cristão, menciona a idade de 75 anos, e, portanto teria nascido em 356, fazendo Seleuco ter a mesma idade que Alexandre, o Grande, o que provavelmente é uma propaganda para fazê-lo parecer comparável ao célebre conquistador macedônio. Apiano relata que Seleuco era de uma estrutura tão grande e poderosa que uma vez, quando um touro selvagem foi trazido para um sacrifício a ser oferecido por Alexandre Magno e se soltou de suas cordas, Seleuco segurou sozinho, com nada além de suas mãos, razão pela qual suas estátuas são ornamentados com chifres. Embora tal informação beira a lenda para enaltecer o fundador da dinastia selêucida, a representação de efígies reais com chifres era comum no Mundo Antigo devido ao símbolo de força e poder que os chifres representavam. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY6MsVjSVo00SlmcaYOjxfD920tDRo7KcGkV2VaMg7dO9BwGz380-l71o2d4d8arut_v5YOq-nhal4jkX0smqE0YfMl-dA3qbVx6yKPRPEqZlWQ7KTvOBd79MMdDIMpj2yl183DshhFewN/s1600/14_12_2006_18_38_4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="434" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY6MsVjSVo00SlmcaYOjxfD920tDRo7KcGkV2VaMg7dO9BwGz380-l71o2d4d8arut_v5YOq-nhal4jkX0smqE0YfMl-dA3qbVx6yKPRPEqZlWQ7KTvOBd79MMdDIMpj2yl183DshhFewN/s640/14_12_2006_18_38_4.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mapa do antigo reino da Macedônia onde se vê Oréstide (<i>Orestis</i>), terra natal de Seleuco</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Seleuco nasceu na cidade de Europos, localizada em Oréstide, região montanhosa da Macedônia. Apenas um ano antes de seu nascimento (se o ano 358 a.C. é aceito como a data mais provável), os peônios invadiram a região. Filipe II derrotou os invasores e poucos anos mais tarde os subjugou ao domínio macedônio.
Uma série de lendas, semelhantes às que circularam sobre Alexandre, o Grande, circularam sobre a origem de Seleuco. Foi dito que Antíoco dissera a seu filho antes que ele partisse para combater os persas com Alexandre que seu verdadeiro pai era na verdade o deus Apolo. O deus grego teria tido relações com sua mãe, e em sonho teria deixado um anel com a imagem de uma âncora como um presente para Laodice. Seleuco tinha uma marca de nascença em forma de âncora que testificaria sua origem divina. Foi dito que os filhos e netos de Seleuco também tinha marcas de nascença semelhantes que sinalizariam sua origem divina. Assim Seleuco, conquanto não fosse da realeza macedônia, também era de origem divina e, portanto, legítimo sucessor do igualmente “divino” Alexandre Magno.
O historiador bizantino João Malalas (século VI) nos diz que Seleuco tinha uma irmã chamada Didimeia, a qual tinha dois filhos chamados Nicanor e Nicomedes, possivelmente um dado fictício. Didimeia poderia referir-se ao oráculo de Apolo na cidade de Dídima perto de Mileto. Também tem sido sugerido que um filho seu conhecido como Ptolomeu era na verdade seu tio.
Quando adolescente, Seleuco foi escolhido para servir como pagem (<i>paides</i>) do rei Felipe II. Era costume para todos os filhos homens das famílias nobres servir primeiro nessa posição e posteriormente como oficiais do exército real.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Carreira sob Alexandre Magno</b> </div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUACvUprtTxA7FzFNXM31JTWoBmjom-t_vc9lkdDBeP9ypaEKxVuazlK_qmj90oFL7pjQW9a3LcxWqJ-RRApQCcHNvnFkLwqhbzBqN4DU8cc9kepOS_5joE8MXlA4ryUyF6Wefko33oxPf/s1600/Hypaspists.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUACvUprtTxA7FzFNXM31JTWoBmjom-t_vc9lkdDBeP9ypaEKxVuazlK_qmj90oFL7pjQW9a3LcxWqJ-RRApQCcHNvnFkLwqhbzBqN4DU8cc9kepOS_5joE8MXlA4ryUyF6Wefko33oxPf/s1600/Hypaspists.png" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Hipaspista</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O reino da Macedônia sob Filipe II unificara a maioria dos Estados gregos e preparava uma campanha para atacar o Império Persa na Ásia. Como Filipe foi assassinado, seu filho Alexandre III herdou o trono e a campanha contra os persas.
Na primavera de 334 a.C., Seleuco com cerca de vinte e três anos, acompanhou Alexandre na Ásia. Diz o historiador romano Apiano que Seleuco teria consultado o oráculo do deus Apolo no santuário de Dídimos, próximo a Mileto, e o lhe teria si profetizado: "<i>Não tenha pressa de volta para a Europa,
a Ásia será muito melhor para você.</i>" Não se sabe ao certo qual a posição militar de Seleuco no início da campanha. No momento das campanhas indianas, no final de 327, ele alcançou o posto de comandante do corpo de infantaria de elite do exército macedônio, os hipaspistas (do grego <i>hypaspistai</i>, ‘escudo coberto’) mais tarde conhecidos como o argiráspides, os Escudos de Prata.
Os hipaspistas serviam como um amortecedor ou para-choque entre a cavalaria e a infantaria, sendo uma espécie de força policial de elite. Cada membro das hipaspistas era cuidadosamente escolhido de forma individual não só pela sua posição social (havia hipaspistas ligados à realeza), mas também por sua força física e coragem. Os hipaspistas eram conhecidos por sua mobilidade e frequentemente usados em missões especiais em terreno acidentado, bem como em situações que demandavam o combate corpo-a-corpo. Quando Alexandre cruzou o rio Hidaspes em um barco, ele foi acompanhado por Perdicas, Ptolomeu, Lisímaco e também Seleuco. Durante a Batalha do Hidaspes (326 a.C.), Seleuco não teve nenhum papel relevante na batalha, quer em seu planejamento como durante os confrontos, nos quais os militares Crátero, Hefestión, Peiton e Leonato tiveram destaque e cada um tinha destacamentos consideráveis sob seu comando.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUlTS96pPhAVNYNhVBjdnM1l1rSbYBS9F75Oo8Y7gNDZUgqR425Ovt6q2fJqMGHzvIL1VkYa0Gt7uxasr3obMknMk4Pqn1kKVDzOpYhteMwSQ1LZe0FBnCdymxyuq7hrY5VRjnlJOetcmn/s1600/image018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="428" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUlTS96pPhAVNYNhVBjdnM1l1rSbYBS9F75Oo8Y7gNDZUgqR425Ovt6q2fJqMGHzvIL1VkYa0Gt7uxasr3obMknMk4Pqn1kKVDzOpYhteMwSQ1LZe0FBnCdymxyuq7hrY5VRjnlJOetcmn/s640/image018.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Disposição dos hipaspistas (<i>hypaspists</i>) de Seleuco na batalha do Hidaspes</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, isso não minimiza a importância dos hipaspistas liderados por Seleuco, os quais estavam constantemente sob o olhar de Alexandre e à sua disposição. Antes da batalha, após o exército macedônio atravessarar o rio Hidaspes para enfrentar o rei indiano e seus elefantes, Alexandre mudou seu alinhamento defensivo normal. Ele posicionou seus arqueiros à frente de sua companhia de cavalaria, o que os fez servir de escudo contra os elefantes. Após, vinha a infantaria e a cavalaria restante, e por último Seleuco e seus hipaspistas, como guardiães do comando régio. Os macedônios venceram a batalha e incorporaram o reino de Poro a seus domínios. Em 336 o exército macedônio se recusou a seguir Alexandre em mais conquistas além do rio Hífaso querendo antes retornar para a terra natal e usufruir dos bens adquiridos. Forçado pelas circunstâncias, o rei macedônio inicia seu retorno pelo sul da Índia.
Seleuco e seus hipaspistas participaram da campanha do vale do Indo, das batalhas travadas contra o reino dos malianos e da terrível travessia do deserto da Gedrósia.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Casamento de Seleuco com Apame</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Após inúmeros percalços, Alexandre e seus homens retornaram à cidade de Susa, no Elão, uma das principais cidades do Oriente (324 a.C.). A estadia em Susa foi concebida para ser um grande feriado comemorativo para Alexandre, seus oficiais e seus soldados: Muitos soldados valentes foram condecorados, alguns receberam túnicas púrpuras e a outros foram dados diademas de ouro. Nobres de todas as regiões do Império Alexandrino estavam em Susa para homenager o novo rei da Ásia. A maior das festividades em Susa foi uma cerimônia de casamento que durou cinco dias. Desde que Alexandre conquistara a Babilônia, Pérsia e o Elão em 331/330, muitas princesas persas passaram a receber uma educação grega e agora elas estavam prontas para se casar com oficiais da Macedônia. Bailarinos, atores e músicos vieram da Grécia para o evento. Alexandre casou-se com Estatira, a filha mais velha do rei persa Dario III, que ostentava o título de consorte real e com a princesa Parisatis, filha do antigo rei Artaxerxes III Oco (358-338 a.C.). Assim o Macedônio cimentava sua aliança com dinastia real dos Aquemênidas. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKHVvUlS_MmwnqM8DuhxKP6FLOBqetbZXnhqGl7xSOQJfnVYe_z-pA2WOGaOnTHWCS9LxSlCGzYHBCQtNUuory_qjI8yr5tyJHUnh1oU_ILqMERo-VPcK5sRbdqA6xuEnqU25J0QeUiY8u/s1600/e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="450" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKHVvUlS_MmwnqM8DuhxKP6FLOBqetbZXnhqGl7xSOQJfnVYe_z-pA2WOGaOnTHWCS9LxSlCGzYHBCQtNUuory_qjI8yr5tyJHUnh1oU_ILqMERo-VPcK5sRbdqA6xuEnqU25J0QeUiY8u/s640/e.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O casamento coletivo de Alexandre e seus oficiais em Susa na visão do artista Tom Lovell (1909-1997)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O oficialato macedônico “acompanhou” o exemplo do rei: Heféstion casou-se com Dripetis, outra filha de Dario III. Crátero casou-se com Amastris, uma sobrinha de Dario III; Pérdicas com uma filha de Atropates, o protetor da religião de Zoroastro, Ptolomeu com Artacama e Eumenes com Artonis, duas filhas do sátrapa Artabazo. Seleuco casou-se com Apame.
Ela (também conhecida como Apama) era filha do sátrapa Espitamenes de Sogdiana (atual Uzbequistão). Espitamenes, que se aliara a Alexandre, mais tarde se revoltou e liderou uma feroz resistência contra os macedônios morrendo ao final (328 a.C.). Apame, porém, tornou-se concubina de Seleuco e com ele foi para a Índia.
Na grande cerimônia de casamento em Susa, na primavera de 324 a.C, Seleuco casou-se formalmente com Apame. Da união tiveram Antíoco (sucessor de Seleuco), duas filhas, Laodice e Apame, e mais um filho, Aqueu. O enlace de Seleuco com Apame foi o único casamento dessa celebração que perdurou após a morte de Alexandre. Os demais foram dissolvidos uma vez que se fizeram apenas por ordem e política de Alexandre que queria unir gregos e “bárbaros” num único império. Com sua morte, foram-se os motivos para tais uniões. Seleuco deve ter amado muito Apame para permanecer com ela após a morte de Alexandre e ainda tornando-a rainha consorte quando assumiu o título de rei (305 a.C.).<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Antes do Ocaso de Alexandre Magno</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Seleuco é mencionado três vezes nas fontes antigas antes da morte de Alexandre. Numa viagem de barco pelo rio Eufrates, nas proximidades da Babilônia, o diadema de Alexandre caiu sobre algumas canas perto dos túmulos dos reis assírios. Seleuco nadou para buscar o diadema de volta, colocando-o sobre a sua cabeça enquanto voltava para o barco para mantê-lo seco. A historicidade desse fato é duvidosa, o qual provavelmente foi criado para mostrar Seleuco como sucessor de Alexandre. A presença de Seleuco é mencionada no banquete que Médio, o Tessálio, teria oferecido a Alexandre. Nesse banquete, segundo uma obra apócrifa atribuída a Calístenes, Alexandre teria sido envenenado e morrido no dia seguinte. Houve rumores sobre o envenenamento de Alexandre, porém associados ao regente macedônio Antípatro e seus filhos Cassandro e Iolau, que supostamente teriam motivos para matar o rei. Há um relato sobre a ida de Seleuco ao santuário do deus Sarapis, que não é o deus helenístico criado por Ptolomeu I no Egito, o que seria até anacrônico. Trata-se antes do deus babilônico Enki que também era chamado de <i>Shar Apis</i>, o Senhor do Abismo, um deus dos mortos, como o Hades grego.
Segundo historiador Plutarco (45-120), em sua <i>Vida de Alexandre</i>, Seleuco e Peiton foram enviados para o santuário de Sarapis, para fazer vigília pela recuperação do rei e para perguntar se eles deveriam levar Alexandre lá, mas o deus os disse para deixá-lo onde estava. Naquele mesmo dia Alexandre morreu (11 de junho de 323 a.C.). Embora seja historicamente verossímil, parece ser um dado propagandístico para associar Seleuco a vida de Alexandre de maneira especial, já ao que tudo indica, Seleuco, embora fosse da elite militar macedônia, não tivera nenhum papel à altura de outros companheiros e generais de Alexandre que depois vieram a reivindicar partes ou todo Império Alexandrino. A relevância de Seleuco se dá nas vindouras guerras entre os Diádocos (sucessores de Alexandre) onde o pouco importante Seleuco desempenhará papel crucial.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">FONTES:<o:p></o:p></span></sup></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_I_Nicator">http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucus_I_Nicator</a><sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></sup></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.ancient.eu.com/Seleucos_I/">http://www.ancient.eu.com/Seleucos_I/</a><sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">:<o:p></o:p></span></sup></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://fi.wikipedia.org/wiki/Seleukos_I_Nikator">http://fi.wikipedia.org/wiki/Seleukos_I_Nikator</a></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Chronology_of_the_expedition_of_Alexander_the_Great_into_Asia">http://en.wikipedia.org/wiki/Chronology_of_the_expedition_of_Alexander_the_Great_into_Asia</a></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.livius.org/se-sg/seleucids/seleucus_i_nicator.html">http://www.livius.org/se-sg/seleucids/seleucus_i_nicator.html</a><sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></sup></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Seleuco_I_Nicatore.JPG">http://en.wikipedia.org/wiki/File:Seleuco_I_Nicatore.JPG</a><sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></sup></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://web.ics.purdue.edu/~rauhn/Hist303/h303rv3s06_files/image018.jpg">http://web.ics.purdue.edu/~rauhn/Hist303/h303rv3s06_files/image018.jpg</a><sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></sup></div>
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<a href="http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/09/alexandre-iii-o-grande-336-323-ac-parte_06.html">http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/09/alexandre-iii-o-grande-336-323-ac-parte_06.html</a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
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<a href="http://americangallery.wordpress.com/2012/12/22/tom-lovell-1909-1997/alexander-the-great-celebrates-a-mass-marriage-in-susa-persia/">http://americangallery.wordpress.com/2012/12/22/tom-lovell-1909-1997/alexander-the-great-celebrates-a-mass-marriage-in-susa-persia/</a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
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<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Enki">http://en.wikipedia.org/wiki/Enki</a></div>
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<a href="http://www.pothos.org/content/index.php?page=seleucus">http://www.pothos.org/content/index.php?page=seleucus</a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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<br /></div>
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-4041588511289161822013-12-11T16:56:00.000-08:002013-12-11T16:56:14.298-08:00EXÉRCITO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsL-lJw2aXmMqjMh9KPKmvPxkK_xBU6B_wf2bCfB1RQxSKNfJEhLNBE1IU9z6afPEkZn8By2T1pNuD4K6pAuoXe7dL2vyF5IhuTKHbxZyDNBQASVuBOyo9ceBPOQOeHKeGVvT4ClsLvH7w/s1600/finaltitless1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsL-lJw2aXmMqjMh9KPKmvPxkK_xBU6B_wf2bCfB1RQxSKNfJEhLNBE1IU9z6afPEkZn8By2T1pNuD4K6pAuoXe7dL2vyF5IhuTKHbxZyDNBQASVuBOyo9ceBPOQOeHKeGVvT4ClsLvH7w/s640/finaltitless1.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<b>Visão Geral</b><br />
<div style="text-align: justify;">
Em tempos de paz, o quartel-general dos selêucidas estava localizado em Apamea no Orontes. Seus exércitos estavam entre os maiores exércitos da era helenística e a coesão do império dependia principalmente da influência militar. Eram recrutadas tropas de todas as partes do império embora os guerreiros de descendência greco-macedônica tivessem maior proeminência para desencorajar ações separatistas entre as outras nacionalidades.
Quando possível, os próprios reis selêucidas assumiam o comando do exército. Nesse aspecto, eles diferiam dos Ptolemeus do Egito, que deixavam o planejamento para militares mais experientes, como os líderes mercenários da Grécia. Os Selêucidas perpetuavam a tradição dos reis macedônios, os quais lideram pessoalmente suas forças militares. Isto indicava que seu poder dependia da boa vontade do exército e de seu sucesso no campo de batalha. Quando o rei estava impedido ou um exército secundário era formado, o comando caía sobre os vice-reis e ou sobre algum outro membro da dinastia. No entanto, essa tradição pode ter funcionado bem na Grécia e Macedônia de Filipe II bem como nas campanhas de Alexandre Magno (que além de ter um gênio militar incomparável, mal teve tempo de administrar as terras que conquistou), mas não era nada prático no Império Selêucida onde o monarca tinha que se desdobrar em rei e general de um vasto território.
Os Selêucidas foram apenas parcialmente capazes de desenhar duas frentes de exércitos poderosos, de modo que as operações militares decisivas foram quase sempre realizadas pelo rei.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="480" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/25/Cardo_Maximus,_Apamea,_Orontes_River_Valley,_NW_Syria.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ruínas de Apameia do Orontes, que era a sede militar dos Selêucidas em tempos de paz <br />
(as construções são do período romano)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A estrutura do exército principal tinha um núcleo de elite das tropas regulares, que foi então ampliada com tropas regionais. Estas tropas eram geralmente subordinadas diretamente ao rei, enquanto muitas vezes os exércitos secundários eram liderados por mercenários. A estratégia militar selêucida assim diferia significativamente da dos romanos, uma vez que as legiões eram capazes de operar de forma independente, descentralizada, de modo que em vários locais exércitos romanos poderosos puderam ser estabelecidos.
O rei selêucida, como o principal guerreiro de suas forças, tomava parte ativa nas batalhas. Enquanto isso causava um efeito positivo sobre os seus próprios soldados, por outro o rei perdia a visão geral dos eventos no campo de batalha. Isto aumentou a importância dos comandantes dos mercenários e das tropas não gregas. Os oficiais de alta patente eram geralmente membros da família real ou das famílias nobres da corte selêucida na Síria. Eles foram complementados pelos líderes mercenários. A ascensão na hierarquia militar do exército selêucida não era unicamente dependente da origem social, contando também com o mérito pessoal, de modo que era possível aos soldados subir a posições mais elevadas. As elites não gregas, no entanto, não ascendiam muito na carreira militar. À semelhança de outros exércitos helenísticos, o exército selêucida tinha na falange sua principal arma. A falange era uma densa formação de homens armados com escudos pequenos e longas lanças chamadas sarissa. Esta forma de luta foi desenvolvida pelo exército macedônio no reinado de Filipe II da Macedônia e seu filho Alexandre, o Grande. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZad9l4g6fK99avimsoHUDp0t2HJly0PK8PpLPR2WBMVAHkAd8Hn7YAV0gnvj2vsjmwyvY5XAf31-5TzaWkfgX0mTvT-4bj1_va2kc9GBVlOAbSbQ0E9XhH_Fz-J6IRxF59160bW9zeqXv/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="372" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZad9l4g6fK99avimsoHUDp0t2HJly0PK8PpLPR2WBMVAHkAd8Hn7YAV0gnvj2vsjmwyvY5XAf31-5TzaWkfgX0mTvT-4bj1_va2kc9GBVlOAbSbQ0E9XhH_Fz-J6IRxF59160bW9zeqXv/s640/000.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Falange Selêucida</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Os Recursos Humanos </b></div>
<div style="text-align: justify;">
A distância entre a Grécia e a Macedônia exerceu forte influência sobre o sistema militar selêucida, uma vez que baseado principalmente na contratação de gregos e macedônios como o segmento-chave do exército. A fim de aumentar a população greco-macedônia no seu reino, os Selêucidas estabeleceram assentamentos militares. Houve dois períodos principais no desenvolvimento desses assentamentos, primeiro sob Seleuco I e Antíoco I e, em seguida, sob Antíoco IV. Os colonos militares receberam terras que variavam de tamanho segundo a posição e tempo de serviço. Essas colônias tinham um caráter urbano, que em algum momento poderia adquirir o status de uma <i>polis</i>, isto é, um centro urbano que seria mais do que um grande quartel, tendo um estatuto, magistrados e outros funcionários civis, etc. Enquanto os colonos militares dos Ptolomeus foram conhecidos como <i>klerouchoi</i>, os colonos selêucidas foram chamados <i>katoikoi</i>. Os colonos poderiam manter a terra como sua em troca de terem que servir no exército quando convocados. A maioria dos assentamentos está concentrada na Lídia, no norte da Síria, no Eufrates superior e na Média. Os gregos e os macedônios eram dominantes na Lídia, Frígia e Siria. Antíoco III trouxe gregos de Eubeia, Creta e Etólia e os instalou em Antioquia. Esses colonos seriam usados para formar a falange e as unidades de cavalaria selêucidas, com homens escolhidos posicionados nos regimentos de guarda do reino. O resto do exército consistia de um grande número de tropas nativas e mercenários. Estas tropas serviriam como tropas ligeiras auxiliares.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZehl09Mgf0f1ac2mO3PyrfReSChGTcui213dj39tvjiLIo0KR0NaKQFmlmZBeh_y-gJMb_ds2sy_utJGXCC3ugHi9jekpsHixBwuuhmnZBvr2IBEKyc9c05CzX4-0DetGTkgrtojwTx5d/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="422" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZehl09Mgf0f1ac2mO3PyrfReSChGTcui213dj39tvjiLIo0KR0NaKQFmlmZBeh_y-gJMb_ds2sy_utJGXCC3ugHi9jekpsHixBwuuhmnZBvr2IBEKyc9c05CzX4-0DetGTkgrtojwTx5d/s640/000.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Parte da falange selêucida formada por <i>katoikoi</i>, colonos que serviam ao exército em troca de terras</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Os Argiráspidas</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
A principal unidade de guarda de infantaria do exército selêucida eram os Escudos de Prata, mais comumente conhecidos como argiráspidas. Eles foram uma unidade de guarda permanente formada a partir dos filhos dos colonos militares. Estavam armados ao estilo macedônico com uma sarissa e lutavam em formação de falange, assim como outros exércitos do período helenístico. Os argiráspidas provavelmente eram um corpo de cerca de 10.000 homens que foram selecionados principalmente da Síria e da Mesopotâmia, que eram os núcleos do reino selêucida, e onde havia uma maior densidade de soldados greco-macedônios.
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5x0dV6g0uryjS6PBqq_q6l1Q6nTcDe_e-jxDCI9fTLzMQy3YcYO1_E6iNzUaPAHfVhpkmjZg1N8aANu1arLFV4ympjVJzkmeOaGKKVTwzvjMIIMYn6sAiGH2kLh4e4XujtTVCeMroIiGY/s1600/sel_argyraspidai.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5x0dV6g0uryjS6PBqq_q6l1Q6nTcDe_e-jxDCI9fTLzMQy3YcYO1_E6iNzUaPAHfVhpkmjZg1N8aANu1arLFV4ympjVJzkmeOaGKKVTwzvjMIIMYn6sAiGH2kLh4e4XujtTVCeMroIiGY/s640/sel_argyraspidai.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A falange argiráspida</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<b>Infantaria Romanizada</b><br />
<div style="text-align: justify;">
No ano de 166 a.C., quando o rei Antíoco IV desfilou em Dafne o corpo argiráspidas tinha apenas 5.000 homens. Esses soldados estavam armados em estilo romano e são descritos pelo historiador romano Políbio de tal maneira que se caracterizam com um corpo de elite do exército selêucida. A formação deste segmento na guarda real que usava métodos romanos ocorreu por vários fatores. Antíoco IV vivera parte de sua juventude em Roma e tinha adquirido uma admiração excessiva pelo poder de Roma e seus métodos de combate. A formação de combate romana deixava o exército mais eficiente para várias circunstâncias de batalha devido a sua mobilidade. Os Antigônidas (dinastia que governava a Macedônia e Grécia) sofreram sua terceira derrota para os romanos na Batalha de Pidna em 168, o que foi um enorme choque cultural, mostrando que sistema militar macedônio (falange) estava ultrapassado frente ao sistema militar romano (a legião). O fato de que esses 5.000 homens marcham à frente do exército é importante, talvez com o propósito de demonstrar a intenção de reformar todo o exército selêucida ao estilo romano. Soldados romanizados lutaram contra os judeus revoltosos na Batalha de Beth Zacarias em 162. Mas, não se sabe se houve um implementação completa da romanização do exército selêucida.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRt0CH1y9bXE8lr0wb9Ccvq_QJzno-JmOjaEAWAWnnmqg__KiR4Jh70p3c9QBpI049P8StSJtUesjgGKrxL-IORQMW1c1GwtU32nhWct8EtZCfzYJ3nLOVXeCu5KYxiZkjQ5c_aE3F4QAg/s1600/spaceout.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRt0CH1y9bXE8lr0wb9Ccvq_QJzno-JmOjaEAWAWnnmqg__KiR4Jh70p3c9QBpI049P8StSJtUesjgGKrxL-IORQMW1c1GwtU32nhWct8EtZCfzYJ3nLOVXeCu5KYxiZkjQ5c_aE3F4QAg/s1600/spaceout.gif" /></a></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1B8g0gwfv_w7sjAYVryvQyxBwCBaMJ18NDnhfYY2LegNACxZv3sG6oaDsqCrEbbidtscs9JiSeNXZ6MGXskWLukgWY9HNpdRmhgjrGej9WuiFYtYH70NKzfqv0uHxI3KLrw3vpala7qJv/s1600/Q1zAyFJ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1B8g0gwfv_w7sjAYVryvQyxBwCBaMJ18NDnhfYY2LegNACxZv3sG6oaDsqCrEbbidtscs9JiSeNXZ6MGXskWLukgWY9HNpdRmhgjrGej9WuiFYtYH70NKzfqv0uHxI3KLrw3vpala7qJv/s640/Q1zAyFJ.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tipos de soldados selêucidas, entre eles o da infantaria romanizada (a)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<b><br /></b>
<b>Crisáspidas e Calcáspidas</b><br />
A maior parte da falange selêucida foi provavelmente composta de dois corpos que são mencionados no desfile de Dafne de 166 a.C: 10.000 crisáspidas (escudos dourados) e 5.000 calcáspidas (escudos de bronze). Pouco se sabe especificamente sobre eles. Na imagem acima a uma ilustração de um calcáspida (c).<br />
<br />
<b>Milícias Citadinas</b><br />
<div style="text-align: justify;">
Havia milícias citadinas, pelo menos na Síria. Essas eram compostas a partir das cidades gregas que não tinham nenhum papel específico no exército regular. Não se encontra elementos da milícia que participou das grandes campanhas antes do declínio geral do reino, que ocorreu na segunda metade do segundo século antes da era cristã. Desde então, muitos assentamentos militares importantes foram absorvidos pelos reinos de Pérgamo e da Pártia. Quando da batalha de Azoto (148 a.C.) contra os Macabeus, o exército selêucida foi chamado de o "poder das cidades ", provavelmente devido à alta proporção de milicianos mobilizados na região costeira da Palestina. Os cidadãos de Antioquia desempenharam um papel importante na derrubada do rei Demétrio II. Demétrio, depois de tomar o trono, decidiu dissolver a maior parte do exército regular e reduzir o pagamento de uma grande quantia. Em vez do exército regular, o poder de Demetrio foi baseado nos gregos, especialmente os mercenários cretenses, no que é conhecido como a "tirania de Creta ". Pouco tempo depois de Azoto, a maioria dos milicianos citadinos foi exterminada na desastrosa guerra de Antíoco VII contra os partos em 129 a.C.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL5w2LwtaGRISgRE86i0oPB8A4PSytFEQTA095ZM7GI71wOSzuRWC9aCpQdR3PJHJOuwVtcoioz4GmJld4H8FCq8vkBJH6rKW6HoMeEAQWLPjny0B5tfUgBtrcpy91pIBirOvrw636U4Y0/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL5w2LwtaGRISgRE86i0oPB8A4PSytFEQTA095ZM7GI71wOSzuRWC9aCpQdR3PJHJOuwVtcoioz4GmJld4H8FCq8vkBJH6rKW6HoMeEAQWLPjny0B5tfUgBtrcpy91pIBirOvrw636U4Y0/s320/000.jpg" width="254" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Representação de um general selêucida</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Aliados, vassalos e mercenários</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Devido à falta de soldados greco-macedônios no reino selêucida o uso de aliados, de tropas vassalas e de mercenários foi grande. Frequentemente esses contingentes eram utilizados em tropas ligeiras e auxiliares que complementavam a falange e a cavalaria. Um grande número de soldados não-gregos lutaram na batalha de Ráfia em 217 a.C. Entre eles estavam 10 mil árabes, 5000 dahes, carmânios e cilícios. Alguns desses contingentes étnicos, quer sejam vassalos ou mercenários, foram muito úteis em determinadas situações. Os mercenários trácios, juntamente com os mísios e cilícios lutavam muito eficientes nos terrenos acidentados e áreas montanhosas. As tropas vassalas das áreas montanhosas do império foram usadas por Antíoco III na tomada de Elburz em 210. As tropas persas e iranianas tinham uma posição militar mais usual do que a maioria dos outros contingentes, uma vez que exercem funções de guarnição em todo o império. No desfile de Dafne de 166 a. C. o grande número de contingentes aliados e vassalos estão ausentes. Eles inspiravam pouca confiança e tinham eficiência duvidosa. Tanto é assim que Apiano os culpa pela derrota selêucida na batalha de Magnésia em 190 a.C. A ausência de auxiliares do exército de Antíoco IV pode ter contribuído para a sua força. A perda de contingentes não-gregos do exército foi compensada por mercenários, que eram mais experientes e bem treinados. Os mercenários trácios e gálatas em Dafne teriam sido de bom uso em campanhas em terrenos acidentados e montanhosos.
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5249H2FMKGYP_Z0Faq0d_Dm6EYfrSvDvkpixUy24zvy5A9imC_HTDfmFeJnYiDc8svzPsvP8-2Ol5lODHlvFDqs1VnXNlhsw2Gwpr3TC0FeUlGFjjAz1kmCS7OgwfIyolb2rS3SRxFISJ/s1600/sel_pandotapoi.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5249H2FMKGYP_Z0Faq0d_Dm6EYfrSvDvkpixUy24zvy5A9imC_HTDfmFeJnYiDc8svzPsvP8-2Ol5lODHlvFDqs1VnXNlhsw2Gwpr3TC0FeUlGFjjAz1kmCS7OgwfIyolb2rS3SRxFISJ/s640/sel_pandotapoi.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Exemplo de tropas auxiliares não-gregas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Cavalaria</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao contrário das potências ocidentais, como os romanos e outros estados gregos, onde a infantaria dominava o campo de batalha, nas grandes estepes orientais, a cavalaria era o elemento bélico mais influente. A velocidade e a mobilidade eram fundamentais, como demonstram a utilização da cavalaria pelos partos e pelos grecobactrianos. O uso oriental do cavalo na guerra teria um impacto profundo sobre o reinado de Antíoco III quando ele formou a sua cavalaria. No entanto, os principais rivais dos Selêucidas, os romanos e os Ptolomeus, usavam exércitos combinados embasados em torno de uma boa infantaria. Neste caso, há um movimento de supervalorização da cavalaria como uma arma ofensiva. Antíoco III era um líder excelente de cavalaria; a descrição que Políbio faz do ataque de Antíoco III a Tapuria é quase que um tratado sobre como conduzir uma cavalaria em batalhas. No entanto, Antíoco III subestimou o potencial da infantaria o que o levou a posterior derrota diante dos romanos. As unidades de cavalaria não era uniformes, tendo varações de tamanho, função e equipamento.<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>a) Agema e Hetairoi</i><b> </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Junto com a unidade de infantaria da Guarda, havia dois regimentos de cavalaria da Guarda, cada um com 1.000 efetivos. Estes foram os <i>agema</i> (guarda) e <i>hetairoi</i> (companheiros). Os <i>hetairoi</i> eram recrutados entre os mais jovens dos colonos militares e atuavam como uma unidade de cavalaria de guarda do exército, servindo tanto em tempos de paz como de guerra. A <i>agema</i> era formada principalmente por homens selecionados dentre os medos, povo iraniano, com o complemento de cavaleiros oriundos de outros povos orientais.
Ambos os corpos de cavalaria poderiam acompanhar o rei na batalha, ou ambos poderiam formar uma unidade de 2.000 homens. Ambas as unidades estavam armadas com um <i>xyston</i>, um tipo de lança que não difere muito da sarissa. Eles também eram equipados com um escudo e um capacete. Após a introdução dos catafractos (cavaleiros com armadura), os <i>hetairoi</i> receberam equipamentos de proteção similar, mas de menor proteção. Quanto aos integrantes da <i>agema</i>, esses seriam equipados de forma semelhante ao catafractos.
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>b)</i> <i>Epilektoi</i> </div>
<div style="text-align: justify;">
No desfile de Dafne também havia um regimento a cavalo de "seletos", conhecido como <i>epilektoi</i>, consistente em torno de 1.000 homens. Os <i>epilektoi</i> provavelmente eram recrutados na cidade de Larissa na Ásia Menor, fundada por colonos de Larissa, cidade da Grécia continental. Após a perda da Média para os partos, que era o principal campo de recrutamento para os <i>agema</i>, o rei Alexandre Balas concedeu aos <i>epilektoi</i> o título e papel dos <i>agema</i>.
<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>b) Catafractos </i></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar da cavalaria ser vista como uma falange, a cavalaria selêucida ainda enfrentava problemas. O <i>xyston</i> ainda era muito curto para igualar-se com a sarissa. O peso da armadura restringia os movimentos e a remoção do escudo protetor deixavam mais vulneráveis o cavalo e o cavaleiro. O desejo de igualar a cavalaria à falange e a necessidade de proteção foram corrigidos por Antíoco III entre 210 e 206 a. C.
Nesse momento Antíoco entrou em contato com a cavalaria dos partos, que estavam fortemente armados com armas adequadas para o cavaleiro e o cavalo e lanças idôneas chamadas <i>kontos</i>. O <i>kontos</i> era praticamente igual a lança sarissa da falange. Surgia assim o cavaleiro catafracto (do grego <i>kataphraktós</i>, 'completamento coberto') cavaleiro com armadura que tinha numerosas vantagens. Primeiro, com a armadura tinha proteção contra flechas, lanças e piques. Em segundo lugar, com o <i>kontos</i> podia bloquear o avanço do inimigo e atacá-lo de longe . Os catafractos selêucidas foram capazes de vencer a cavalaria ptolomaica (egípcia) e atacar sua falange com relativa facilidade em Pânio em 200 a.C. No entanto, eles ainda tinham os seus problemas. Como a falange de infantaria, um ataque contra seu flanco poderia ser fatal e essas dificuldades foram usadas pela infantaria adversária, atacando as partes do corpo dos cavaleiros e cavalos que não estavam protegidas pela armadura. Para remediar esta situação, os Selêucidas foram obrigados a colocar cavaleiros com menor aparelhagem de armaduras para proteger seus flancos.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCJHIVLNMFDCAZ9RCwBhM0r5hRYX-N5qrPpmHl_NTSCIRhuVJZjJOF00p45TW6JAExXG6Ei2oy-x2OPfwLlFxF-Ql7Hr-cdGuNdeSMtNEXEgyDagGeOg4_TH8JO-V-eSq78Fg8r3vh-W9r/s1600/6pw7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="372" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCJHIVLNMFDCAZ9RCwBhM0r5hRYX-N5qrPpmHl_NTSCIRhuVJZjJOF00p45TW6JAExXG6Ei2oy-x2OPfwLlFxF-Ql7Hr-cdGuNdeSMtNEXEgyDagGeOg4_TH8JO-V-eSq78Fg8r3vh-W9r/s640/6pw7.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ilustração de cavaleiros catafractos selêucidas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
c) <i>Politikoi </i></div>
<div style="text-align: justify;">
Junto com a infantaria das milícias das cidades houve também regimentos de cavalaria, conhecidos como <i>politikoi</i>. A cavalaria da milícia citadina era recrutada por parte dos cidadãos mais ricos das cidades que não tinham o <i>status</i> legal de macedônios. A cavalaria citadina fez parte do célebre desfile de Dafne, neste caso , provavelmente, composta de elementos oriundos de Antioquia e de todas as cidades costeiras. Os <i>politiko</i>i provavelmente não eram um regimento de unidade de cavalaria, mas uma junção de esquadrões separados, contando cada um com sua própria indumentária e equipamentos.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Carros</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Os carros foram pouco utilizados no exército selêucida sendo considerado de pouca vantagem nos combates e mais prejudicial do que benéfico nos manuais táticos gregos. No entanto, poderia ter um efeito terrível sobre os soldados mal treinados como os exércitos asiáticos tribais. Esse conceito (limitado) pode ter influenciado o rei Antíoco III a usar carros em sua guerra contra os romanos, o que, todavia, causou prejuízos ao seu próprio exército. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWQzDQ22Yufb670K2ZXmlDJ95ivZiaUuGgabq053c_9c71PbDJyYL0U1X1PADUWuGIo2HrGRD5FQYaPLsrq7cdxHolXbp8mMXwlRZy7CRMdGu-l19FgxLij-bjM-yEj_Njylu5xKPoMcT-/s1600/scythedchariots4ie6+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="366" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWQzDQ22Yufb670K2ZXmlDJ95ivZiaUuGgabq053c_9c71PbDJyYL0U1X1PADUWuGIo2HrGRD5FQYaPLsrq7cdxHolXbp8mMXwlRZy7CRMdGu-l19FgxLij-bjM-yEj_Njylu5xKPoMcT-/s640/scythedchariots4ie6+(1).jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px;">Carros bélicos citas no exército selêucida</td></tr>
</tbody></table>
<b>Elefantes</b><br />
<div style="text-align: justify;">
Os elefantes de guerra eram considerados confiáveis pelos escritores gregos, mas desempenharam um papel importante em muitas das batalhas do Império Selêucida, especialmente no Oriente. Eles foram particularmente vantajosos na batalha de Ipso (301 a.C.) em que Seleuco Nicátor posicionou seus elefantes em uma longa linha entre o campo de batalha e a cavalaria de Demétrio e conseguiu a vitória ante o receio dos cavalos de se aproximarem dos elefantes. Os elefantes de guerra eram geralmente equipados com uma torre em suas costas, levando vários soldados armados com longas lanças e projéteis (flechas ou dardos). O condutor, chamado de mahout, sentava-se no pescoço e guiava os elefantes na batalha. Os elefantes, por vezes, eram equipados com uma armadura para protegê-los e melhorar a sua defesa natural mantida pela espessura de suas peles.
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj77SJTWgChgbb8eYV1Qvo7Uusm5dJApbKy8Iy1psc3kB-rJmcsHhMUWa2F3U1XUr4n1pkOh3pcAc7pr32kKMCub-X4MZcdpq-MJoARmUtGuSkKOhCmIbJXo436nmG9s2jqZONC8sxJuKCH/s1600/armoredelephants3el0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="444" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj77SJTWgChgbb8eYV1Qvo7Uusm5dJApbKy8Iy1psc3kB-rJmcsHhMUWa2F3U1XUr4n1pkOh3pcAc7pr32kKMCub-X4MZcdpq-MJoARmUtGuSkKOhCmIbJXo436nmG9s2jqZONC8sxJuKCH/s640/armoredelephants3el0.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os elefantes bélicos selêucidas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Dromedários</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Dromedários são atestados no exército selêucida na batalha de Magnésia (190 a.C.). Nessa batalha, que confrontou selêucidas e romanos, os dromedários eram montados de flecheiros árabes que também portavam espadas finas e compridas. Mas seu pequeno número (300 dromedários) sugere que não eram um elemento regular nas batalhas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Decadência</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar das muitas vantagens que os Selêucidas vieram a ter no auge de seu poder, o império logo começou a cair em declínio, principalmente por causa do grande número de guerras dinásticas entre os pretendentes ao trono. Os romanos, querendo expandir seu poder no Oriente, souberam aproveitar essa fraqueza, principalmente depois da morte de Antíoco IV. Nas disputas dinásticas eles apoiavam os pretendentes menos capazes em detrimento dos mais fortes como no caso de em que apoiaram Antíoco V e Alexandre Balas em detrimento de Demétrio I. Roma apoiava, inclusive, as revoltas internas do império, como a dos Macabeus na Judeia.
O enfraquecimento gradual do império levou os partos, povo iraniano, a se libertarem e a tomar as satrápias orientais. Essas conquistas ocorreram enquanto as guerras civis dilaceravam o império. A campanha de Antíoco VII contra os partas foi a última demonstração de força selêucida , mas a sua morte no campo de batalha levou a mais perdas e mais decadência. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio2pm9hQp3xhDbrds2dojq2A9o0NyiZR7aPXck_w_DShWFCbJyK713Vjm0nvi_IcTvyNtkuxfkyVgCxX-w9ANHUkvy8XsPkile1lftp_DUAHVv8GLGhfKmqn2g7hpoyWOy7Yw9tYlVP9yA/s1600/seleucidarmy4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="526" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio2pm9hQp3xhDbrds2dojq2A9o0NyiZR7aPXck_w_DShWFCbJyK713Vjm0nvi_IcTvyNtkuxfkyVgCxX-w9ANHUkvy8XsPkile1lftp_DUAHVv8GLGhfKmqn2g7hpoyWOy7Yw9tYlVP9yA/s640/seleucidarmy4.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Componentes do exército selêucida: Nem os melhores homens e<br />
equipamentos podem garantir a vitória de um império dividido</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A perda dos territórios orientais significou a perda de vitais recursos econômicos e humanos. No início do primeiro século a.C., o reino selêucida ainda sofria com a instabilidade provocada pela guerra civil entre os ramos do norte e sul da casa real selêucida. A perda de súditos e a instabilidade política fazem supor que o exército selêucida nesse momento dependia de mercenários e milícias de cidadãos e foi incapaz de manter um contingente como nos dias áureos em Ráfia e Magnésia. Assim, enfraquecido por querelas internas, um dos mais poderosos exércitos da Antiguidade se desmantelou. Não há guerreiros, equipamentos bélicos, armaduras, carros, elefantes que resistam à falta de uma liderança capaz e coesa. No fim, o maior adversário do exército selêucida foram seus próprios reis.<br />
<br />
<b>FONTES:</b><br />
<div style="background: white; line-height: 9.6pt;">
<br /></div>
<div style="background: white; mso-line-height-alt: 9.6pt;">
<a href="http://de.wikipedia.org/wiki/Seleukidenreich">http://de.wikipedia.org/wiki/Seleukidenreich</a></div>
<div style="background: white; mso-line-height-alt: 9.6pt;">
<a href="http://es.wikipedia.org/wiki/Ej%C3%A9rcito_sel%C3%A9ucida">http://es.wikipedia.org/wiki/Ej%C3%A9rcito_sel%C3%A9ucida</a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 6.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; mso-line-height-alt: 9.6pt;">
<a href="http://www.moddb.com/mods/kings-and-conquerors/images/seleucid-phalanx">http://www.moddb.com/mods/kings-and-conquerors/images/seleucid-phalanx</a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 6.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.ancient-battles.com/catw/seleucids/sel_argyraspidai.png">http://www.ancient-battles.com/catw/seleucids/sel_argyraspidai.png</a><span class="apple-converted-space"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 6.5pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://forums.totalwar.com/showthread.php/89428-Why-is-there-no-regular-romanized-infantry-and-elephants-guards-for-the-seleucids">http://forums.totalwar.com/showthread.php/89428-Why-is-there-no-regular-romanized-infantry-and-elephants-guards-for-the-seleucids</a><span class="apple-converted-space"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 6.5pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.michtoy.com/item-PEG-200008-Seleucid_General.html">http://www.michtoy.com/item-PEG-200008-Seleucid_General.html</a><span class="apple-converted-space"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 6.5pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.ancient-battles.com/catw/seleucia.htm">http://www.ancient-battles.com/catw/seleucia.htm</a></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.twcenter.net/forums/showthread.php?125737-Roma-Surrectum-s-New-Seleucid-Empire!">http://www.twcenter.net/forums/showthread.php?125737-Roma-Surrectum-s-New-Seleucid-Empire!</a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="http://deadliestblogpage.wordpress.com/">http://deadliestblogpage.wordpress.com/</a></div>
</div>
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-79764111324562451702013-10-18T11:22:00.000-07:002013-10-25T07:05:32.912-07:00SOCIEDADE<div style="text-align: justify;">
<b>População</b><br />
Os Selêucidas herdaram o controle aquemênida de várias nacionalidades. As maiores populações eram de iranianos, gregos e mesopotâmicos. No entanto, em vez das antigas elites iranianas, o Império Selêucida baseou-se na população greco-macedônia. Os reis selêucidas fundaram numerosas colônias greco-macedônicas na Síria, Babilônia, Irã e Báctria para reforçar e estabilizar o domínio de sua dinastia. Porém, no Oriente do reino, os greco-macedônios eram uma minoria. No Ocidente, no entanto, especialmente na Ásia Menor e na Síria e Palestina, uma helenização permanente das populações nativas foi posta em movimento ocorrendo casos de assimilação, sincretismo e até revoltas, como a dos judeus palestinos. Os Selêucidas tinham dois diferentes tipos de cidades: as colônias civis e as colônias militares, relativamente autônomas, como as antigas cidades gregas na Jônia, com as quais os reis selêucidas procediam com relativa tolerância. Embora essas cidades fossem parte do Império, eles mantiveram a sua autonomia formal e tiveram o exercício da legislação local pouco perturbado, enquanto tributos regulares fossem pagos ao rei, que, todavia, não abria mão de intervir na política dessas cidades: Os reis selêucidas costumavam instalar seus partidários nas elites para asseguram sua suserania.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhScNY1ELZWpInODxqaXF2NpphHl5g20v-bd0KzmdCoYi3UqGROIovnfY6QLkyGLmSU7ZiugpNGgwhg7N2mk-CeFSs6IfdsusxLO45ub7r_TOUEsB-2NJmBLIofeW6kRREEF7UynLCQWPA5/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhScNY1ELZWpInODxqaXF2NpphHl5g20v-bd0KzmdCoYi3UqGROIovnfY6QLkyGLmSU7ZiugpNGgwhg7N2mk-CeFSs6IfdsusxLO45ub7r_TOUEsB-2NJmBLIofeW6kRREEF7UynLCQWPA5/s400/000.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px;">Tell Omar: um dos locais da antiga cidade de Selêucida sobre<br /> o Tigre, uma das colônias selêucidas na Mesopotâmia<br /></td></tr>
</tbody></table>
As cidades-colônias tinham greco-macedônios como habitantes e eram um reservatório de soldados para a falange, o coração do exército selêucida.
A população não grega estava envolvida em menor escala no governo nacional. Os membros das autoridades centrais e locais eram recrutados dos chamados amigos do rei, de modo que eles eram geralmente de origem grega. As diferentes nacionalidades, no entanto, eram governadas localmente por suas próprias elites, como em Jerusalém ou Babilônia. Os reis selêucidas tentaram (embora sem muito sucesso) não serem percebidos pelas nações como estrangeiros invasores. Durante as Guerras dos Diádocos pelo controle do império de Alexandre, Seleuco I prevaleceu contra Antígono na Babilônia porque ele contou com o apoio do povo local. Portanto, os reis procuravam quanto possível adequar seus interesses aos governantes, tradições e religiões regionais como, por exemplo, o estabelecimento de edifícios representativos nos estilos arquitetônicos típicos regionais.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUOfE36RYip3EDtQJvTSHN1WWRC22y5PLCwfJ0itQPHqtSY7rPzXIXBCT0VG2dkIzdebOkIkg8zZrvOGTm_vmoJTWreVMQ2P06qcV3sBV9bBUpbUIDkq6-FO4QAaGXuX0dIBwJTy6YdWgW/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUOfE36RYip3EDtQJvTSHN1WWRC22y5PLCwfJ0itQPHqtSY7rPzXIXBCT0VG2dkIzdebOkIkg8zZrvOGTm_vmoJTWreVMQ2P06qcV3sBV9bBUpbUIDkq6-FO4QAaGXuX0dIBwJTy6YdWgW/s400/000.jpg" width="340" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Representação selêucida de Hércules em Behistun, Irã, local <br />tradicional de arte politico-religiosa do Império Persa Aquemênida</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<b>Intercâmbio Cultural</b></div>
<div style="text-align: justify;">
O Império Selêucida ocupava uma grande área geográfica que ia desde o Mar Egeu ao que é hoje o Afeganistão e o Paquistão, criando um caldeirão de diferentes povos: gregos, persas, medos, assírios, judeus, etc. O grande tamanho do império, seguido por sua natureza aglutinadora, fez com que os governantes selêucidas estivessem interessados na implementação de uma política de integração racial utilizando o helenismo como cimento. Tal procedimento teve início com Alexandre Magno. A helenização (difusão da cultura grega) do Império Selêucida foi estimulada através da criação de cidades gregas em todo o império. As vilas e cidades historicamente importantes, como Antioquia, foram criadas ou rebatizadas com nomes gregos mais apropriados. A fundação de novas cidades e vilas helenizadas se beneficiou do fato de que a Grécia europeia estava superpovoada, que fez o vasto Império Selêucida adequado para a imigração colonização grega e facilitando a assimilação da cultura helênica por muitos grupos orientais. Evidentemente, os nativos orientais também adotaram os costumes helênicos para poderem participar da corte e da vida pública do império. Em contrapartida, a classe dirigente greco-macedônica também adotou muitos costumes orientais. Os Selêucidas construíram centenas de cidades e mantiveram ou reformaram a infraestrutura dos antigos reis persas. As cidades foram baseadas no modelo grego da <i>pólis</i>, com ginásios, anfiteatros e praças. De um modo geral, influência grega era estritamente limitada às cidades e afetou pouco às áreas rurais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Arquivo: Apamea 01.jpg" height="380" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d3/Apamea_01.jpg/800px-Apamea_01.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ruínas da cidade selêucida de Apameia na Síria</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Difusão do Helenismo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Por volta de 310 a.C., as ideias helênicas sob patrocínio dos Selêucidas iniciaram seus quase 250 anos de expansão no Oriente Médio, Oriente Médio e as culturas da Ásia Central. Foram essas ideias que moveram sistema governamental do império que criou centenas de cidades para fins profissionais e comerciais. Muitas das cidades existentes começaram (ou foram obrigadas pela força) a adotar os pensamentos filosóficos, políticos e religiosos helênicos. A síntese das ideias culturais, religiosas e filosóficas gregas e orientais encontrou diferentes graus de aceitação, muitas vezes resultando em tempos de paz e rebelião simultâneos em várias partes do império. Tal foi o caso da população judaica, que levou até a guerra (na Palestina) sua não adequação à helenização. Ao contrário da natureza tolerante do Egito ptolomaico para com religiões e costumes nativos (inclusive judeus), os Selêucidas tentaram gradualmente forçar a helenização do povo judeu no seu território, chegando a proibir o judaísmo. Isto eventualmente levou à revolta dos judeus do domínio selêucida, culminando com a sua independência. <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgy9CXpvrULdgNJL5ZuAhdcceLKFAdN38L72cgdmq7awdihEZwj57yjiLJhTOHwbLxhFWy-nwgOEFKsVXQK7iVIeCnQbQsUwSi9QNqI6GUrAZX8dsPuuoHbF1k369ZRBDQN0GMoCfRn11J/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgy9CXpvrULdgNJL5ZuAhdcceLKFAdN38L72cgdmq7awdihEZwj57yjiLJhTOHwbLxhFWy-nwgOEFKsVXQK7iVIeCnQbQsUwSi9QNqI6GUrAZX8dsPuuoHbF1k369ZRBDQN0GMoCfRn11J/s640/000.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ruínas do porto da cidade de Selêucia Piéria na Turquia</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Religião</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Os reis selêucidas tentaram garantir o seu domínio sobre as diversas nacionalidades adotando, com influxos gregos, uma prática comum no Oriente: o culto dinástico, o rei e sua família como representação da divindade na Terra. Inicialmente planejado para o governante falecido, a partir do século II a.C. Foi estendido aos reis em vida e sua família. O culto ao governante era mais político e do que religioso. Ele deveria aumentar o controle do Império Selêucida sobre seus súditos. Seguindo o exemplo dos Aquemênidas, o Selêucidas toleravam as demais religiões e procurava assimilá-las a sua cosmovisão governamental, o que não evitou confrontos. O deus grego Apolo era considerado como o progenitor da dinastia (seria o verdadeiro pai de Seleuco I), cujo santuários estavam em Delfos e Delos e, especialmente, o de Dídimos, restaurado por Seleuco I.
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDnGHviq3p4oEsp9H8TqN7nfvHZ5-7JGoF2-4_L8EBYcGlmRDk1Wn2hgh7vftiAFO1nUwAaYasKOFha1HNFFMkYj5Qw_A436iIT_uI3_CHW6WwvaURYWADUpglt6jXrBFhs5IV_NFRJcSd/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="459" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDnGHviq3p4oEsp9H8TqN7nfvHZ5-7JGoF2-4_L8EBYcGlmRDk1Wn2hgh7vftiAFO1nUwAaYasKOFha1HNFFMkYj5Qw_A436iIT_uI3_CHW6WwvaURYWADUpglt6jXrBFhs5IV_NFRJcSd/s640/000.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">ruínas do templo de Apolo em Dídimos (Turquia)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Artes e Ciências</b></div>
<div style="text-align: justify;">
A mais famosa obra de arte no Império Selêucida foi a estátua da deusa Tique elaborada por Eutíquides para a cidade de Antioquia (293 a.C.), da qual se tornou símbolo. O artista representou a deusa sentada sobre uma rocha, coroada por torres e tendo aos pés a personificação do rio Orontes (em cujas margens se encontrava a cidade). Esse modelo foi mais tarde copiado pela maioria das outras cidades gregas fundadas desde então. A estátua foi concluída ainda sob Seleuco I. A deusa Tique era a deusa da fortuna, da sorte, do destino. Ela simbolizava adequadamente a perspectiva das pessoas naquela época de condições caóticas das disputas entre os Diádocos (sucessores de Alexandre Magno) em que um homem como Seleuco, originalmente com poucos seguidores, foi capaz de ascender a governante de um vasto império. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Ficheiro:Tyche Antioch Vatican Inv2672.jpg" height="640" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b8/Tyche_Antioch_Vatican_Inv2672.jpg/396px-Tyche_Antioch_Vatican_Inv2672.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="422" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tique de Antioquia: cópia do período romano a partir do original de Eutíquides</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Os Lágidas em Alexandria e os Atálidas em Pérgamo tinham seus centros culturais e difusores do helenismo, com suas famosas bibliotecas, mas não havia nenhum centro intelectual no reino selêucida. Isto se deve em parte ao fato de que o rei e sua corte migravam muito devido ao tamanho do império. Não havia, portanto, uma instituição cultural permanente e sólida que pudesse apoiar a ciência dos Selêucidas. Embora em Antioquia da Síria houvesse uma biblioteca, não era do porte das bibliotecas de Alexandria e Pérgamo. No entanto, a corte selêucida manteve famosos poetas e pensadores da época helenística. Destacaram no Império Selêucida médicos como Erasístrato (considerado pai da Fisiologia) e seus alunos e o sacerdote historiador Beroso que escreveu em grego a história da Babilônia sob o patrocínio de Antíoco I. Antíoco III promoveu o poeta Eufórion e alguns historiadores. Além disso, os pesquisadores selêucidas levaram várias expedições ao mar Cáspio, Golfo Pérsico e ao rio Ganges .<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLzciYI7Pz6rcTavX5LX8VsGJ4g2L5KDOuP4r8RCM1yRDVwMxOKKbfFdmGtmexklqb-MBnoIteQOrCBhfZm6sl-pn9mVJBH-yAaZ2_0k17LKJQhE0iP5DutrTuCrSRg7gnI46w_OEeIkht/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="369" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLzciYI7Pz6rcTavX5LX8VsGJ4g2L5KDOuP4r8RCM1yRDVwMxOKKbfFdmGtmexklqb-MBnoIteQOrCBhfZm6sl-pn9mVJBH-yAaZ2_0k17LKJQhE0iP5DutrTuCrSRg7gnI46w_OEeIkht/s640/000.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Reconstrução da antiga cidade mesopotâmica de Uruk no período selêucida</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
FONTES:<br />
http://es.wikipedia.org/wiki/Imperio_sel%C3%A9ucida<br />
http://de.wikipedia.org/wiki/Seleukidenreich#Kultur
http://www.iranchamber.com/history/seleucids/seleucids.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Euf%C3%B3rion_de_C%C3%A1lcis<br />
http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0623
http://lakesideministries.com/2ndCovenant/Acts/Acts_Images/ActsPict-Seleucia.htm
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=361594<br />
http://www.centroscavitorino.it/progetti/iraq/images/seleucia/large/33-TellOmar.jpg<br />
http://www.iranicaonline.org/articles/bisotun-ii<br />
<a href="http://artefacts-berlin.de/uruk-seleucid/index.php?l=eng">http://artefacts-berlin.de/uruk-seleucid/index.php?l=eng</a>Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-33715121572737011462013-10-16T07:29:00.000-07:002013-12-28T12:58:09.978-08:00GOVERNO<div style="text-align: justify;">
<b>Estrutura Governamental </b></div>
<div style="text-align: justify;">
No topo do Império Selêucida estava o <i>basileus</i>, o rei. Este era apoiado por seu conselho, composto por altos funcionários civis e militares e seus amigos. A estrutura regional de governo era encabeçada pelos sátrapas, governadores provinciais, que eram responsáveis pela coleta de impostos e pelo recrutamento militar. Estes eram ou nobres regionais significativos ou amigos do rei. Comparado com o período aquemênida, o número de vinte satrápias (províncias) aumentou significativamente (relata-se que no tempo de Seleuco I já haviam 72 satrápias). Devido a vastidão de seus domínios, o rei se valia de lugares-tenentes ou vice-reis que ficavam em Sardes na Ásia Menor e em Selêucia no Tigre. Tendo a sua disposição autoridade, poder e recursos, esses vice-reis representavam uma ameaça ao rei, razão pela qual apenas parentes ou particularmente amigos merecedores foram colocados nesta posição.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="383" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4c/BagdatesI290-280BCEPersia.jpg/220px-BagdatesI290-280BCEPersia.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie de Bagadates, primeiro sátrapa não greco-macedônio, a ser nomeado<br />
pelos Selêucidas, era rei-sacerdote de Istakhr, centro da religião de Zaratustra na província de <br />
Persis, antigo lar dos reis aquemênidas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Os territórios individuais do Império Selêucida eram governados de forma diversificada dependendo das necessidades vislumbradas pelo governo central. Em primeiro lugar, havia o Estado selêucida real, composto e diretamente gerido pela burocracia real e pelos sátrapas nomeados pelo rei e sua corte. Em segundo lugar, havia outros territórios dentro das satrápias, que gozavam de autonomia interna. Estes incluíam as cidades greco-macedônicas, vários templos estatais e príncipes regionais. Deve se assinalar, que os Selêucidas foram os mais prolíferos fundadores de cidades dos estados helenísticos. Especialmente nas cidades da Ásia Menor se atribuiu grande importância a independência formal e isto se aplica, em menor medida, também para certos lugares na Síria e regiões orientais do império.
Os templos estatais na Ásia Menor e do Irã, que representavam grande valor político e sociocultural, foram de fato limitados pelos Selêucidas em tamanho, mas mantiveram a sua autonomia. Alguns príncipes de nacionalidades regionais no Irã ou na Palestina exerciam direitos de soberania, mas foram controlados pela política externa dos Selêucidas. Além da administração direta e as regiões autônomas existiam como uma espécie de terceira categoria “administrativa” alguns países vizinhos do Império Selêucida que estavam formalmente sujeitos a esse: Os reis da Armênia, Média Atropatene, Pártia e Báctria que reconheciam, ainda que temporariamente, a suserania selêucida, sem ter que desistir de sua existência como um Estado separado.
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgGWfdhIWoXqlRjXMU2DZcakrDUCgcXKdPHDmzoPm3kpKjzywTdB6MvT31ey9Sq21reUv1ll31SqrAwdn_F5EXEW-B1CyWa1H8ZA8kL-cr7VYT1tfTbSGAVP8aFVnbNY7bpkScS4HEwSvM/s1600/aa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgGWfdhIWoXqlRjXMU2DZcakrDUCgcXKdPHDmzoPm3kpKjzywTdB6MvT31ey9Sq21reUv1ll31SqrAwdn_F5EXEW-B1CyWa1H8ZA8kL-cr7VYT1tfTbSGAVP8aFVnbNY7bpkScS4HEwSvM/s640/aa.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Império Selêucida e seus vizinhos</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Realeza</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Os reis selêucidas reivindicavam a sua legitimidade de um lado pela pertença à dinastia do fundador, Seleuco I Nicátor, e por outro, pela realeza militar macedônica. O rei selêucida tnha, portanto, que descender de de Seleuco I e ser aclamado pelo exército conforme a tradição do reino da Macedônia, pátria original de Seleuco I. Antíoco I, filho e sucessor de Seleuco I, fomentou o culto ao deus grego Apolo no reino; esse deus era considerado como divino progenitor dos Selêucidas, que por sua vez também eram partícipes a sua divindade. Um culto adicional aos governantes foi introduzido, o que deveria fazer a dinastia “intocável” em todo o império. Além disso, a identidade dinástica dos reis, e assim sua legitimidade, era mantida pelo fato de que quase todos os reis usavam o nome de dois fundadores dinásticos: Antíoco e Seleuco. Antíoco era o nome do pai e do primeiro filho de Seleuco I. O terceiro filho de Antíoco III, e inicialmente fora da linha de sucessão direta, recebeu o nome iraniano de Mitrídates; no entanto, quando de sua ascensão ao trono adotou o nome dinástico de Antíoco (IV).
A segunda base da monarquia era a realeza militar macedônica. Do monarca selêucida se esperava que fosse vitorioso na guerra e contava com a aprovação da assembleia do Exército, conforme a tradição militar da realeza macedônica. A maioria dos Selêucidas, portanto, colocavam-se na tradição de Alexandre, o Grande, e tomavam parte ativa no combate.
Os dois princípios de legitimidade dinástica e aclamação pelo exército também poderiam se contradizer: Em 220 a.C. os soldados na Ásia Menor aclamaram Aqueu, seu bem-sucedido general, em oposição ao rei Antíoco III, descendente direto de Seleuco I.
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="File:Ai-Khanoum-gold stater of Antiochos1.jpg" height="305" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b6/Ai-Khanoum-gold_stater_of_Antiochos1.jpg/800px-Ai-Khanoum-gold_stater_of_Antiochos1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda de Antíoco I com sua efígie e a representação do deus Apolo, padroeiro dos Selêucidas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O filho mais velho do rei geralmente atuava como corregente com seu pai (a quem eventualmente sucederia) para evitar um vácuo de poder em uma mudança posterior de governante. O rei nomeava seus filhos para postos estratégicos do império, como sátrapas, governadores-gerais ou vice-reis. Assim, a dinastia se fazia presente nas satrápias e melhor podia controlá-las. Aos príncipes selêucidas também eram atribuídas posições militares e comando de operações bélicas secundárias. Mesmo se eles fossem ainda muito inexperientes, eles recebiam pelo menos um comando nominal, para que eles pudessem crescer gradualmente dentro e diante do exército do rei posteriormente.
A política de casamento dos Selêucidas foi importante para suas relações com o seu próprio povo e os poderes vizinhos. Seleuco I já tinha se casado com a princesa iraniana Apame, o que fez com que ele e seus descendentes tivessem o apoio da população local. Antíoco III, mantendo a tradição, casou-se com Laodice, princesa do reino helenístico do Ponto cuja dinastia reinante era de origem iraniana. Os casamentos tinham uma grande função política: eram celebrados para fechar alianças com os potentados vizinhos ou para selar acordos de paz. Os Selêucidas se casaram várias vezes com membros da nobreza de pequenos principados asiáticos. Os casamentos com os Lágidas (ou Ptolomeus, a dinastia reinante no Egito fundada por Ptolomeu I) eram arriscados, pois devido ao permanente conflito entre o Egito e o Império Selêucida por causa das terras sírias, eles pouco poderiam assegurar nas disputas entre as duas potências. </div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYOnDKy2yl81dUNxVkBQdrHgpFpXRUuDhU2s9FXKRsSWl468cZ2_anINftNWGTZacJEYF33JZpbbzR9Itagyj3KoOlCrMPfGa2xLJ1OoEj6mtFGppkymnimAJLo9JQFy3nEVAkeMwuhNMK/s1600/000.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="492" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYOnDKy2yl81dUNxVkBQdrHgpFpXRUuDhU2s9FXKRsSWl468cZ2_anINftNWGTZacJEYF33JZpbbzR9Itagyj3KoOlCrMPfGa2xLJ1OoEj6mtFGppkymnimAJLo9JQFy3nEVAkeMwuhNMK/s1600/000.gif" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Os Selêucidas também se casavam entre si: Laodice, a filha de Antíoco III, casou-se sucessivamente seus três irmãos. Porém, esse tipo de casamento era uma exceção ao costume geral selêucida ao contrário do Egito ptolomaico onde a endogamia era a regra.O problema central da dinastia selêucida foram as lutas internas: Os jovens príncipes eram empregados como vice-reis para integrá-los na liderança do reino e usar sua energia em prol da dinastia. Mas muitas vezes eles se tornavam após a morte de seu pai uma ameaça aos seus irmãos mais velhos (os virtuais herdeiros do trono). Em quase todas as gerações de Selêucidas houve disputas sobre a sucessão. Essas disputas enfraqueceram o poder central e fizeram com que satrápias se emancipassem. Especialmente nas últimas três gerações a luta dentro da dinastia ocorreu de tal forma que as forças restantes do império estavam exaustas. O ensejo para a intervenção romana que capitulou definitivamente o reino selêucida foi justamente uma disputa pela sucessão do trono entre os primos Antíoco XIII e Filipe II. Sobre este ponto, os selêucidas claramente diferenciaram-se dos Atálidas de Pérgamo que lograram êxito com sua unidade familiar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Política Interna</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
A relação entre o rei selêucida e seus súditos variava de região para região. As áreas autônomas geralmente pagavam tributo e aceitavam o estabelecimento de guarnições militares, mas isso dependia também da situação política do momento, se em tempos de tranquilidade ou de crise, quando a monarquia aliviava ou apertava seu jugo. A capacidade de liderança dos reis também era vital: Uma vez que um governante medíocre subia ao trono na Síria, isso provocava forças facciosas e a perda de territórios. Não obstante, os reis selêucidas se viam como os verdadeiros governantes do mundo. Mas, o “mundo” que governavam era composto por povos com cosmovisões diferentes. Nos centros religiosos, como a Babilônia, os reis selêucidas assumiam funções e titularia sagradas para aumentar a assimilação dessas áreas ao império. Em contraste com as cidades da Ásia Menor em que tentavam atuar principalmente como benfeitores e protetores para preservar a aparência da igualdade política. Nas satrápias iranianas os selêucidas assumiram a posição dos Aquemênidas como o Grande Rei ou Rei de Reis. Esse papel também permitiu que eles tolerassem a existência de reis regionais dentro do Império, que, todavia, estavam sobre o governo selêucida. Mas, a falta de unidade dentro da dinastia fez com que qualquer esforço para preservar um império vasto e com vários povos diferentes lograsse êxito. Se os próprios membros da família selêucida não conseguiam se unir entre si como conseguiriam unir gregos, persas, judeus, sírios, babilônios, indianos e tantos outros povos que compunham o império? </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3rbyyA0xf7yocOICvALLZUJf4iXW_lF79hc7JoGJIbD3fRuX_2WeqOQm_K5nvuYS3xyoBLOLDzBmWlWDTW6Iz9_hykolRJA88rmE0zQv3w7gd8GLBylDs_3eEy3UL60p6XRaWyaoDHkbf/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3rbyyA0xf7yocOICvALLZUJf4iXW_lF79hc7JoGJIbD3fRuX_2WeqOQm_K5nvuYS3xyoBLOLDzBmWlWDTW6Iz9_hykolRJA88rmE0zQv3w7gd8GLBylDs_3eEy3UL60p6XRaWyaoDHkbf/s1600/000.jpg" width="384" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda coma efígie de Antíoco XIII Asiático, um dos últimos reis selêucidas que disputou o<br />
trono com seu parente Filipe II Filoromano antes da queda definitiva do império</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<b>Economia</b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Tal como aconteceu com todos os impérios europeus e orientais nos tempos antigos, a agricultura também foi a base do sistema econômico selêucida. A grande maioria da população era de camponeses relativamente marginalizados. Geralmente, as terras eram de propriedade do rei, da nobreza regional, das cidades ou dos templos.
Os agricultores das aldeias e das terras pertencentes à realeza contribuíam em grande parte para as receitas do reino. Além disso, o rei premiava com terras os indivíduos da administração ou do pessoal militar que merecessem. Era uma espécie de sistema feudal, mas a posse dessas terras não era hereditária, e cessava com a morte dos vassalos do rei, se não fosse concedida aos herdeiros novamente.
De especial importância foram as colônias militares (<i>cleruchies</i>), em que os veteranos greco-macedônios foram instalados, e eles eram diretamente subordinados ao rei. Não obstante seus habitantes serem agricultores, elas serviam principalmente como um reservatório para o exército e para o controle de outras nacionalidades.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih-4eGgBuy3xtZ5SOb24dSP1_Nb1MwBS-H___bu9llgzGPBfgo8oiw4q7ZR59W6S9drIOFPduvGYdlL7dZ-WX5fMiZaDAnrMNt4SemJmH2U9V-8xGt6Un1zG1_HPDzSWFpA_e7aswMk1CA/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih-4eGgBuy3xtZ5SOb24dSP1_Nb1MwBS-H___bu9llgzGPBfgo8oiw4q7ZR59W6S9drIOFPduvGYdlL7dZ-WX5fMiZaDAnrMNt4SemJmH2U9V-8xGt6Un1zG1_HPDzSWFpA_e7aswMk1CA/s400/000.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tetradracma coma efígie de Seleuco I Nicátor</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O volume do comércio no Mediterrâneo foi limitado no tempo dos Selêucidas, mas encontrou alguns bens e serviços dentro e fora de seus Estados clientes. Comércio de longa distância contribuiu para financiar a casa real. Os Selêucidas beneficiaram-se, como os seus antecessores Aquemênidas, de sua posição privilegiada na Rota da Seda e construíram as rotas de transporte e portos. A exportação mais importante do Império Selêucida eram os escravos. Como em seu próprio território, por causa do regime de servidão dos campesinos, era de pouca necessidade a utilização de escravos, os cativos de cidades conquistadas eram vendidos para a Grécia e Itália.
As cidades da Síria trabalhavam com jóias de metal (ouro, prata, bronze) e cerâmica especializada e seus produtos eram exportados para o Irã ou para a Grécia. Além disso, da Síria eram oriundos pedreiros e trabalhadores de mosaico contratados por contrato de trabalho na Grécia. Além disso, os artesãos sírios, bem como fenícios fizeram-se na fundição de vidro e na construção naval. As cidades da Mesopotâmia e da Babilônia predominava a produção têxtil. O asfalto para a construção de estradas era proveniente do Mar Morto. Centros de produção de perfume estavam na Ásia Menor e na Mesopotâmia. A cunhagem do Império Selêucida é baseada nas moedas de Alexandre, o Grande , que por sua vez foram baseadas na cunhagem ateniense do peso ático. O principal símbolo do Estado selêucida era a âncora, a qual foi colocada no anverso de moedas retratando Alexandre postumamente, mas antes da emissão de moedas retratando Seleuco I em torno de 306 a.C. Não se sabe ao certo o porquê do uso da âncora. Segundo lendas, Seleuco tinha uma mancha de nascença na perna na forma de uma âncora que seria um sinal dado pelo deus Apolo a mãe de Seleuco de que ele seria seu filho. Assim a âncora ressaltaria a origem divina da dinastia selêucida. Entretanto,se pensa a âncora que evoca a vitória naval de Seleuco I sobre Demétrio Poliorcetes em Rodes em 305 a.C. Essa vitória foi de grande importância para seu estabelecimento político. Nas moedas de Seleuco e sucessores também figuram com frequência elefantes e cavalos com chifres. Os elefantes eram temível força de combate de Seleuco (a ponto dele ser apelidado de elefantarca por Demétrio Poliorcetes) e os chifres o tradicional símbolo de poder e força do Mundo Antigo </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx5GlF5R22m9ikiiqf8Mo2Maw37rNEU3EMhG1hhw2vkvDI78PrM2P4tMN74COtAHU7bnCDoJ7UJteGUTp5Y2nKCqreZfJmmzQDAY5MmP8srAQzBTcv6k6ILVtQz6RHjPyHbkBiPBB2WH9S/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="387" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx5GlF5R22m9ikiiqf8Mo2Maw37rNEU3EMhG1hhw2vkvDI78PrM2P4tMN74COtAHU7bnCDoJ7UJteGUTp5Y2nKCqreZfJmmzQDAY5MmP8srAQzBTcv6k6ILVtQz6RHjPyHbkBiPBB2WH9S/s400/000.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Âncora: principal símbolo do poder selêucida</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
FONTES:<br />
http://de.wikipedia.org/wiki/Seleukidenreich<br />
http://www.livius.org/di-dn/diadochi/diadochi_t19.html<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Bagadates_I<br />
http://www.samuelrunge.com/wp-content/uploads/2012/10/HellenisticWorld.jpg
http://en.wikipedia.org/wiki/Apollo
http://www.vcoins.com/en/stores/holyland/74/product/laodice_iv_wife_and_sister_of_antiochos_iv_serrate_175__164_bce_nice_coin_/147984/Default.aspx<br />
http://www.livius.org/am-ao/antiochus/antiochus_xiii_asiaticus.html
<br />
http://www.forum-numismatica.com/viewtopic.php?f=56&t=57558#p492273<br />
<div class="MsoNormal">
http://www.persianempire.info/anchor2.jpg</div>
<a href="http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm">http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm</a><br />
<div class="MsoNormal">
http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucid_coinage<span class="apple-converted-space"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 6.5pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span><br />
<a href="http://www.snible.org/coins/hn/syria.html">http://www.snible.org/coins/hn/syria.html</a></div>
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-30303138128110842482013-10-10T19:35:00.003-07:002013-12-15T09:25:54.139-08:00GEOPOLÍTICA<div style="text-align: justify;">
O Império Selêucida em sua plenitude estava localizado no território do antigo império dos persas sob a dinastia dos Aquemênidas (excluindo o Egito). Este vasto território compreendia os espaços étnicos anteriormente independentes da Ásia Menor, Palestina, Mesopotâmia, Babilônia, Média, Pérsia e Báctria. Em suas fronteiras teve que lidar com as querelas do Egito ptolomaico, cidades-estado gregas da Europa e da Ásia, a Macedônia antigônida, os indianos, os armênios e por fim a República Romana que pôs fim ao que sobrara do império helenístico fundado por Seleuco I. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="307" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/69/Diadochi_PT.svg/1024px-Diadochi_PT.svg.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Império Selêucida em sua maior expansão</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Síria, o Centro do Império</b><br />
Diante da vastidão de seus domínios, os reis selêucidas não deram importância igual as suas satrápias (províncias) priorizando as mais ocidentais e quando necessário até abrindo mão das orientais. A mais importante região selêucida foi no norte da Síria, que era parte do império desde 301 a.C. Aqui os reis geralmente permaneciam nos tempos de paz. Eles fundaram várias cidades na Síria, onde os imigrantes gregos foram estabelecidos. O coração do país formava a chamada Tetrapolis, a partir das quatro cidades de Antioquia no Orontes, Seleucia em Pieria, Laodicéia no mar e Apamea no Orontes. A parte sul da Síria, com a atual capital Damasco, pertenceu por um longo tempo aos Ptolomeus (dinastia reinante no Egito) e só em 200 a.C, passou para o reino selêucida. Nesta época a Celesíria Fenícia e Palestina formavam uma unidade política totalmente desmembrada no final do domínio selêucida em 63 a.C.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibYpbYoK0uYGlyUkwoUpVE-PNxaOeSz5eH-1y0hTxjsb8jpFbpajanhRbi54lJZwrHPGfayH5KaG8ga8RWdBI99hDa7NShlrE9o-E0ouMohSx2mEGMPLKHry8hpp-zqOEsCmyW4LR00w_c/s1600/aa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibYpbYoK0uYGlyUkwoUpVE-PNxaOeSz5eH-1y0hTxjsb8jpFbpajanhRbi54lJZwrHPGfayH5KaG8ga8RWdBI99hDa7NShlrE9o-E0ouMohSx2mEGMPLKHry8hpp-zqOEsCmyW4LR00w_c/s400/aa.jpg" width="311" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Síria Selêucida e suas principais cidades</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<b>Mesopotâmia, Fonte de Riquezas</b><br />
De grande importância econômica para os Selêucidas era a Mesopotâmia, que consiste em duas ricas satrápias (províncias): Mesopotâmia e Babilônia. Antes da conquista da Síria, Seleuco I esteve na região entre 320 e 312 onde lançou as bases do império. A Mesopotâmia foi atravessada por numerosas colônias gregas, das quais Selêucia no Tigre funcionava como a capital do Oriente. Após a derrota na final contra os partos em 129, os Selêucidas perderam a Mesopotâmia o que significou o fim de seu grande poder.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Arquivo: Diadoch.png" height="293" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f3/Diadoch.png/800px-Diadoch.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Império Selêucida em 303 a.C.: a novel capital Selêucia próxima a antiga Babilônia</td></tr>
</tbody></table>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<b>Grécia e Ásia Menor, Os Limites do Império no Ocidente</b><br />
O terceiro foco do poder selêucida estava em Sardes, no oeste da Ásia Menor, que passou para o império em 281 a.C. Os principais diádocos e seus sucessores (os epígonos) pretenderam dominar sobre os gregos europeus e em algum momento as diferentes dinastias o fizeram (os Antipátridas, Lisímaco e os Antigônidas), os Selêucidas não exerceram qualquer dominação na Grécia continental e a oportunidade que tiveram foi rapidamente descartada com o assassinato de Seleuco I em 281 a.C. quando pretendia se apossar do reino de Lisímaco (Trácia-Macedônia-Grécia). Assim sua possessão ocidental foi limitada, geralmente, à vizinha Síria, Cilícia e as zonas do interior em Jônia e da Frígia, regiões onde a presença cultural grega era marcante. No entanto, a dinastia tentou submeter as autônomas regiões costeiras, bem como a Trácia. Mas, após a derrota para a República Romana em 188 a.C., os Selêucidas permaneceram retidos na Cilícia e nos montes Tauros como seu <i>limes</i> ocidental.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJsga60QjXn_akm70zWtz1YmE6ZYNGO3xe97azFfXL2BJXJDmkjXqIBCRmAk8_Vq_lQQW9Ex83GH3zob7nfEel9QlBDvnD8bDU_YuwS4tC8mlqrIOi7rEdhN1xMjF1VKwO9ZnBJStROGkC/s1600/310bce.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJsga60QjXn_akm70zWtz1YmE6ZYNGO3xe97azFfXL2BJXJDmkjXqIBCRmAk8_Vq_lQQW9Ex83GH3zob7nfEel9QlBDvnD8bDU_YuwS4tC8mlqrIOi7rEdhN1xMjF1VKwO9ZnBJStROGkC/s640/310bce.gif" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Império Selêucida em 281 a.C.: as regiões da Ásia Menor, Trácia, Macedônia e parte da Grécia aparecem como parte <br />
do domínio selêucida devido a derrota de Lisímaco, mas essas regiões não foram ocupadas efetivamente por Seleuco I.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<b>Oriente, Palco de Alianças e Guerras</b><br />
<div style="text-align: justify;">
No oeste do Irã, os Selêucidas foram capazes de substituir os Aquemênidas, mas que não pelo mesmo período e com a mesma estabilidade. Houve revoltas nacionalistas em Persis (atual Fars no Irã) todas suprimidas, mas de um modo geral os Selêucidas procuram ser aceitos pelas populações orientais mostrando-se como protetores dos cultos persas e babilônicos. Os reis selêucidas regularmente se casavam com dinastias iranianas de modo a preservar a sua legitimidade ante os povos conquistados. Sendo macedônios, os Selêucidas eram vistos como estrangeiros e por tanto com certa oposição, mas souberam aproveitar o exemplo de Alexandre Magno e honrar e se aliançar com os líderes locais proeminentes. A cultura helênica teve certa penetração nos ambientes urbanos iranianos até mesmo no período dos Arsácidas. Mas isso não impediu o surgimento dos reinos independentes na Báctria e na Pártia, a partir do qual os partas por fim lograram êxito em substituir os Selêucidas no planalto iraniano e na Mesopotâmia.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Arquivo: Mervturkmenistan.jpg" height="267" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a0/Mervturkmenistan.jpg/800px-Mervturkmenistan.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Merv, localidade do Turcomenistão, onde outrora havia a cidade<br />
selêucida de Antioquia de Margiana </td></tr>
</tbody></table>
FONTES:<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Sel%C3%AAucida
http://de.wikipedia.org/wiki/Seleukidenreich<br />
http://www.antikforever.com/Syrie-Palestine/main_palest.htm<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucid_Empire<br />
http://www.alternatehistory.com/discussion/showthread.php?t=219427
http://www.iranicaonline.org/articles/iran-ii1-pre-islamic-times
http://en.wikipedia.org/wiki/Antiochia_Margiana
<br />
http://www.iranchamber.com/history/seleucids/seleucids.phpJoalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4363367948832545835.post-91780157351162036132013-10-10T04:59:00.001-07:002013-12-15T09:25:19.460-08:00HISTÓRIA<div style="text-align: justify;">
O Império Selêucida (em grego Σελεύκεια, Seleukeia ) foi um estado helenístico governado pela dinastia selêucida fundada por Seleuco I Nicátor após a divisão do império criado por Alexandre, o Grande. Durante as guerras dos sucessores de Alexandre (conhecidos como diádocos), Seleuco recebeu a região da Babilônia para governar e a partir daí expandiu seus domínios incluindo grande parte dos territórios orientais conquistados por Alexandre. No auge de seu poder, o Império Selêucida incluía o território do que hoje são a Turquia, Síria, Líbano, Iraque , Kuwait, Irã, Afeganistão, Armênia, Tajiquistão, Uzbequistão, Turquemenistão, Paquistão, Israel e os territórios palestinos. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2nwfQt1P32WeCJkFMdGgr6M5ftzjQAOxJo3JKb5fk037G92mx3E40SJRP6hmEIGdI6OqQ5T-H8rhH5EKZmZISkzIiK_T66CllE4EKGu4PUohENlDMM4amT0KBl03pD22125YLDPLyEdF2/s1600/aa1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="422" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2nwfQt1P32WeCJkFMdGgr6M5ftzjQAOxJo3JKb5fk037G92mx3E40SJRP6hmEIGdI6OqQ5T-H8rhH5EKZmZISkzIiK_T66CllE4EKGu4PUohENlDMM4amT0KBl03pD22125YLDPLyEdF2/s640/aa1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A extensão máxima do Império Selêucida sobreposta às fronteiras dos países modernos</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
O Império Selêucida foi um importante centro da cultura helenística que manteve a preeminência dos costumes gregos, onde uma elite política greco-macedônia dominava, principalmente nas áreas urbanas. Além disso a população grega das cidades que formaram a elite dominante foram reforçadas pela emigração de mais pessoas da Grécia. A expansão selêucida na Anatólia e na Grécia foi abruptamente interrompida pelo enfrentamento com a República Romana que começava a se expandir pelo Oriente. Suas tentativas para derrotar seu velho inimigo, o Egito ptolomaico, foram frustradas pelas demandas romanas. Muito da parte oriental do império foi conquistado pelos partos sob Mitrídates I da Pártia em meados do século II a.C. , mas os reis selêucidas continuaram a governar um pequeno estado remanescente na Síria até a invasão pelo rei armênio Tigranes, o Grande, e sua posterior derrocada definitiva pelo general romano Pompeu.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1A4GJGWaYhyAOLEC7xIEPp3rcx-f13gKLfjN_SU6RMQQ4vqTu_-uEfDC0HS6QIRpUv4Lx3x4oohSzQSoCafLZqydaYi6g6BF4NummdtDqdbVLEz1yhib9Uti_Syq7VYSeFnSXC5_MPm4W/s1600/aaaaaaprison-break-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1A4GJGWaYhyAOLEC7xIEPp3rcx-f13gKLfjN_SU6RMQQ4vqTu_-uEfDC0HS6QIRpUv4Lx3x4oohSzQSoCafLZqydaYi6g6BF4NummdtDqdbVLEz1yhib9Uti_Syq7VYSeFnSXC5_MPm4W/s320/aaaaaaprison-break-2.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Busto de bronze retratando Seleuco I,<br />
fundador da dinastia e império selêucida</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Império Alexandrino: Grande, Breve e Dividido</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Alexandre, o Grande, conquistou o Império Aquemênida (persa) em um curto espaço de tempo e morreu jovem, deixando um vasto império parcialmente helenizado sem um herdeiro adulto. O império foi colocado sob a autoridade de um regente, Pérdicas, em 323. C., e os territórios foram divididos entre os generais de Alexandre, que se tornaram sátrapas (governadores) pela partição da Babilônia.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9jVQta5z5WzHYoNXSzlRMSpnJOQM314AjfM3LZ9nPQJjbgWWfW-7P5WtBcAwxKo4iFlC_u-dyld79DvcUTe5oXpvNqqX-91uGeZcLTlWtmkY8sYYAl8rLK33MqDysN27yxYZAcYT73sz2/s1600/800px-Diadochi_satraps_babylon.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9jVQta5z5WzHYoNXSzlRMSpnJOQM314AjfM3LZ9nPQJjbgWWfW-7P5WtBcAwxKo4iFlC_u-dyld79DvcUTe5oXpvNqqX-91uGeZcLTlWtmkY8sYYAl8rLK33MqDysN27yxYZAcYT73sz2/s640/800px-Diadochi_satraps_babylon.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A divisão do império de Alexandre após a partição de Babilônia</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os generais de Alexandre lutaram pela supremacia sobre partes do Império, e Ptolomeu, sátrapa do Egito, confrontou o regente Pérdicas que morreu no enfrentamento. Sua rebelião levou a uma nova divisão do império em 320 conhecida como partição de Triparadiso. Seleuco, que havia sido o "comandante-em-chefe de campo" sob a regência de Pérdicas desde 323. C., colaborou mais tarde em seu assassinato recebendo a Babilônia em 312 e a partir desse ponto continuou a expandir seus domínios vertiginosamente. Seleuco se estabeleceu na Babilônia no mesmo ano, tendo essa data como a fundação do Império Selêucida. Além da Babilônia, Seleuco também passou a governar a porção oriental do grande Império Alexandrino no Oriente.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><img height="400" src="http://www.livius.org/a/1/alexander/sidon_300BCE_alexander_sarcophagus_iam11_perdiccas.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="353" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px;">Representação do regente Pérdicas no chamado sarcófago de Alexandre:<br />
Os demais generais de Alexandre se rebelaram contra ele e do conflito<br />
Seleuco foi beneficiado com o governo da Babilônia</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<b>A Ascensão do Império Selêucida</b><br />
O historiador clássico Apiano em sua <i>História Romana</i>, quando trata das Guerras Sírias, afirma que Seleuco sempre estava à procura das nações vizinhas e sendo forte em armas e persuasivo em conselhos, adquiriu a Mesopotâmia, Armênia, Capadócia, Pérsia, Pártia, Báctria, Arábia, Tapúria, Sogdiana, Aracósia, Hircânia e outras nações vizinhas que tinham sido subjugadas por Alexandre até o distante o rio Indo, de modo que os limites do seu império eram os mais amplos na Ásia, depois do de Alexandre. A totalidade da região da Frígia até o Indo foi submetida por Seleuco. Seleuco esteve em lugares tão distantes como a Índia, onde ele chegou a um acordo com Chandragupta Maurya, rei indiano cujos domínios faziam fronteira com as terras de Seleuco, com quem trocou seus territórios orientais por uma considerável força de 500 elefantes de guerra segundo o geógrafo clássico Estrabão. Essa força de elefantes teve papel decisivo nas batalhas que Seleuco travou.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Arquivo: Diadoch.png" height="292" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f3/Diadoch.png/800px-Diadoch.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O reino de Seleuco e dos demais diádocos em 303 a.C. </td></tr>
</tbody></table>
</div>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Expandindo Um Império</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Após várias intrigas, acordos e combates, os diádocos Lisímaco, Cassandro, Seleuco e Ptolomeu se uniram para enfrentar o diádoco Antígono Monoftalmo (que pretendia governar todo o Império Alexandrino). O embate decisivo se deu na batalha de Ipso em 301 a. C., onde as forças de Seleuco foram fundamentais para a derrota de Antígono. A partir desta data, Seleuco tomou o controle do leste da Anatólia e do norte da Síria, onde fundou uma nova capital chamada Antioquia, em homenagem ao seu pai. Uma capital alternativa foi estabelecida em Selêucia do Tigre, ao norte da Babilônia. O império de Seleuco alcançou sua maior expansão após derrotar Lisímaco, seu ex- aliado, em Corupédio (281 a.C. ), tendo Seleuco expandido seu controle também sobre a Anatólia ocidental . Seleuco, na esperança de assumir o controle das terras de Lisímaco na Europa (a Trácia e a própria Macedônia), atravessou o mar, mas foi assassinado por Ptolomeu Cerauno no momento do desembarque na Europa. Seu filho e sucessor, Antíoco I Soter , ficou com um enorme reino que consistia em quase todas as partes da Ásia do Império Alexandrino, mas com Antígono II Gônatas estabelecido na Macedônia e Ptolomeu II no Egito, formando uma barreira com seus exércitos e intrigas, foi incapaz de continuar a expansão do império de onde seu pai parara.
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="278" src="http://www.utexas.edu/courses/greeksahoy!/hellenistic_world_301.gif" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O reino de Seleuco e dos demais diáconos após a batalha de Ipso (301 a.C.)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Um Vasto e Frágil Império</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Um império tão vasto e repleto de etnias diferentes não poderia ser assegurado apenas por algumas vitórias militares. O Império Aquemênida, que precedeu o de Alexandre, já sofrera com rebeliões e cisões em seus vastos domínios. O breve reinado de Alexandre não assegurou maior unidade aos diferentes países e as guerras dos diádocos mostraram que um governador, mesmo sem ter estirpe real, mas com um bom exército e no momento oportuno, poderia fundar seu próprio reino. Mesmo antes da morte de Seleuco, era difícil assegurar o controle sobre os vastos domínios selêucidas no Oriente. Seleuco invadiu a Índia (Punjab no atual Paquistão) em 305 para enfrentar a Chandragupta Maurya (Sandrokottos nas fontes clássicas), fundador do Império Maurya. Diz-se que Chandragupta dispôs em campo um exército de 600.000 homens e 9.000 elefantes de guerra (Plínio, <i>História Natural</i>, VI.22.4). Os dois reis finalmente firmaram um tratado pelo qual Seleuco cedeu os vastos territórios compreendidos entre o Indo e o Afeganistão em troca de 500 elefantes de Chandragupta, uma adição ao seu exército que desempenhou um papel importante na sua vitória em Ipso. Seleuco também enviou certo Megastenes como embaixador à corte de Chandragupta , que visitou várias vezes a Pataliputra (moderna Patna , Bihar ), a capital de Chandragupta . Megastenes descreveu em detalhes a Índia e o reinado de Chandragupta , descrições essas que foram preservadas pelo historiador clássico Diodoro Sículo. Mais tarde certo Dimaco foi enviado à corte do filho de Chandragupta , Bindusara.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Arquivo: Chandragupta Maurya império 305 BC.gif" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8b/Chandragupta_mauryan_empire_305_BC.gif" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O império de Chandragupta</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A paz foi complementada por uma "aliança de casamento" (epigamia nas fontes antigas), o que implica tanto numa aliança dinástica (no qual uma princesa selêucida pode ter sido prometida à dinastia Maurya) ou o reconhecimento do casamento entre gregos e indianos. Outros territórios foram perdidos antes da morte de Seleuco, como a Gedrósia, no sudeste do planalto iraniano, e no nordeste, a Aracósia, a oeste do rio Indo. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Arquivo: EasternSatrapsAfterAlexander.jpg" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/cf/EasternSatrapsAfterAlexander.jpg/481px-EasternSatrapsAfterAlexander.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As satrápias mais orientais do império de Alexandre e seus governadores:<br />
logo elas passariam para Seleuco e desse para os indianos e outros povos da região</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Antíoco I (281-261 a.C ) e seu filho e sucessor, Antíoco II Teos (261-246 a.C ) encontraram desafios no Ocidente, incluindo repetidas guerras com Ptolomeu II e invasão gaulesa da Ásia Menor além da diminuição crescente de domínio sobre a parte oriental do império. No final do reinado de Antíoco II, várias províncias proclamaram simultaneamente a sua independência, como Báctria sob Diodoto I, a Pártia sob Arsaces, e a Capadócia sob Ariarates III.
Diodoto, governador do território bactriano, afirmou sua independência em torno de 245 para fundar o Reino Greco-Bactriano. Este reino é caracterizado por uma rica cultura helenística e se manteve até por volta de 125, quando foi invadido por nômades do norte. O rei grecobactriano Demétrio I invadiu a Índia em torno de 180 a. C. o que resultou posteriormente no Reino Indo-Grego, que durou até cerca de 20 d. C.
O sátrapa selêucida de Pártia, Andrágoras, foi o primeiro a declarar sua independência, em paralelo com a separação de seu vizinho bactriano. No entanto, logo depois, um chefe tribal dos parnos chamado Arsaces se sublevou na Pártia em 238 a entrega dando início viria a ser o poderoso Império Parto.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="File:Greco-BactrianKingdomMap.jpg" height="436" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/07/Greco-BactrianKingdomMap.jpg/800px-Greco-BactrianKingdomMap.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os reinos Greco-Bactriano e Parta surgidos de sublevações contra o Império Selêucida</td></tr>
</tbody></table>
Quando da ascensão de Seleuco II em torno de 246, o Império Selêucida começou a entrar num sério declínio. Seleuco II foi derrotado dramaticamente na Terceira Guerra Síria contra Ptolomeu III do Egito e em seguida teve que lutar uma guerra civil contra seu próprio irmão, Antíoco Hierax. Foi quando, aproveitando estas dificuldades, a Báctria e a Pártia se separaram do império. Também na Ásia Menor, a dinastia selêucida perdeu o controle: os gauleses se estabeleceram firmemente fundando a Galácia, e reinos semi-independentes e semi-helenizados surgiram na Bitínia, no Ponto e na Capadócia, e a cidade de Pérgamo, no oeste, reafirmou sua independência sob a dinastia dos Atálidas.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Arquivo: Seleukidenreich.png" height="378" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/07/Seleukidenreich.png/800px-Seleukidenreich.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A fragmentação cronológica do Império Selêucida</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Reflorescimento </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Um avivamento da potência dos Selêucidas ocorreu com o advento de Antíoco III, o Grande, ao trono em 223. Apesar de ter sido derrotado na Quarta Guerra Síria contra o Egito, durante a qual ocorreu a vergonhosa derrota na batalha de Ráfia (217 a.C ), Antíoco viria a ser o melhor governante selêucida após Seleuco I. Após a derrota de Ráfia , ele passou os próximos dez anos voltado para a parte oriental de seus domínios, restaurando vassalos rebeldes como a Pártia e a Báctria pelo menos a uma obediência nominal; procedeu também uma expedição à Índia onde reuniu-se com o rei Sofagáseno. Quando ele se voltou para o Ocidente em 205, Antíoco considerou que com a morte de Ptolomeu IV, a situação parecia oportuna para uma outra campanha contra o Egito. Antíoco III e Filipe V da Macedônia assinaram um pacto para dividirem as possessões dos Ptolomeus fora do Egito e na Quinta Guerra Síria, os selêucidas expulsaram as forças de Ptolomeu V da Celesíria. A batalha de Panio (198 a.C.) marcou a transferência definitiva da região dos Ptolomeus para os Selêucidas. Antíoco III parecia ser o restaurador da glória do Império Selêucida .
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Arquivo: selêucida-Império 200bc.jpg" height="368" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2c/Seleucid-Empire_200bc.jpg/800px-Seleucid-Empire_200bc.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Império selêucida em 200 a.C. sob o reinado de Antíoco III</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A glória de Antíoco III não iria durar muito. Depois que seu antigo aliado Filipe V foi derrotado por Roma em 197, Antíoco viu nisso uma oportunidade de expandir-se para a Grécia. Encorajado pelo general cartaginês exilado Aníbal e aliado com a descontente Liga Etólia, Antíoco invadiu a Grécia. Isso o levou a colidir com a emergente e poderosa República Romana que tinha interesses e aliados na região invadida. Antíoco III foi derrotado pelos romanos nas batalhas de Termópilas (191) e de Magnésia (190) sendo forçado a fazer a paz com Roma pelo humilhante Tratado de Apamea (188) que o forçou a abandonar todos os territórios europeus, ceder toda a Ásia Menor ao norte das Montanhas Taurus para Pérgamo e pagar uma grande soma de dinheiro como compensação. Antíoco morreu em 187. C. durante outra expedição para o Oriente com a intenção de conseguir dinheiro para pagar a indenização.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC-ul7jrQXgIESllpcCMMFuYSDR3X3L7mqyGN7ZxxYRbhC49bmCNO0Z8bbNthSIOOlVgl4N9bTxhNX57gnATZhLTaIs1GHlj7t0UzI0UabxP6Q5HTnb3KFLFwhOm86IfQ5WlxSgMuCAIbp/s1600/AAA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC-ul7jrQXgIESllpcCMMFuYSDR3X3L7mqyGN7ZxxYRbhC49bmCNO0Z8bbNthSIOOlVgl4N9bTxhNX57gnATZhLTaIs1GHlj7t0UzI0UabxP6Q5HTnb3KFLFwhOm86IfQ5WlxSgMuCAIbp/s640/AAA.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Império Selêucida em 190 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Retorno ao Declínio</b></div>
<div style="text-align: justify;">
O reinado de seu filho e sucessor Seleuco IV Filopátor (187-175) foi caracterizado em grande parte pela tentativa de pagar a grande indenização até que o rei foi finalmente assassinado por seu ministro Heliodoro. O irmão mais novo de Seleuco, Antíoco IV Epífanes, o sucedeu e tentou restaurar o prestígio selêucida com uma guerra contra o Egito. Apesar de vitorioso e de perseguir o exército egípcio até Alexandria, foi forçado a recuar ante a intervenção romana na pessoa de Caio Popílio Laenas, que intimou o rei selêucida a recuar se não quisesse uma guerra com Roma. Antíoco IV retirou suas forças do Egito. A última parte do seu reinado viu a maior desintegração do império. A parte oriental tornou-se incontrolável, o que foi aproveitado pelos partos para se apropriar deles e sua política agressiva de helenização da Judéia levou a uma rebelião armada, a revolta dos Macabeus. Esforços para lidar com os partos e os judeus foram infrutíferos, tendo o próprio Antíoco IV morrido durante uma expedição contra os partos em 164 a.C. <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="File:AntiochusIVEpiphanes.jpg" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/92/AntiochusIVEpiphanes.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moeda com a efígie de Antíoco IV Epífanes</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<b>Guerra Civil</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Após a morte de Antíoco IV Epífanes, o Império Selêucida tornou-se cada vez mais instável. Guerras civis frequentes tornaram muito mais frágil a autoridade central. O jovem filho de Antíoco IV, Antíoco V Eupátor, foi derrubado por seu primo Demétrio I Sóter, filho de Seleuco V, em 161 a. C. Demétrio tentou restaurar o poder selêucida na Judeia, que lograra autonomia na Revolta dos Macabeus, mas foi deposto em 150 a. C. por Alexandre Balas, que alegava ser filho de Epífanes, e que tinha apoio do Egito. Balas reinou até 145 quando foi derrubado por Demétrio II Sóter, filho de Demétrio I. Porém, Demétrio II não foi capaz de controlar todo o reino. Enquanto ele governava a Babilônia e o leste da Síria desde Damasco, os partidários de Balas apoiavam a Antíoco VI, filho de Balas, e , em seguida, deram apoio à usurpação do general Diodoto Trifão. Os opositores expulsaram Demétrio II de Antioquia.
Nesse ínterim, a perda das posses territoriais do império aumentou. Em 143, os judeus, regidos pelos Macabeus tinham plenamente estabelecido a sua independência e os partos avançavam sobre território selêucida. Em 139, Demétrio II foi derrotado em batalha pelos partos e capturado. Os partos agora controlam todo o planalto iraniano. O irmão de Demétrio II, Antíoco VII, logrou algum êxito em manter o remanescente dos domínios selêucidas, o que não foi suficiente já que foi morto em batalha contra os partos em 129 a. C. determinando o fim do domínio selêucida na Mesopotâmia. Com a morte de Antíoco VII , o governo central selêucida entrou em colapso e vários pretendentes passaram a lutar pelo controle do reino em uma quase interminável guerra civil até porque as potências estrangeiras intervinham apoiando os pretendentes que melhor favorecessem suas políticas.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiXbsld-Xu9DJCcG9dXTJjCBSVMz7-0GNf1Uw2F6pu4gpGuRtUA_e-yBQz9CX707f30T7wTQwST0UthrO7cse4h0X6Wk3iQKu72OWfT05w9qlzR904OPDLTFB3InmLGaG-2DBTUF3oLrHI/s1600/aa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiXbsld-Xu9DJCcG9dXTJjCBSVMz7-0GNf1Uw2F6pu4gpGuRtUA_e-yBQz9CX707f30T7wTQwST0UthrO7cse4h0X6Wk3iQKu72OWfT05w9qlzR904OPDLTFB3InmLGaG-2DBTUF3oLrHI/s640/aa.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Império Selêucida e Estados adjacentes em c. de 150 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<b>O Colapso Final </b><br />
<div style="text-align: justify;">
Por volta de 100 a.C., o Império Selêucida abarcava pouco mais do que Antioquia e algumas cidades sírias. Apesar da queda de seu poder e do declínio de seus domínios, o Estado selêucida manteve alguma força e importância, mas sempre sofrendo a com a intervenção ocasional do Egito ptolomaico e de outras potências externas. Parece que os Selêucidas continuaram a existir só porque ainda nenhuma nação desejava absorvê-los ou dividir seus territórios, uma vez que constituíam um estado tampão útil ante a crescente ameaça do Império Parto no Oriente. Nas guerras entre Mitrídates VI do Ponto e os romanos, os Selêucidas foram isolados pelas duas partes em conflito. Tigranes II, o Grande, rei da Armênia, viu uma oportunidade de expansão no sul devido a constante guerra civil nos domínios selêucidas. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="File:1stMithritadicwar89BC.png" height="505" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fd/1stMithritadicwar89BC.png/759px-1stMithritadicwar89BC.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Estado Selêucida em 89 a.C.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Em 83 a. C., a convite de uma das facções beligerantes, Tigranes invadiu a Síria e logo se estabeleceu como governante da região, colocando o remanescente do Império Selêucida sob domínio do Império Armênio.
Mas o Estado Selêucida ainda não estava totalmente acabado. Após a derrota de Mitrídates VI e de Tigranes II para o general romano Lúculo em 69 a.C., o reino selêucida foi restaurado sob Antíoco XIII. Mesmo assim, ele não pode evitar outra guerra civil: Filipe II também disputava o trono. Após a conquista do Ponto e o estabelecimento da supremacia de Roma na Ásia Menor, os romanos estavam cada vez mais alarmados com a constante fonte de instabilidade dos Selêucidas na Síria. Uma vez derrotado definitivamente Mitrídates VI em 63, Pompeu começou a refazer o Oriente helenístico, estabelecendo os reinos clientes de Roma e criando novas províncias. Enquanto às nações clientes como a Armênia e a Judeia foi permitido um grau de autonomia sob reis locais, Pompeu viu os Selêucidas demasiado instáveis para continuar e acabou o problema dos dois príncipes rivais transformando a Síria em uma província romana.
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC8KvjNHfX4IgbfmKKqDrrDnDSxDwOEOzeRB8sfCm0fKCo1-xjvGz77WO-RbHUqCKbaLXDOgzXqq-RyZcSvvqYCewGLX55dRzTZlbx38YyYE7f9qYss_aB18CGm80nN-4R9nWi7VJW54fJ/s1600/aa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="552" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC8KvjNHfX4IgbfmKKqDrrDnDSxDwOEOzeRB8sfCm0fKCo1-xjvGz77WO-RbHUqCKbaLXDOgzXqq-RyZcSvvqYCewGLX55dRzTZlbx38YyYE7f9qYss_aB18CGm80nN-4R9nWi7VJW54fJ/s640/aa.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A decadência territorial do Império Selêucida: Em vermelho, os territórios anatólicos perdidos para Roma em 188; em azul, os territórios orientais perdidos para os partas entre 148 e 130; em verde, o território remanescente, tomado finalmente por Roma em 63 e transformado em província.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
FONTES:<br />
http://de.wikipedia.org/wiki/Seleukidenreich<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/Seleucid_Empire<br />
http://es.wikipedia.org/wiki/Imperio_sel%C3%A9ucida<br />
http://hourmo.eu/Karten%20-%20Maps/0190-0190_BC_Seleucid_Empire.html<br />
http://www.worldhistorymaps.info/images/East-Hem_150bc.jpg
http://www.worldology.com/Iraq/greek_roman_rule.htm
Joalsemar Araújohttp://www.blogger.com/profile/06256842950889879188noreply@blogger.com6